Capítulo 5 Scarlett

1788 Words
Eu tenho vontade de voltar lá e devolver essa bofetada que ele me deu, eu não vou admitir que ele me toque outra vez. Quando chego ao quarto me viro para fechar a porta o monstro vem e me impede de fechar a porta. — Não vai entrar! — falo e no mesmo instante ele se senta na beira da porta. E fica me encarando. Sem paciência fico andando de um lado para outro para tentar acalmar a raiva que estou sentindo desse covarde. Eu preciso sair dessa casa, eu só quero uma oportunidade para fugir para longe desse covarde. Meu Deus por que eu estou passando por isso tudo? Já não basta ter perdido a minha mãe? Fico com essa pergunta em minha cabeça. Volto para cama e me deito, e me deixou levar pelo choro, eu não sei até quando eu vou aguentar passar por tudo isso... Fico com isso em minha cabeça e me perco em pensamento para tentar fugir desse lugar e acabo adormecendo… Acordo com uma dor de cabeça e ao me virar vejo o monstro deitado nos meus pés. Como ele veio parar aqui? Fecho meus olhos com força e abro novamente para ver se essa dor passa, alguém bate na porta e o monstro levanta a cabeça como se estivesse em alerta. — Menina chegou algumas coisas para você, desculpa se eu te acordei. — O que chegou? Eu já estava acordada. — ela deixa algumas sacolas na cama e o monstro fica cheirando. — Trovão pare!— dona Maria fala mais ele nem liga e continua cheirando. — Desça!— falo olhando para o monstro e ele abaixa a cabeça e desce da cama e fica sentado me olhando e dona Maria fica rindo. — Estou vendo que não é só o senhor que gosta de você até o Trovão gosta. — Isso é loucura!— confesso abrindo as sacolas, contendo algumas roupas e peça íntima, produto de higiene. E chego a ficar sem graça por pensar quem tenha feito essas compras. — Quem comprou essas coisas, Maria? — O senhor Brandon fez os pedidos para você. Não se preocupe ele não viu as sacolas. Agora o que acha de tomar um banho e vestir essas roupas para ver como ficou? E vim almoçar! — É você tem razão!— falo um pouco animada. E pego um conjunto com a peça íntima e sigo para o banheiro. — Vou lavar essas peças assim mais tarde já terá roupa limpas para usar. — Obrigada! — agradeço já entrando no banheiro e vou para o chuveiro. Deixei a água escorrer em minha cabeça para ver se alivia a dor chata que persiste em ficar. E fico com cuidado com a minha mão, ainda tenho que fazer curativo. Após o banho visto a roupa e até ficarem boas. Até parece o meu tamanho. Pego a sacola que contém produtos de higiene e levo para o banheiro, deixo meus cabelos soltos, escovo meus dentes e após arrumada sigo para cozinha com o monstro me seguindo. Assim que eu passo pelo corredor vejo que tem uma mulher na sala e a me ver fica me olhando. Vou em direção da cozinha e paro quando a mulher fala. — Ei, quem é você?— ela me pergunta e antes que eu possa responder à senhora Maria vai ao seu encontro. — O que Senhorita deseja? — Quero falar com Brandon. — Ele está no trabalho. Se era só isso, pode se retirar. — Eu fui ao escritório e ele não estava mais por lá, e preciso falar com ele é urgente. — A senhorita pode tenta ligar para ele. — Deixa de ser i****a, você acha mesmo que se eu conseguisse falar com ele pelo celular eu estaria aqui perdendo o meu tempo falando com você?— ela diz rude isso me irrita. — Não fale assim com ela. Se você está com problema não desconte na pessoa errada. — Falo ficando ao lado da Maria. — Não sabia que as empregadas eram tão folgadas assim! E farei questão de falar para Brandon! — Elas não são empregadas folgadas. O que faz na minha casa Mia? Não lembro de a ter convidado para vir até a minha casa? — somos despertas com ele chegando. Com algumas sacolas. — Me desculpe mais precisamos terminar a nossa reunião. — ela fala mais calma com ele aqui. — Não entendo o porquê? — Você não pode simplesmente jogar essa bomba de que vai casar e sair assim? Pensei que tínhamos algo. — ela diz se chegando perto dele, que se fasta. — Não entendo qual parte você não entendeu? E pelo que me lembro não temos nada, agora você já pode ir embora. — ele diz frio. Aproveito que eles estão discutindo volto em direção da cozinha e o monstro vem me acompanhando. — É essa coisinha aí que você vai casar? Você agora deu para ficar com as empregadas é isso?— eu fecho meus olhos com força, a forma que ela fala me diminuindo é que me irrita. — Minha vida pessoal só me desrespeita. E não volte mais na minha casa. — ele diz arrastando a mulher pelo braço para fora da casa. — Não ligue menina, sei bem lidar com esse tipo de pessoa. Agora coma por que já está tarde e você não comeu nada depois do café da manhã. — Você não precisa aceitar que as pessoas te tratem m*l, se estão com problemas que se resolva com pessoas em questão. — Não se preocupe menina e obrigado por me defender. — Não se preocupe, enquanto eu estiver por aqui ninguém vai te tratar m*l!— falo e ela abre um sorriso. Começo a me servir e fico comendo em paz até ouvir a voz dele. — Me desculpe por isso Maria a entrada dela já está bloqueada. Como você está Scarlett? — Bem. — Scarlett, quero me desculpar por hoje cedo. Não vai se repetir. — ele diz mais eu não me sinto bem em me desculpar por que sei que ele não vai se controlar. Apenas aceno que não. E retiro o meu prato e levo para pia, mesmo a Maria falando eu lavo meu prato, bebo o restante do meu suco, lavo e agradeço a Maria. — Estava ótimo, Maria e obrigada! — falo e deixo um beijo em sua bochecha, apegando de surpresa. E saio da cozinha e o monstro vem atrás de mim, não adianta reclamar! Vou em direção da sala que tem uma varanda, aproveito que está sombra e me sento e fico olhando para o jardim, fico perdida em meu pensamento e assim as horas vão se passando, tem hora que o monstro fica e saí. Sou desperta com Maria chegando com lanche. E isso me faz abrir um sorriso. — Obrigada Maria. Não precisava se preocupar! — Eu gosto de ver quando você está comendo! Sei que aqui não tem muito o que fazer, mas tem uma sala de tv., onde você pode assistir filme e também tem alguns livros no escritório do senhor Green, não sei se você gosta de ler. — ela diz me dando opção. — Acho que seria bom assistir um pouco. Você se incomoda se eu comer esse lanche assistindo? Você pode me levar até a sala? — Claro que não, menina! Vamos! Pego a bandeja enquanto ela me ensina a chegar na sala da tv., é uma sala espaçosa com a tv. Gigante. Tem algumas poltronas e até mesmo um sofá espaçoso. E isso me faz abrir um sorriso. Ela liga o ar no fraquinho, e me entrega o controle da tv. Me ensina e agradeço. Não demora e o monstro vem e fica perto de mim. Escolho um filme para tentar me animar. E fico bem entretida, me fazendo esquecer um pouco dos problemas que eu estou passando... O filme acaba e já coloco outro, me deito no sofá ficando mais confortável, e filme me prende atenção e acabo pegando no sono… Ouço um sussurro e é a voz dele. — Trovão desça daí, vai acabar acordando a Scarlett. — em resposta o monstro lati e sinto quando ele desce. Logo fica em silêncio e sinto um carinho em meu rosto. — Porque você tem que ser tão atrevida. Eu só quero cuidar de você e te proteger... — ele diz baixo mais consigo ouvir ele faz um carinho em meu rosto. Tenho vontade de abrir meus olhos e falar tudo que estar entalado na minha garganta, mas prefiro ficar assim. Não tenho mais paciência para brigar com ele. Ele sai da sala e isso me deixa mais a vontade. Sei bem como quer cuidar de mim. Não me convenço mais nessa história. Acabo me despertando de vez e vejo que ele me cobriu, solto um suspiro por que ele está tão bonzinho agora? Será que ele está fazendo isso para depois me levar para o pai dele. E assim acabar com a minha vida. Resolvo sair da sala, a tv. Já está desligada. Arrumo a pequena bagunça, e quem sabe mais tarde eu volto para assistir, quem sabe é melhor do que ficar no quarto olhando para o teto. Saio da sala e vou em direção da cozinha e levo a bandeja e não vejo ninguém. Lavo os pratos e deixo tudo em cima da pia para escorrer, tomo um copo de água e resolvo ir para o quarto, quando estou passando no corredor vejo a porta entre aberta e vejo-o sem camisa, ele tem um corpo lindo, que pena é uma pessoa r**m. Resolvo entrar logo no meu quarto. Entro e me jogo na cama e fico olhando em direção da janela, já está de noite. Sou desperta com alguém batendo na porta. Viro meu rosto para ver de quem se trata é ele. — Vim chamar lá para jantar. — Eu não estou com fome. — Scarlett, eu insisto. Eu prometo que não farei nada. — ele diz entendendo a mão em minha direção. Solto um suspiro e não tendo opção, saio da cama e não pego a sua mão. Ele indica a direção. E estranho que não tem nada na cozinha. — Não vamos jantar aqui dentro e sim no jardim! — ele diz e vai em minha frente e saio em sua direção e fico surpresa pela mesa bem enfeitada, e fico ainda mais surpresa com o buquê de flores que ele me estende. — Sei que nenhuma palavra vai apagar por tudo que a fiz passar, mais eu estou disposto a mudar, você aceita, as minhas desculpas?— ele diz estendendo o buquê de flores para mim. E fico sem reação alguma…
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