Capítulo 8

1101 Words
Marco tinha perdido o sono, algo que normalmente não acontecia, mas naquele momento ele entendia bem a causa, era devido à presença da pequena encrenqueira que estava dormindo no quarto ao lado do seu. Aquilo só poderia ser obra de vovó Lú, Marco sabia que apesar da cara inocente a sua avó tendia a aprontar as vezes. Assim que ele entra na cozinha encontra as luzes que levava a lavandeiria acesas, pensando que Marta devia estar trabalhando até tarde ele marcha para lá, pronto para dar uma bronca na velha senhora por estar trabalhando até tarde, mas não tinha sido Marta que ele tinha encontrado lá. Ele observava com atenção a baixinha sentada na bancada da lavandeiria, ele estava pronto para lhe dar uma bronca quando vê o sorriso que havia no seu rosto, Marco para a observando. Os seus cabelos estavam soutos nas costas e iam até a sua cintura, os seus pés estavam descalços e ela usava apenas um roupão, ele estava fascinado com a forma que os seus lábios faziam um pequeno bico ao soprar o conteúdo da caneca em suas mãos, ele não queria achar aquela cena sexy, mas não conseguia, podia sentir a forma em que o seu m****o se agitava no seu pijama. Ele a observa por mais um tempo, curioso para saber qual era o motivo dela estar ali tão tarde da noite. A pequena feiticeiro o tinha nas suas mãos e nem ao menos sabia, Marco queria negar que o seu coração não batia por ela, mas aquilo não era verdade, a dona daqueles belos olhos verdes o tinha cativado desde a primeira vez que a tinha visto. _ O que faz aqui? - pergunta ele com a voz ríspida anunciando a sua presença. Samira se assusta e contorna a caneca de chocolate no seu peito, um silvo de dor deixando os seus lábios. _ Ai! - exclama ela afastando o roupão do seu corpo. Marco corre até ela vendo o que tinha acontecido, quando olha nos seus olhos se depara com os olhos dela cheios de dor. _ Como pode ser tão desastrada! - ralha ele com ela. _ Isso é culpa sua, - diz ela enquanto uma lágrima descia por seu rosto. - Precisava me assustar desse jeito? _ Se não vivesse no mundo da lua não teria se assustado. - diz irritado com o tom dela. _ Você é um i****a! - diz brava trincando os dentes para não chorar de dor. _ Tem que tirar esse roupão. - diz ele já puxando o laço na sua cintura. _ Não pode, - diz ela tentando segurar as mãos dele. - Para.. Quando Marco abaixa o roupão dela suas mãos congelam ao ver que ela não usava nada por baixo. Os seus olhos fixam-se nos seus s***s expostos, a sua boca fica seca ao observá-la, mas o grito que irrompe dos lábios de Samira o tira do seu estado de paralisia, ela puxa o roupão novamente se encolhendo no canto da bancada. Marco passava a mão pelos cabelos frustrado, ele sabia que tinha feito besteira podia ver o medo nos olhos dela, enquanto se encolhia. _ Me desculpe Samira, não quis ver você nua, só queria ver o seu ferimento. - explica ele olhando para baixo envergonhado com o seu comportamento. _ Fique longe de mim seu tarado! - grita ela ainda encolhida no canto. _ Não tenho culpa se você não sabe colocar uma roupa ao invés de andar nua pela minha casa! - responde irritado com o comentário dela. _ O que acha que eu estava fazendo aqui a essa hora? Estava lavando as minhas roupas para vestir, se não ficasse espreitando os outros isso não tinha acontecido. - as bochechas de Samira estavam vermelhas de raiva, mas Marco achava fofo a forma que ela falava, se esquecendo do motivo pelo qual eles brigavam. _ Espere aqui que já volto. - diz ele dando as costas para ela sem esperar por uma resposta. Samira olhava chateada para o lugar onde ele estava o amaldiçoando por a ter feito se queimar, ela sentia a sua pele arder onde o líquido tinha caído, ela tinha se queimado com o chocolate disso não tinha dúvidas. _ Aqui, - diz ele entrando e entregando-lhe algumas roupas. - Vista para que eu possa ver o seu ferimento. Marco deixa as roupas ao lado dela e sai da lavandeiria encostando a porta para que ela pudesse se trocar. A culpa corroía seu peito por ter feito ela machucar-se, a imagem dos seus olhos cheios de lágrimas o perturbava, e se a sua avó descobrisse o que tinha acontecido iria arrancar a sua orelha. Ele não entendia o que havia de errado com o seu comportamento, nunca tinha agido daquela forma com ninguém, muito menos uma mulher, mas com Samira ele não conseguia se conter, era como se ela o desafiasse apenas por olhá-lo. _ Vou entrar. - diz ele após alguns minutos, quando ela não responde ele entra de vagar na lavandeiria. Ele olha para Samira com atenção segurando um sorriso que queria deixar os seus lábios, ela vestia a sua camisa e uma calça de moletom dele, o que era grande de mais para ela, é claro, mas Marco sentia algo diferente quando a via com as suas roupas. Minha! Aquele pensamento o assusta terrivelmente, ele caminha até Samira e se abaixa a sua frente dobrando a barra da causa para que ela não tropeçasse, depois pega a caixa que tinha deixado na bancada e volta até ela. _ Me deixe ver o seu ferimento. - pede vendo os olhos dela se arregalar enquanto deva um passo para trás. _ Não mesmo. - reponde ela segurando com força a camisa. _ Você se queimou, se não passarmos remédio não vai conseguir dormir com a dor. - explica ele, mas o olhar dela deixava bem claro que não permitiria que ele fizesse isso. - Se não me deixar ver vou falar para a vovó e ela vai te levar no médico, você escolhe. Samira pragueja com as palavras de Marco, ele sabia que ela jamais preocuparia a vovó Lú uma hora daquelas, ainda mais se tinha remédio na casa. _ Eu mesma faço. - diz ela estendendo a mão para a maleta. _ Não vai conseguir ver direito Samira, pare de ser teimosa. - diz ele dando um passo na sua direção, as suas mãos fecham-se na cintura dela a erguendo para que se sentasse na bancada, ele não queria admitir, mas a sensação de ter Samira nos seus braços era melhor do que imaginava.
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