Capítulo 16

1096 Words
Carlos olhava o sorriso de Samira e o seu peito se enchia de alegria, ela parecia uma criança num parque de diversões. A princípio Carlos não pensava que iria nutrir aquele tipo de sentimentos pela pequena mulher a sua frente, mas Samira tinha um magnetismo que o deixava cativo da sua beleza e personalidade. Ela era frágil e criava no seu peito um desejo desesperado de protegê-la de todo o m*l que habitava o mundo. A forma que Samira demonstrava a sua curiosidade observando tudo em volta o deixava fascinado, ela aproveitava os pequenos detalhes de tudo o que a cercava e isso o alegrava ainda mais. Carlos já tinha tido várias namoradas e encontros e depois de um tempo simplesmente desistiu de encontrar alguém para si, ele estava cansado daquela fachada que todas usavam quando saia com ele, fingindo ser algo que não era, e se tinha algo que Carlos tinha completa repulsa era pela mentira. Com Samira era diferente, ela simplesmente era transparente nas suas emoções, sempre expressando o que realmente pensava sem fingimentos ou máscaras que tampassem o seu rosto. Ela não era de usar maquilhagem, e Carlos tinha gostado daquilo, os traços do rosto de Samira eram suaves assim como aparentava a sua pele, ela era bela por natureza e nos seus olhos não necessitava de nada mais para demonstrar a sua beleza. Carlos seria um t**o se não reconhecesse que a beleza que sorria com o vento batendo no seu rosto não mexia com ele. Com um suspiro ele retorna a sua atenção para o mar a sua frente. O mar estava calmo e o vento estava bom, aquele sábado estava literalmente perfeito, ou quase se ele se lembrasse que Marco e Juliano estava com ele. _ No que tanto pensa amigo? – pergunta Juliano colocando o braço no seu ombro. Pensar nele foi a mesma coisa que o conjurar a aparecer do seu lado. _ Nada de mais. – diz dando de ombros. Carlos gostava de Juliano ele tinha aquele jeito relaxado e cara de p*u, mas era um bom amigo. _ Talvez seja na bela mulher de olhos verdes atrás de nós. – diz ele com um sorriso sugestivo no rosto. Carlos suspira, as vezes ele tinha vontade de matar Juliano por suas intromissões, ele tinha o dom de o deixar chateado. _ Seria impossível não a notar Juliano. – diz ele desviando o seu olhar para o mar a sua frente. _ Sabe que se entrar nessa disputa a briga vai ser grande. – diz ele lembrando-o do aparente interesse do seu amigo por Samira. _ Então teremos uma boa guerra. – diz ele com um sorriso de canto encarando os olhos surpresos de Juliano. Carlos sabia que Juliano apoiaria Marco em tudo o que ele fizesse, sempre fora assim, ele tinha uma dívida de gratidão com o amigo e não trocaria a sua lealdade por nada. _ Só posso de desejar boa sorte. – diz Juliano dando um tapinha no ombro de Carlos e se retirando. Carlos sabia onde estava entrando, ele conhecia bem Marco, mas não desistiria sem tentar. O seu objetivo era fazer Samira o notar, se ele não demonstrasse interesse nele, ele a deixaria em paz como o bom cavalheiro que era. Alguns minutos depois Carlos ancora a sua lancha num recife de corais, ele se lembrava de Samira dizer que não sabia nadar, então lés seria um bom lugar para ele se divertir um pouco sem grandes riscos. _ Achei que gostaria de observar os corais. – diz Carlos sorrindo ao se aproximar de Samira. _ Ela não sabe nadar esqueceu. – diz Marco com o rosto fechado. _ Eu vou estar com ela, vai ficar segura. – diz Carlos ignorando as palavras de Marco. _ Eu quero se não tiver problemas. – diz Samira animada. _ E o seu ferimento? Ou já se esqueceu dele? – pergunta Marco com a sobrancelha arqueada. _ Como posso me esquecer dele, se o culpado está bem na minha frente! – diz ela com os dentes trincados de raiva. Quando Samira percebe o que tinha dito os seus olhos se arregalam ao se virar para trás ela encontra os olhos de Carlos tomado pela raiva. _ Como pode fazer isso com ela Marco! – esbraveja ele dando um passo na sua direção. _ Acha mesmo que eu a machucaria de propósito! – rebate ele pondo-se em pé e encarando Carlos. _ As vezes eu tenho dúvidas do que você seria capaz de fazer. – diz ele sustentando o olhar de Marco. A ira de Marco sobe de forma descontrolada, ele m*l podia acreditar no que Carlos estava falando, era algo inconcebível. Jamais machucaria uma mulher independente de quem fosse. _ Foi um acidente Carlos, assustei-me quando Marco se aproximou. – diz Samira se colocando entre os dois. _ Não o defenda Samira, ele te deixou sozinha para lidar com isso. – diz ele de forma mais suave olhando no rosto dela. _ Eu não fiz isso, - diz Marco se aproximando ainda mais de Samira. – Eu cuidei dos machucados dela já que não quis ir ao médico. _ Isso não é desculpas Marco! Vendo que as coisas estavam perto de sair do controle Juliano resolve intervir, ele temia que os dois se matassem por causa daquele assunto. _ Não viemos aqui para isso, - diz se colocando entre os dois. – Venha Samira, eu te ajudo a mergulhar já que esses dois estão mais preocupados em brigar. Samira aceita a mão de Juliano e o acompanha até um pequeno quarto na lancha. _ Me desculpe. – diz ela com olhos tristes. _ Não tem que me pedir desculpas. – diz Juliano dando de ombros, aquilo não era seu problema para ele se envolver. _ Se não tivesse dito nada... _ Sei que só falou por que estava com raiva, e Marco está errado, ele devia ser mais cuidadoso. – diz ele entregando um biquini para ela. – Acho que vai ficar bom em você. _ Obrigada. – diz ela enquanto ele saia. Samira retira as suas roupas com cuidado, o peso das suas palavras ainda pairando sobre a sua cabeça. Ela não desejava ser a causa de toda aquela discussão entre eles. Ao tirar a camisa ela percebe como a marca de queimadura estava grande no seu peito, por sorte as cordas do biquíni não pegavam nelas. Ela coloca um shortinho e volta para junto deles. Quando os olhos de Marco batem sobre Samira ela percebe a forma que a dor cruza os seus olhos.
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