Os olhos de Marco eram como chamas saídas do mais profundo inferno, que ameaçava tomar tudo o que tocasse, a força do seu ódio era tamanha que as pessoas que estavam por perto se afastavam para evitar a sua presença.
Ele tinha visto tudo, e a raiva que havia no seu peito tinha aumentado de forma avassaladora, ele tinha se arrependido de não ter atirado Diana do último andar do seu prédio, e naquele momento ele só desejava apertar o seu pescoço até que ela parasse de respirar.
_ Como você se atreve a tocá-la, sua m*ldita! - as palavras de Marco eram como navalhas perfurando o corpo de Diana, ela não sabia como conseguiria sair daquela situação.
Marco se aproxima a passos rápidos de Samira e assim que vê o ferimento no seu braço os seus olhos tornam-se mais gelados do que antes.
_ Não é o que está pensando Marco, foi um acidente. - diz ela com os olhos arregalados.
_ Guarde as suas mentiras para alguém que acredite nelas. - diz ele dando um passo na sua direção.
_ Precisa levá-la ao médico Marco, depois resolvemos isso. - diz Juliano que estava observando tudo em silêncio. Aquela era a segunda vez que Diana desafiava a morte e ele sabia que Marco não adeixaria impune.
Encarando Diana, Marco pega o seu telefone e faz uma ligação.
_ Olá Douglas, - diz ele e o som daquele nome faz o rosto de Diana empalidecer. - Preciso que venha até o restaurante do centro, a minha noiva acaba de sofrer um atentado a sua vida, e quero que a pessoa que fez isso pague.
_ Você só pode estar ficando louco Marco! - grita Diana em desespero.
_ Louco! Você vai saber o que é loucura em breve Diana. - diz ele assim que desliga o telefone.
Alguns minutos depois o som das sirenes enchem o restaurante e um número considerável de policiais entram no local. Samira tinha uma toalha molhada no braço para aliviar um pouco da dor.
_ O que ouve Marco? - pergunta um homem bem vestido se aproximando de Marco.
_ Essa infeliz tentou matar a minha noiva. - diz apontando para Diana.
_ Aprontando de novo Diana? - pergunta ele com um sorriso de canto.
_ Isso é uma mentira!
_ Qualquer um aqui pode confirmar o que eu disse, e ainda temos as câmeras de vigilância se isso não bastar. - Diana se deixa cair em choque na sua cadeira, ela tinha se esquecido das câmeras de vigilância do local.
_ O que ele diz é verdade senhor, - diz o gerente com pesar. - Essa senhorita estava hostilizando a minha funcionária.
_ Prendam ela. - diz Douglas aos seus homens.
_ Não pode fazer isso! Sabe quem eu sou! - esbraveja ela enquanto os policiais a arrastavam para fora.
_ Lamento pelo ocorrido, assim que estiver tratada leve a para prestar depoimento. - diz ele a Marco.
_ Farei isso. - diz ele pegando Samira nos seus braços e saindo do restaurante.
_ Eu estou bem Marco. - diz ela, mas ele não responde apenas a coloca com cuidado no carro.
_ Para o hospital James, depresa.
_ Sim, senhor. - diz ele já saindo disparado pelas ruas da cidade.
Marco não diz nada durante o caminho, apenas segurava com cuidado o braço de samira para que não se machucasse ainda mais, mas ele faria Diana pagar com juros o que tinha feito com Samira, aquilo não ficaria como estava.
Assim que chegam ao hospital Marco pega Samira e entra correndo indo direto para a sala de atendimento de emergência.
_O que ouve Marco? - pergunta o médico surpreso com a sua presença.
_ Ela tem uma queimadura grave no braço, Lúcio. - diz ele afastando-se um pouco para que ele pudesse examiná-la.
_ Realmente é bem extensa, - diz ele assim que examina o braço de Samira. - O que ouve?
_ Aquela m*ldita da Diana jogou sopa quente nela.
_ Pelo que vejo ela conseguiu te irritar desta vez, espero que não tenha deixado ela se safar disso. - diz ele sério.
_ Vai por mim, o pesadelo dela está apenas começando. - diz ele com olhos sombrios.
_ Eu posso saber o nome da minha paciente? - pergunta ele rindo para Samira.
_ Samira. - diz ela tentando lhe dar um sorriso, mas acaba numa careta por causa da dor.
_ Não se preocupe querida, vou passar uma pomada que vai aliviar a sua dor, e depois faremos um curativo adequado no seu braço. - diz ele já separando os materiais que iria usar.
Assim que Lúcio começa a tratar o braço de Samira um barulho o interrompe.
_ Onde está ela? - eles ouvem do lado de fora da sala. - Onde está a minha neta?
Vovó Lú entra como um furacão dentro do consultório do médico deixando todos pasmos, assim que ela vê o ferimento de Samira seus olhos se arregalam.
_ Meu Deus querida! - exclama correndo até ela.
_ Estou bem vovó. - diz ela com olhos cheios de dor.
_ Marco! Espero que aquela cobra esteja pagando por isso! - esbraveja ela olhando furiosa para Marco.
_ Já cuidei disso vovó, ela não vai causar mais problemas.
_ Não sabia que tinha casado Marco. - diz Lúcio com um sorriso de canto.
_ Eu não...
_ Ele está noivo querido, o casamento será em breve. - diz Lú sorrindo.
_ Vovó. - chama Samira. Ela entendia que Lú tivesse dito aquilo para afastar Diana de Marco, mas ela não achava justo continuarem a enganar as pessoas a sua volta.
_ Não se preocupe querida, eu vou estar ao seu lado. - diz Lú a tranquilizando.
Lúcio rapidamente faz a higiene do local e coloca um curativo, a pomada tinha funcionado e Samira já podia sentir um pouco de alívio no seu braço.
_ Lembre-se de manter esse braço imóvel e longe de humidade Samira, o curativo deve ser trocado todos os dias. - diz Lúcio separando alguns remédios para ela.
_ Não se preocupe querido, vou garantir que esta menina se cuide. - diz Lú.
_ Faça isso vovó Lú, se precisarem de mim basta ligar. - diz ele sorrindo.
_ Obrigada doutor. - diz Samira sorrindo.
_ Só fiz o meu trabalho senhorita. - diz ele sorrindo.
Marco pega Samira nos seus braços e a leva de volta para o carro.
_ Para casa James. - diz ele com a voz cansada.
_ Pode me deixar em casa primeiro? - pergunta Samira um pouco constrangida.
_ Você vai para minha casa, vou cuidar de você Samira.