_ Não quero ninguém tocando em você, a menos que queira que a pessoa fique sem a mão. - diz ele quando para o carro em frente a faculdade dela.
_ Você não é meu dono Marco! - diz brava com ele, ainda não tinha esquecido da sua groceiria no café da manhã.
_ A partir do momento em que a minha avó resolveu acolhê-la eu passei a ser.
_ Groceirão! - diz ela mostrando língua para ele e saindo correndo do carro.
_ Filha de uma... - começa ele, mas desiste, Samira teria que esperar.
James observava tudo com um sorriso no rosto, ele tinha que admitir que a pequena mulher era corajosa, poucas pessoas já ousaram desafiar o seu chefe daquela forma.
Assim que Marco chega na empresa ele vai direto para seu escritório, pega um copo e se serve de uma dose generosa de whisky.
_ Meio sedo para beber, não acha. - diz Juliano entrando.
_ Eu sou o chefe Juliano, bebo a hora que quero. - responde de forma ácida.
_ Aí! Que bicho te mordeu hoje? - pergunta vendo o meu humor do seu amigo.
_ Samira, quem mais tem o dom de me tirar do sério. - diz ele com a sobrancelha arqueada enquanto se jogava na sua cadeira.
Juliano encaro o amigo, então cai na risada, ao que parecia finalmente o poderoso Marco Bernardo tinha encontrado alguém a altura.
_ Não tem graça! - diz ele entre dentes.
_ Tem, sim, não é todo dia que vejo o meu amigo sofrendo como um bobo apaixonado.
A vontade de Marco de estrangular Juliano apenas aumentava a medida que ele ria. Um barulho do lado de fora chama a tenção de Marco, e quando a porta se abre os seus olhos se escurecem ao ver de quem se tratava.
_ Me desculpe senhor Bernardi eu disse a ela que o senhor não estava disponível. - tenta se explicar a secretária.
_ Eu cuido disso Lisa. - responde ele sem nenhuma emoção na sua voz, os seus olhos eram como duas pedras de gelo ao olhar a mulher a sua frente.
_ Marco docinho. - diz ela aproximando-se dele.
_ Se der mais um passo mando te jogar do último andar, Diana. - ela estava vendo a ameaça na voz dele.
Marco não prometia algo que não podia cumprir, não era à toa que o nome dele era referência de lealdade entre os seus clientes e naquele momento, Diana podia ver a intenção bem clara no seu rosto.
_ Marco! Por que está me tratando assim? - diz ela de forma chorosa. Aquilo irrita Marco profundamente, ele odiava pessoas que fingiam para conseguir as coisas.
_ Não tenho nada com você Diana, então fique longe de mim. - diz ele de forma ríspida.
_ Eu estou disponível se você quiser gata. - diz Juliano piscando para ela.
_ Eu te amo Marco, como pode me tratar Assim! - diz ela ignorando Juliano completamente.
_ Sou um homem comprometido, então dê o fora do meu prédio! - a paciência de Marco estava acabando, o seu ódio por Diana apenas aumentando ainda mais.
_ Não pode estar falando sério! Vai mesmo se casar com aquela garota ridícula.
Antes que Diana dissesse mais alguma coisa a mão de Marco estava envolta do seu pescoço. Ela encarava-o em desespero como se não acredita-se no que ele estava fazendo.
Juliano dá um pulo do sofá e corre até Marco, o seu amigo não tinha muita paciência e ele temia que Diana tivesse estourado o que lhe restava.
_ Não ouse falar dela. Você é apenas uma vagabunda atrás daquele que tiver a carteira maior. - diz ele aproximando o seu rosto do dela.
Marco podia ver o desespero no rosto da mulher e aquilo o deixava feliz, ele queria que Diana o temesse e que nunca mais cruzasse o seu caminho novamente.
_ Solta ela Marco, não vale a pena. - diz Juliano.
Quando Diana estava quase perdendo a consciência ele solta-a e ela cai no chão puxando grandes lufadas de ar.
_ Você vai pagar por isso. - diz ela com olhos sombrios.
_ Acho que você não entendeu Diana, se cruzar o meu caminho mais uma vez vão encontrar o seu corpo boiando no rio da cidade. - diz ele com um sorriso c***l no rosto.
_ Eu vou te denunciar a polícia Marco! Isso é agressão!
_ Fique a vontade, mas tenho certeza que qualquer um aqui dirá que apenas a contive num ataque de fúria. - diz ele tranquilamente enquanto se sentava na sua cadeira.
_ Chame os seguranças Juliano. - diz Marco.
_ Agora mesmo chefe. - diz ele saindo, minutos depois ele retorna com dois seguranças ao seu lado.
_ Joguem essa mulher na rua, se alguém permitir a entrada dela novamente se demitido, fui claro?
_ Sim, senhor. - respondem antes de pegar Diana pelos braços e a arrastar para fora.
_ Não acha que está sendo muito duro com ela? - pergunta Juliano.
_ Já fui cordial de mais com Diana, isso não voltará a se repetir.
Quando Marco tomava uma decisão estava tomada, e ele não permitiria que Diana arruinasse seu relacionamento com Samira.
_ Quero que compre a fábrica que fornece para a família dela, cancele o contrato e se eles quiserem a mercadoria dobre o preço. - Marco faria Diana entender de uma vez por todos o preço de se mexer com ele.
_ Não acha que está exagerando? - pergunta Juliano, mas apenas um olhar de Marco o faz se calar. - Farei isso agora mesmo chefe.
Sem olhar para trás Juliano parte do escritório de Marco, ele tinha ligações a fazer e pela forma em que o seu chefe estava ele sabia que até o fim do dia ele teria que ter notícias para ele.
Havia poucas coisas que deixavam Marco tão fora de si, e Diana havia escolhido logo a que mais ele se importava, o que era uma tolice da parte dela, e agora a sua família pagaria o preço por seus erros.