Lari . . .
Durante o trajeto deixei meu celular
em modo aleatório.. as vezes a música
é agitada, outra calma.
Um equilíbrio.. é o que procuro pra ter
na minha vida.
É difícil sair do interior.. eu vivi ali
desde pequena pra vir pra cá. Minha
mãe sempre estragou a minha vida..
agora não duvido nada que as pessoas
estão sabendo que ela me jogou na rua.
Claro que ela vai aumentar isso,
inventar coisas pra todos mundo.
Parece que me criou só por obrigação.
desconfio disso porque meu pai ligava
pra ela pra saber de mim sempre.
Comida nunca faltou, agora celular tive
um velho que hoje tá quase pifando.
Meu dinheiro tinha que dar uma
quantidade pra minha mãe.
Pelo menos guardei uma boa quantia
e consegui sair de casa sem mendigar
pra ninguém.
O taxista não me deixou na entrada da
comunidade.. disse que só podia deixar
uma rua antes.
Então paguei ele e segui por onde ele
disse pra ir. Olhava as casas, arua, o
movimento bem mais agitado do que lá
no interior. . .
Quando cheguei perto da comunidade
resolvi mandar mensagem prO meu pai
dizendo que estava saindo do interior.
A mensagem dele, me deixou sem
reação.
Whatsapp on . . .
Pai: Não me procura, some de Volta
pro interior Larissa anda! Não posso
cuidar de ti.
WhatsApp off . . .
Neguei atordoada.
Senti um grande nó na garganta..
fiquei sem chão ali e nem percebi
barulhos de tiros.
Na entrada da comunidade.. alguns
carros da polícia. Um tiroteio violento.
eu não tinha onde me esconder.
Meu Deus.. não me deixa mnorrer.
Xx- MENINA! AQUI Ô!
Olhei para o outro lado da rua, uma
mulher acenando pra lá.
Corri usando os carros parados ali pra
me proteger dos tiros, quando entrei
na pensão dela, a mesma fechou a
porta.
Agora um pouco mais consciente.. sorri
em meio às lágrimas.
Lari- Obrigada dona, salvou minha
vida.
Toinha- Sou Toinha.. o que tu tá
fazendo aqui? Ninguém entra no
morro se não é morador durante três
dias por conta do confronto.
Lari- Meu nomne é Larissa, me chama
de Lari. Eu.. eu não sabia. Nã0 sou
daqui.. na verdade quero morar ali
sabe? Tô sozinha. - expliquei e ela
entendeu.
Toinha- Menina não faça mais isso
eles não tem pena de ninguém.. SÓ 0S
moradores tão seguros, as vezes tem
bala perdida. Tu pode ficar aqui até o
movimento acalmar.
Lari- Obrigada. . .