Marco percebe a forma que Samira segurava o seu roupão sobre os s***s, ele não tinha percebido que ela estava sem nada por baixo, mas agora que sabia não podia controlar os seus olhos quando eles se fixam no local onde ela tentava se proteger.
_ Meus olhos estão aqui em cima. - diz ela apontando o dedo para seu rosto, seus olhos o encarando com raiva.
_ Você não faz o meu tipo garota. - diz ele bufando enquanto pegava a camisa que tinha trazido. - Vista isso, vai ser mais confortável.
_ Ah! Você deve ser adepto das bonecas de plástico. - diz Samira pegando a camiseta enquanto ria.
_ Com quem saio não é da sua conta. - diz ele com o maxilar trincado.
_ Não é mesmo, e nem quero saber das suas aventuras amorosas, senhor mau humorado. - quando Marco marcha na sua direção Samira corre para o banheiro se trancando lá dentro, ela sabia que não devia provocá-lo, ainda mais estando dentro da sua casa, mas tinha algo na forma em que ele falava que era como se a desafiasse a fazer justamente o que não devia.
Ela se encara no espelho e se assusta com o brilho que havia nos seus olhos, ela se recusava a demonstrar qualquer tipo de emoção que a relacionasse a Marco. Ela pega a camisa que ele tinha lhe dado e a veste rapidamente, o cheiro dele enchendo a suas narinas, sem se conter ela puxa a camisa e inala profundamente, para ela Marco tinha um cheiro divino.
_ Está tudo bem Samira? - pergunta ele batendo na porta quando ela demora a sair.
_ Já vou. - reponde ela, então com cuidado abre a porta encontrando o seu olhar gelado.
Ignorando Marco, Samira se senta numa poltrona perto da janela, ela odiava a forma em que ele a olhava e não entendia por que ele estava fazendo aquilo já que estava visivelmente chateado por estar ali.
Marco pega alguns produtos na maleta e caminha até ela.
_ Sabe, eu posso fazer isso. - diz, mas ele lhe lança um olhar que a faz se calar.
_ Sei, mas não fara direito, então pare de me fazer perder o meu tempo. - diz ele olhando-a de forma seria.
Os olhos de Samira se enchem de água, ela se levanta num pulo da poltrona vai até a porta e a abre.
_ Fora daqui! - diz enquanto uma lágrima descia por seu rosto. Ela sentia-se humilhada pela forma que ele tinha falado, como se tivesse sido culpa dela ele a ter assustado.
_ Samira.. - começa ele.
_ Não preciso da sua piedade Marco, sempre me virei sozinha e não morri por isso. - diz entre as lágrimas que desciam por seu rosto.
Marco olhava para Samira sentindo o seu coração apertar, ele não queria que aquilo tivesse acontecendo, mas explicar o que ele queria dizer não resolveria nada naquele momento, segurando a sua frustração ele coloca os medicamentos na caixa e caminha até a porta, quando sai se volta para ela.
_ Olha Samira... - a próxima coisa que ele ouve é o barulho da porta batendo na sua cara, os seus olhos se escurecem na mesma hora pensando em como ela era m*l agradecida, ele estava tentando ajudá-la e ela ainda o tratava daquela forma.
_ O que faz aí querido? - pergunta vovó Lú saindo do seu quarto. Marco estaca ao ouvir a voz da sua avó, mas disfarça quando ela se aproxima.
_ Estava apenas pensando se devia chamar ela para tomar café. - diz passando a mão pelos cabelos.
Lú não era burra, ela tinha visto o exato momento em que o seu neto tinha entrado no quarto de Samira, mas não queria o deixar sem graça, para ela o seu plano havia dado certo, só precisava encontrar uma forma de manter os dois próximos por mais um tempo e conseguiria o que desejava.
_ Deixe-a dormir querido, o lugar que ela mora não é bom, ela precisa descansar. - diz ela olhando para seu neto.
_ O que quer dizer avó? - pergunta ele com a testa enrugada. Ele sabia que ela tinha dificuldades financeiras, mas não tinha pensado que seria tão serio.
_ Vamos descendo e eu te conto. - diz ela apontando para o quarto em que Samira estava. Marco segura o braço da sua avó enquanto descem as escadas, quando já estava a mesa ele encara a velha senhora esperando uma resposta.
_ O lugar em que ela mora só tem duas peças querido, não sei como ela cabe lá dentro. - diz ela enquanto se servia de um pouco de café, ao ver a expressão do seu neto ela segura o riso. - Fico preocupada que alguém faça algum m*l a ela naquele lugar, não tem nenhuma segurança, e Samira é tão pequena.
Lú sabia que estava exagerando um pouco, mas era necessário, e pela forma em que a expressão do seu neto mudava ela estava conseguindo o que queria. O conhecia bem e sabia que ele tentaria mudar as coisas para Samira.
_ Ela fez a escolha dela vovó. - diz ele dando de ombros, mas as palavras da sua avó lhe causavam um tramendo m*l estar. Precisava fazer algo sobre aquilo o mais rápido possível.
_ Bom dia. - diz Carlos entrando na sala, ele usava um short jeans e ténis com uma camisa de gola, tinha um largo sorriso no rosto ao olhar para eles.
_ Chegou sedo. - diz Marco carrancudo.
_ Marco! - o repreende vovó Lú.
_ Não se preocupe vovó, - diz Carlos dando um beijo na sua bochecha. - Já estou acostumado com o m*l humor dele.
Marco olha chateado para Carlos, ele não desejava sua presença ali, ainda mais depois do que tinha acontecido, ele só desejava que ele ficasse o mais longe possível de Samira.
_ Bom dia. - diz Samira se aproximando e dando um beijo na vovó Lú. - Olá Carlos.
_ É bom vê-la Samira. - diz ele indo até ela e a abraçando, assim que a pele de Samira toca a de Carlos ela geme, o seu rosto ficando pálido pela dor.
_ O que foi Samira? - pergunta Carlos com o rosto preocupado.
_ Eu me queimei ontem a noite. - diz ela com os olhos baixos.
_ Meu Deus querida! - diz vovó Lú se levantando e indo até ela.
_ Me deixe ver Samira. - pede Carlos com o rosto cheio de preocupação.
O sangue de Marco ferve com as palavras do amigo ele levanta-se e puxa Samira para suas costas a tirando das vistas dele, os seus olhos fixos nos de Carlos.
_ Se tocar nela te atiro pela janela!