Helena passou a manhã em casa, estava sozinha, aproveitou para tomar um banho demorado, e mais uma vez foi obrigada a vestir uma camiseta de Estefano, tinha lavado o vestido amarelo, aquele que ela chegou com ele no corpo, percebeu que precisava arranjar uma maneira de ter mais roupas, assim se encheu de coragem e ligou para o marido, só de pensar nele dessa maneira o coração dela disparava.
No terceiro toque Estefano atendeu
_ Helena, aconteceu alguma coisa?
_ Na verdade não, mas não posso continuar vestindo suas camisetas, queria poder buscar minhas coisas.
Ouviu um longo suspiro, quando ele respondeu sua voz estava mais rouca do que normal.
_ Não quero você naquela casa nunca mais, e não vai usar nada que tenha sido comprado com o dinheiro do idiot@ do seu falecido marido, fui claro?
_ Sim.
Helena sentiu raiv@ , não podia ficar do jeito que estava, assim desligou o telefone na cara dele, assim que virou as costas o telefone começou a tocar, e ela simplesmente ignorou. Fez almoço, se sentou na mesa e comeu tranquilamente, quase se sentiu em casa e segura. No exato momento em que terminou de organizar a cozinha , Estefano apareceu na porta, ela não sentiu med0, não sabia explicar o motivo, mas achava que longe do quarto ela era mais corajosa.
_ Por que não atendeu ao telefone?
_ Porque eu não quis.
E Estefano deu uma gargalhada, ela esperava qualquer reação, menos essa.
_ Helena, está perdendo o med0 de mim, pequena? Isso é bom.
_ Não quer que eu tenha med0 de você? Seria mais fácil me controlar.
_ Não gosto de mulheres fáceis, e respondendo sua pergunta, não desejo que me tem@s, já recebo isso na rua, prefiro te controlar de outras maneiras, na cama por exemplo, fora dela pode até me enfrentar, desde que não se atreva a me esbofete@r como da outra vez. Nunca vai receber violênci@ de mim, mas quero receber o mesmo em troca.
Estefano pôde perceber que a palavra cama nublou os olhos de Helena, ela tinha medO extremo dele no quarto, porque era lá que era agredida pelo ex-marido, talvez se ele se aproximasse dela fora dele, conseguisse fazer ela baixar a guarda.
_ Se arrume, vamos comprar roupas para você. Drog@, aquele vestido amarelo vai me deixar maluco.
Foram de carro até a rua principal da cidade, quando desceram para andar a pé Helena começou a andar e foi parada por Estefano que lhe segurou a mão, ela se surpreendeu, nunca havia andando de mãos de dadas com ninguém, nunca tinha imaginado que um homem como ele faria isso, ainda mais na frente dos dois soldados que os seguiam.
_Você é minha esposa, vai andar comigo como tal.
_ Fique calma pequena , estamos na rua, não podemos ir além.
Entraram em várias lojas e compraram desde roupas e calçados a bolsas, sapatos e brincos. Helena tinha ganhado um guarda roupa completo.
Ao passar debaixo de uma árvore, ele a abraçou, quando ela tentou empurra-lo, Estefano não permitiu.
Ele a segurou e beijou, no primeiro momento Helena não reagiu, mas de repente começou a corresponder. Quando se deu conta do que estava acontecendo, se soltou e mais uma vez o esbofete0u, como dá outra vez só se deu conta da loucura tarde demais.
Foi arrastada para dentro do carro, ele saiu cantando pneus e nesse momento ela teve certeza que dessa vez seu ato teria consequências.