Aquilo estava fugindo do controle, Marco estava possesso de raiva. Ninguém ousava mexer com quem ele amava e ficaria impune, ele não permitiria. No terceiro toque a voz de Vincenzo atende.
_ Você não costuma me ligar, do que precisa Barão? - pergunta ele de forma tranquila.
_ Estou com problemas, preciso da sua ajuda. - diz Marco.
_ Quão grave é? - pergunta ele percebendo o tom fria do voz de Marco.
_ Acabaram de capotar o carro dos meus seguranças. - diz ele com a mesma voz tranquila de antes.
_ Mas que droga, tente ficar vivo estou mandando o meu pessoal. - diz ele antes de desligar o telefone.
Luca observava com atenção a conversa de Marco, ele sabia que ele tinha alguns contatos importantes. Quando ele lhe ofereceu o emprego havia deixado bem claro que seria de alto risco, ele só não imaginava que isso aconteceria no primeiro dia do seu trabalho. Para alívio dele seus homens haviam ligado informando que estavam bem, apenas alguns arranhões pelo corpo.
_ Os outros estão bem senhor, apenas algumas escoriações. - diz ele a Marco quando ele desliga o telefone.
_ Isso é bom, mande eles para o hospital do centro.
_ Sim senhor. - responde Luca já ligando para eles.
_ Se mantenha nas ruas próximas ao centro Júlio, é mais movimentado lá. - diz Marco.
A aparente tranquilidade de Marco estavam deixando todos apreensivos no carro, o seu rosto não tinha expressão e os seus olhos estavam frios, a única coisa que os faziam pensar que ele tinha algum sentimento era o fato dos seus braços estarem fechados em volta da pequena mulher ao seu lado.
Alguns minutos depois Luca percebe uma moto se aproximando deles em alta velocidade.
_ Tem alguém se aproximando senhor. - diz Luca já sacando a sua arma.
_ Abaixe a arma. - diz Marco a ele, Luca fica surpreso, mas obedece.
Alguns segundos depois uma batida na janela de Marco é ouvida, ele abaixa o vidro e o homem que estava na moto joga um rádio para ele.
_ Soube que precisava de ajuda Barão. - diz a voz dele alta e estridente no rádio.
Um arrepio sobe pela coluna de Luca com menção aquele nome, ele não acreditava, não poderia ser. O Barão era um nome que ninguém ousava pronunciar, não tinha uma viva alma no submundo que não o conhecia. Ao olhar para Júlio ele via a mesma surpresa no seu rosto que agora estava pálido.
_ Seja rápido Lucky. - diz Marco com indiferença.
_ Sempre m*l humorado, - diz rindo. - Segue o nosso cara, estamos esperando por vocês.
_ Você ouviu. - diz Marco a Luca.
_ Sim senhor. - responde ele.
A moto de antes passa na frente deles e o carro a segue, Marco podia ouvir o som de tiros sendo disparados em direção ao carro. Como ele era um homem prevenido o seu carro era a prova de balas, então enquanto o seu inimigo não usasse armamento mais pesado eles estariam bem.
Num dado momento Marco sente uma batida na traseira do seu carro, Samira grita agarrada a ele.
_ Aguentem mais um pouco estão quase. - diz Lucky no rádio.
O maxilar de Marco estava tão serrado que ele pensava que os seus dentes quebraria, o seu estado de raiva era assassina. Ele só queria deixar Samira em segurança e caçar cada um por trás daquele ataque.
_ Mas o que... - começa Luca sem achar a resposta exata. Marco olha para frente e encontra um verdadeiro batalhão de pessoas em frente a um prédio.
Seguindo o cara da moto o carro entra com tudo no prédio parando cantando pneu. Do lado de fora Marco podia ouvir as rajadas de tiro que acontecia, ele aperta mais Samira contra o seu peito ela estava tremendo nos seus braços. Alguns minutos depois o silêncio enche o lugar as portas por onde eles haviam passado se abrem e os homens de Vincenzo entra.
_ Acabou amor, você está segura agora. - diz ele enquanto soltava o cinto de segurança que a prendia.
Samira ergue o cabeça os olhos cheios de lágrimas, Marco a puxa para seu colo a pressionando contra o seu peito, ela chorava de soluçar agarrada a ele.
_ Você está segura, nunca vou permitir que alguém te faça m*l. - diz ele enquanto acariciava as suas costas de forma suave. Uma batida no vidro chama a atenção de Marco.
_ Preciso conversar com eles, aqui você está segura. - diz ele afastando-se dela e lhe dando um beijo.
Com relutância Samira solta Marco e se senta novamente no seu lugar, ele abre a porta e sai a acompanhado de Luca, Júlio permanece com ela no carro, ela podia ver que ele mantinha a arma em mãos enquanto observava Marco e Luca se afastar.
_ Vocês estão bem? - pergunta Lucky se aproximando com os seus homens.
_ Sim, o que não posso dizer de quem fez isso. - os olhos de Marco estavam sombrios uma promessa de dor e sofrimento estampada no seu rosto.
_ Pensei que diria isso, o meu pessoal já estão investigando o que ouve.
_ Vincenzo? - pergunta Marco.
Se antes Luca já achava que Marco era o grande nome do submundo agora ele tinha certeza. Qualquer um sábia bem quem era Vincenzo o chefe da máfia italiana.
_ O chefe já está a par de tudo, nos pediu para te cobrir pelo tempo que for necessário.
_ Ótimo, vou precisar de mais homens.
_ Já cuidei disso, tudo pessoas de confiança. Mandei alguns também para sua casa e para onde a sua avó está, ninguém vai chegar perto sem que saibamos. - aquilo surpreende Marco.
_ Pelo que vejo andou aprendendo. - diz Marco com um sorriso de canto.
_ No meu ramo ou aprende, ou morre, Barão.
O alívio que Marco sentia não aplacava a sua fúria e agora que sabia que estavam fora de perigo ele deixava sair sem esconder o seu verdadeiro rosto. Olhos sombrios e uma expressão fria cobria o rosto de Marco, as pessoas a sua volta olhavam apreensivas para ele, sem saber o que ele faria a segui, o Barão era imprevisível.