Querido TIO.

MESES DEPOIS Acordo em mais um dia normal, como qualquer outro, me levanto, faço minha higiene matinal e me visto para ir a faculdade, enquanto estou penteando o meu cabelo, lembro da noite que tive com o ele, seu corpo quente junto ao meu, sua boca beijando cada parte do meu corpo, eu não posso negar ainda estou completamente apaixonado por esse homem, e que também preciso conta a ele uma coisa, que escondi por dois anos, anos que ficamos separados. •••••• Assim que terminar a minha última aula, arrumo minhas coisa e saio, quando escuto alguém gritando o meu nome, me viro e vejo a Abigail e a Charlotte, elas acenam e correm minha direção. Abigail- Jessy, espera aí! Charlotte- Para que essa pressa toda garota? (Diz parando na minha frente) Jessy- Oi, meninas. Abigail- Que tal irmos tomar um sorvete? Jessy- Agora? Abigail- Sim, ou você tem algum compromisso? Jessy- Não. Abigail- Ótimo, então vamos tomar sorvete. Jessy- Quem vai está lá? (Pergunto, pois toda vez que ela chama eu e a Charlotte para tomar sorvete é porque ela tem algum esquema e não quer que o irmão dela saiba) Abigail- Ninguém, será que não posso convidar minhas amigas para tornarem um sorvete? Jessy- Claro que pode, é só... Charlotte- É o Jhonny. (Diz me interrompendo) Abigail- Charlotte, não era para falar.(A repreende) Charlotte- Desculpa, Bi. Jessy- Sabia, eu sabia, ei espera um pouquinho, o Jhonny não é amigo do seu irmão? Abigail- Sim, mas é segredo, ele não quer que o Derik saiba da gente ainda. Jessy- Entendi. Abigail- Então miga, você vem com a gente?(Fala e faz súplica com as mãos juntas) Jessy- Tudo bem, o que eu não faço por você. Entramos no carro da Charlotte e seguimos para a sorveteria, assim que chegamos, a Abigail nos entregar a sua bolsa e sai para encontrar o Jhonny, enquanto ela se divertir com o novo paquera, eu e a Charlotte tomamos sorvete, como sabemos que ela vai demorar pedimos dois. •••••••• Abigail- Obrigada miga. (Diz assim que estaciona o carro da Charlotte na frente da casa do meu tio) Jessy- Disponha. (Falo com deboche) Charlotte- Tchau, Jessy, até amanhã. Jessy- Bay, meninas. (Falo saindo do carro) Ando até o portão, mas paro para procurar as chaves, abro minha bolsa e começo a revirar tudo. - Eu não posso ter perdido. (Falo mentalmente) Dou mais uma olhadinha, encontrando ela no bolsinho pequeno da bolsa. Quando vou colocando a chave na fechadura, alguém me segurar forte por trás, me debato fazer com que a minha chave cai, ele coloca um pano sobre minha boca e nariz, meu corpo logo fica mole feito gelatina e eu apago. •••••••••• Abro os meus olhos com dificuldade, estou um pouco desorientada e tonta, respiro fundo tentando entender o que aconteceu e onde estou, olho ao meu redor, está escuro, tem apenas uma janela por onde sai um freixo de luz, onde tem um homem parado, ele está usando uma máscara de esqui. Jessy- Q... Quem é você. (Falo com um medo tremo surgindo) xxxxx- Que bom que você acordou. Jessy- Onde estou? Ele nada responder, tento me levantar e fugir, porém, acabo caindo, o meu pé está preso por uma corrente. xxxxx- Você não vai a lugar algum. Jessy- Me deixa ir embora, por favor. (Falo e as lágrimas já começa a descer, estou desesperada) xxxxx- Calma, para quê a pressa? até porque estou esperando um amigo para começamos a festa. Jessy- Amigo, que amigo? xxxxx- Logo, logo, você vai saber. (Diz e vai embora) Começo a grita desesperada, mas é inútil, me sento no chão, abraçando os meus joelhos e chorando, quando vejo a porta volta a se abrir, entrando o homem com máscara de esqui e o Gabi, o que ele faz aqui. Ele tentar vir na minha direção, mas o cara o impedir. Gabi- Seu desgraçado, se você ousou tocar em um só fio de cabelo dela... xxxxx- Calado, aqui sua posição não vale nada, eu que dou as ordens.(Grita e acerta uma coronhada no Gabi). Jessy- Não ooo. (Grito) Sinto uma tontura e tudo começa a gira, acabo caindo no chão e apagando. (****) A Vida e a morte é algo tão complexo de lidar, é o extremo da existência humana na terra. Apesar de ambas andarem lado a lado, não estamos preparados quando a morte chega. Nunca imaginei que a minha morte estava tão perto e que aconteceria por minhas próprias mãos, para piorar era alguém tão próximo a mim, que me obrigaria a ter que escolher entre a minha própria vida e a vida de quem eu amo. Fazer essa escolha é um dilema bastante doloroso, mas quando se ama de verdade você não tem medo de enfrentar a morte, pois pior que a morte é não tê-lo mais comigo, então como diz o ditado, estou entre a cruz e a espada. Olho mais uma vez para a faca em minhas mãos trêmulas, quase não consigo segurá-la, meus olhos estão marejados de tanto que já chorei e pedi para não fazer isso, mas foi inútil. - Eu te amo! É a única coisa que consigo dizer, estou firme com a decisão que tomei, não posso mais voltar atrás, eu não suportaria viver em um mundo que ele não estiver. - Não... Meu amor, não faz isso... (Grita desesperado, pois já sabe qual foi a minha decisão) xxxxx- Está esperando o quê? Mate logo esse desgraçado. Jessy- Porque, você está fazendo isso comigo? Eu pensei... xxxxx- Cale-se, já não aguento mais ouvir sua choradeira. Gabi- Seu maldito, miserável, eu vou acabar com você. xxxxx- Acredito que não... você não está em uma posição onde possa me ameaçar, aqui eu que dou as ordens. Seguro firme a faca e fecho os meus olhos, respiro fundo e gravo ela contra o meu peito, a dor é horrível e, ao mesmo tempo, suportável, caio no chão e logo me vem as lembranças de tudo que passamos para conseguimos ficar juntos, tudo que enfrentamos, minha mãe, meu pai, a nossa... não queria ter que deixá-la sozinha, e não vou poder conta para ele, que o nosso amor deu fruto, queria poder me despedir antes de morrer, sinto o gosto de sangue na boca, os meus olhos começam a ficar embaçado, ouço passos e tiros. Gabi- Deveria ter sido eu a sua escolha, meu amor, porque... Por que você fez isso? Amor, fica comigo... Olha para mim... Não fecha os olhos... Amor... Amor... Já não consigo ficar com os meus olhos abertos, eles estão tão pesados, aos poucos tudo fica escuro, será o meu fim?