Perdição [M]

Capítulo 1

Playboy ??

Magrinho: eu quero movimento!- gritou pros menor lá da boca e eu fui direto na sala dele.- Qual foi, Playboy?

Playboy: vim dar uma olhada nos bagulhos.- sentei na mesa dele e coloquei os pés em cima da mesa dele.

Magrinho: tira os pés daí folgado do caralho.- ele riu e eu também logo em seguida.- Cadê a chata da tua mãe?

Playboy: trabalhando né, pô.

Magrinho: e a Poliana?- perguntou se referindo a minha irmã de 11 anos, que foi adotada pelos meus pais.

Playboy: escola.

Magrinho: só tu que é vagabundo e não faz nada?

Playboy: ih ala.- a porta se abriu e o Jota entrou na sala também. Jota é o João, meu primo mais velho e meu parceirão.

Magrinho: outro encosto pra mim.- falou brincando e o Jota riu.

Jota: ei pô, na boa?- olhamos pra ele.- Vai tomar no cu, Magrinho.- ri junto com ele e o Magrinho deu dedo pra nós.

Playboy: e a boa de hoje?

Jota: Alana vai fazer a festa de 19 dela hoje pô.

Magrinho: a garota inventa né pô, todo fim de semana a guria tá em farra diferente.- Alana é minha outra prima, filha do Rei e da tia Andressa.

Jota: ué, eu e o Playboy também e ninguém fala nada.

Playboy: p***a mas a Alana é demais, não aguento o pique dela não menor.

Jota: eu aguento de boa.

Playboy: tenho espírito de velho.- falei fazendo careta e levantei.- tô vazando, vai junto?

Jota: bora. Fé aí, Erick.

Magrinho: Erick o cu de vocês, fé.- neguei com a cabeça e saímos de lá.

Fomos andando e falando várias merdas até parar na praça, que tava tendo jogo dos menor no campo.

Jota: acho que hoje eu e a Cami a gente desenrola de vez, pô.- Cami é a Camila, filha do Th. Mora aqui no morro junto com o pai, Jota é gamado na mina.

Playboy: depois vai desenrolar com o Th né.- ri e ele me olhou sério.- p***a, o cara não te suporta por causa do teu pai, tu não tem nada a ver tá ligado? Mas tu acha que ele vai levar numa boa a princesinha dele com o filho do antigo inimigo dele?

Jota: quem não tinha que levar numa boa era eu, porque o filho da p**a me sequestrou.- ri alto e ele me encarou feio.

Playboy: foi m*l, ri com respeito belê?- ele negou com a cabeça.- Mas é isso aí, desenrole com sua mina hoje, que eu vou ficar bebendo na minha.

Jota: às vezes acho que tu é viado.- olhei pra ele rindo e dei dedo- p***a, tu não corre atrás de ninguém. A gente vai pra um rolê hoje e tu nem fala em pegar ninguém.

Playboy: quem muito fala pouco faz, se liga. Não vai ter ninguém do meu interesse não pô, só essas mina feia daqui do morro e as patricinha do colégio da Alana.

Jota: qui p***a, assume que tu é viado e que é gamado por mim.

Playboy: sou sim pô, todo dia sonho comigo comendo teu cu.

Jota: ah, mas cê tá bravo?- falou rindo e eu dei um soco de leve no braço dele.

- e aí, Playboy... Oi, Jota.- falou uma ruiva que eu nem sabia o nome, tava com um short que parecia uma calcinha e um cropped escrito love.

Já revirei meus olhos e respirei fundo.

Jota: qual foi, Amanda?

Amanda: só quero saber se o Playboy tá solteiro...- falou colocando a mão no meu ombro e eu logo tirei com força, fazendo uma cara feia.- Não olha assim que me faz querer sentar em você aqui e agora.- falou num sussurro e saiu rebolando.

A mina era mó bonita, mas com uma postura dessa? Não queria nem fudendo.

Jota: aí um esquema pra tu...- falou sério.

Playboy: eu tô passando necessidade de b****a pra pegar essa garota? Se toca, Jota.

Jota: pô, tem a Lara também, é gata.

Playboy: virou casamenteiro, p***a?- ele riu.- Vou piar pra casa, tenho que buscar a minha gatinha na escola, depois vou descansar pra aguentar a festa a noite toda.

Jota: vai idoso do c*****o, vai.- ri e piei pra casa, que estava vazia. Tirei a camisa colocando ela no ombro e bebi uma garrafa de água, deixando ela lá seca.

Depois peguei uma chave de um dos carros e parti pro asfalto. A Poli estudava na mesma escola da Alana.

Sim, a Alana ainda estudava. Como a maluca só quer curtição, repetiu de ano duas vezes, agora tá no último semestre da escola.

Hoje era sexta, significava que a Alana ia querer carona, porque toda sexta o segurança dela sai mais cedo por algum problema dele aí.

Parei o carro em frente a escola e coloquei minha camisa. Logo desci e vi um monte de velho na porta esperando os pirralhos.

A moça que cuidava da saída das crianças sempre me encarava com um sorrisinho no rosto. A mulher era gata e gostosa, qualquer dia eu vou fingir que esqueci a Poli na escola pra desenrolar com ela, já que a escola vai tá vazia.

Playboy: a aula da Poliana já acabou?- perguntei a ela.

- Ainda não, o sexto ano ainda não foi liberado.

Playboy: valeu aí, vou esperar ela no carro.- ela assentiu e eu saí de lá, voltando pro carro.

Tirei a camisa de novo e coloquei no ombro, porque aqui no Rio tava um calor do c*****o como de costume.

Vi a Alana vindo com a Camila e com uma loirinha gata pra c*****o. Bati meu olho nela e ela em mim também, mas logo desviou o olhar e eu fiz o mesmo.

Cami: quase primo lindo, me leva em casa?- falou fazendo um toque comigo.

Playboy: claro, né.- ela sorriu animada batendo palminhas.

Cami: minha amiga pode ir junto? Ela vai pra festa da Alana e pra não ter que ir depois, ela vai junto comigo agora.

Playboy: de boa, Cami. Pode vir pô.- falei pra loirinha que sorriu fraco e tímida.- E tu, Alana?

Alana: pegar carona também né.- riu.

Playboy: vocês vão entrar ou vão ficar aí como três estátuas derretendo nesse sol?

Cami: se você destravar a porta...- destravei a porta e ela abriu a porta de trás, e a loirinha entrou.

Playboy: atrás, Alana. Minha gatinha que vai na frente.- falei vendo que ela já atravessava o carro. Ela bufou e foi pro banco de trás.

A Cami sentou atrás de mim, a loirinha no meio e a Alana atrás do banco do passageiro.

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