Quando Helena acordou já era dia, com as recordações da noite anterior pulou da cama, incrivelmente o quarto estava livre dos cacos da noite passada. Estava tão cansada que não despertara com ele organizando o ambiente.
Agora mais calma, não sabia de onde havia tirado coragem para atacar Estefano, tinha lhe esbofeteado o rosto, se fosse Otávio no lugar dele, não só teria revidado, como a teria feito se arrepender amargamente de sua ousadia. Apesar disso não confiava em Estefano, era impossível confiar em um homem. Estava perdida em seus pensamentos quando ele entrou no quarto. Imediatamente Helena ficou tensa.
_ A esposa do chefe pediu que você ligasse para ela. Acho que está preocupada com você.
_ Sim.
_ Sim o que Helena?
Seu nome parecia diferente na voz dele.
_ E devo ligar para ela?
_ Isso quem decide é você. Se tratando da mulher do chefe tem liberdade para conversar com ela, pode até mesmo se encontrar com ela ou aqui ou na casa deles.
Mais uma vez Estefano se ajoelhou aos pés de Helena, ela que estava na beira da cama se afastou o quanto pôde do ex soldado, não suportava a proximidade dele, era grata por não a ter forçado a suportar mais uma vez um homem a tocando, mas sentia uma aversão tão grande a ele, tinha a obrigad0 a se tornar mulher dele, depois de tudo que tinha passado nas mãos de Otávio.
_ Quero você na beira da cama, agora Helena.
Helena se obrigou a se aproximar dele, tinha raiv@ de si mesma por obedecer, queria ter coragem de dizer não, mas sua obediência tinha sido forjada a custas de esp@ncamentos constantes e de coisas h0rríveis que havia sido obrigada a fazer na cama, não sabia como tinha conseguido suportar tanta depravaçã0 e d0r.
Quando sentiu as mãos de Estefano em suas pernas fechou os olhos e esperou. Pôde sentir ele cheirando suas cox@s, fechou os olhos e pediu que terminasse logo, que o atual subchefe da máfia americana se satisfizesse rapidamente e a deixasse em paz.
_ Helena?
O silêncio foi a resposta que Estefano recebeu. Ele sentiu o cheiro de med0, era mais que isso, acostumado a t0rturar pessoas, aprendeu cedo a identificar quando alguém tinha p@vor dele, e era isso que aquela mulher sentada em sua cama, estava sentindo, p@vor. Respirou fundo para controlar o desejo, precisava trabalhar, tinha ordens a cumprir, mas antes precisava sentir pelo menos o gosto dela,se não iria endoidar, tinha esse direito, era seu marido.
_ Me responda, quando falar com você Helena.
Helena se sobressaltou, como se tivesse levado uma bofetad@.
Sentada na beira da cama, somente de camiseta, ela queria correr, nem que fosse em direção a um caminhão, mas não podia.
_ Me deixe te provar, Helena, prometo que deixo você em paz, vou enl0uquecer se me negar isso.
Helena olhou para ele sem entender o que ele queria dizer, por um tempo Estefano compreendeu o silêncio dela como recusa, mas ao olhar para ela percebeu tudo.
_ Helena, não sabe o que estou pedindo, não é? Responda.
_ Não sei, provar o que?
_ Deus, que tipo de homem era o i****a do Otávio? Ao ouvir o nome do falecido marido Helena deixou as lágrimas contidas rolarem, era como ser queimada em fogo, ouvir o nome dele em voz alta. Ela ainda era grata por ele por alguma razão desconhecida sempre ter feito uso de preservativ0, pelo menos não foi obrigada a recebe-lo sem c@misinha, e o casamento de três anos não tivera frutos.
Foi tirada dos seus pensamentos com os movimentos de Estefano, ele estava com a cabeça encostada em seu local mais íntim0, e tentava delicadamente abrir suas pernas. Mas Helena as manteve firme.
_ Helena, por favor?
_ O que você vai fazer?
_ Quero tocar você, sentir você com a minha boca, posso pequena?
_ Se eu disser não. O que vai acontecer?
Estefano deu um longo.
_ Não vai acontecer nada, car@lho, já lhe disse que não forço mulheres.
Estefano se levantou e ficou próximo a parede.
_ Suma daqui Helena, não apareça na minha frente até que eu saia para trabalhar.
Helena mais que depressa fugiu daquele quarto, mais uma vez se livrara de ser tocada por ele, era grata aos céus por isso, ainda preferia a m0rte do que se ver na cama intim@mente com um homem.
Estefano deu murr0 na parede, a desejava mais que tudo na vida, mas não tinha coragem de força-la , não depois de tudo que ela passara, tinha aprendido da pior forma o que o a***o de um homem podia causar a uma mulher.
Depois de deixar a mão sangr@ndo ao esmurrar a parede Estefano saiu de casa, tinha negócios a resolver e ordens do chefe a cumprir. Estava quase enlouquecend0 em ter Helena na sua cama, mas não podendo toca-la.