Capítulo 8 - Minha Filha / Meu Tesouro

1301 Words
Majú entrou no quarto seguida por sua Avó e Rafael. Ao contrário do que tinha imaginado, o local era enorme e lindo. Não tinha ar de doença. Júlio estava sentado na varanda que também era muito grande e tinha 2 poltronas. - Padrinho? Ela chegou. Júlio levantou devagar e caminhou até perto de Majú... - Meu Deus! Tu és igual a ela. És tão linda como a minha Marisa. Majú segurava as lágrimas... Rafael se retirou sem ser notado. - Eu desejei saber quem o senhor era desde os meus 5 anos... - Oh filha! Se eu soubesse de ti mais cedo, iria buscar - te pessoalmente. - Nem posso acreditar que estou diante do meu pai. Esperei muito por esse momento. Por este dia. - Acredita filha. Minha filha, meu tesouro. Majú o abraçou e sentiu uma enorme felicidade. Ela chorou de alegria, pois sabia que o homem diante dela realmente a amava. - Ana Maria... Podes me perdoar? - Não há nada para ser perdoado Júlio. Tu amaste a minha filha e ela sentia o mesmo por você. Júlio também a abraçou. Um tempo depois estavam os 3 sentados e Majú falava sobre a sua infância. Ela levou o albúm e várias fotos separadas para oferecer ao seu pai. A conversa estava bem animada e Majú se divertia tanto que o seu cansaço passou. 2 horas depois, Majú e Ana Maria deixaram Júlio descansar. Cada uma ficou num quarto, mas com uma porta de ligação. Majú pôs uma roupa mais relaxante e desceu para caminhar um pouco. Victória a encontrou no jardim. - Quer beber alguma coisa senhorita Mendonça? - Não obrigada Victória. Eu quis apanhar um pouco de ar, e vou me deitar um pouco. Quando entrou em casa, Priscilla passou por ela bastante zangada. - Prima? Está tudo bem? - Está sim. Eu vou me deitar... Boa noite. Rafael apareceu seguida. - Olá Majú. - Olá Rafa. Está tudo bem? - Bem eu.. Eu terminei com a Cilla e ela não aceitou muito bem. - Sinto muito. - Eu não. Fiz a coisa certa. Uma relação sem amor ou outros sentimentos nunca daria certo para mim. - Eu entendo. Bem! Falamos amanhã. Boa noite. - Boa noite Majú. Amanhã bem cedo estarei aqui. Temos muito que fazer. - Você vai embora? - Sim. Tenho a minha casa, mas antes vou ver a minha mãe e a minha irmã. Estão ansiosas para te conhecer. - E eu a elas. Então até amanhã. - Até amanhã Majú. Maria Júlia foi dormir. Ana Maria descansava, mas ela não consegiu. Pegou num livro no armário e resolveu ler para relaxar. O quarto dela era muito elegante e luxuoso. Majú adormeceu com o livro. Rafael tinha razão.... Havia muita coisa para ser feita, ela tinha que ficar na Cidade das Pérolas mais tempo que o planejado... Mas com a Avó ao seu lado, tudo havia de correr bem. Será mesmo assim tão fácil se adaptar a vida de herdeira Bilionária? Ou tinha que estar preparada para as surpresas no seu caminho? Rafael estava novamente solteiro. A reação de Priscilla foi péssima, mas ele já contava com isso. Não a amava e Priscilla sabia disso. Só o queria por capricho e Rafael não permitiria ser usado. Passou em casa de sua mãe, pois tinha saudades dela e precisava desabafar. Tocou a campainha e Suzana a sua irmã foi quem abriu. - Rafa.. Que bom te ver mano... - Ela o abraçou bem forte. - Olá Suzy! Também senti a tua falta. A mamãe está em casa? - Sim. Lá na cozinha. Vais jantar com a gente? - Vou sim. Na verdade acho que vou dormir aqui. Estou muito cansado. - Que bom. Assim vais poder contar tudo sobre a viagem. Após ver a mãe, Rafa foi tomar banho e trocou de roupa. Desceu para o jantar e percebeu o olhar curioso da mãe e da irmã. - Filho! Eu achei que ficarias com a Cilla. - Bem mamãe. Eu terminei com ela. - A sério mano? Nossa ainda bem... - Suzy... - A mãe a repreendeu. - Deixa estar mãe. A Suzy não gosta da Cilla e nunca escondeu. - Isso mesmo. Odeio gente falsa. - Tens a certeza que foi o melhor filho? - Tenho sim mamãe. Agora sou um homem livre. - E como foi o encontro do Júlio com a filha. - Muito emocionante. A Ana Maria veio connosco. - Sério?!Vou convidar as duas para um jantar aqui em casa. - Não tão cedo mamãe. A Maria Júlia precisa se acostumar com tudo e ainda tem muitas coisas para processar. - Eu entendo meu filho. Teremos muito tempo para estarmos com ela. - Rafa! Ela é muito melhor que a Cilla. Certo? - É sim mana. Tenho a certeza que serão boas amigas. - Eu também desejo isso. - Bem! Eu vou dormir. Amanhã vou começar a tratar dos trâmites legais para que a Majú seja reconhecida pelo meu padrinho. - Que bom filho. Vá descansar. A viagem foi longa e cansativa. - Boa noite mãe. Boa noite Suzy. - Boa noite.... - Elas disseram em conjunto. O dia seguinte seria bem longo. Maria Júlia seria reconhecida como a herdeira oficial e legítima de Júlio Alexandre Mendonça, e ainda estava a ser organizada uma grande festa para a sua apresentação à alta sociedade da Cidade das Pérolas. Júlio era bastante conhecido e respeitado. Com certeza havia uma fila de pessoas curiosas para conhecer de perto a famosa herdeira desaparecida. Mas será que Maria Júlia poderia se acostumar com tanta atenção? Agora era tratada por Senhorita Mendonça e também precisava se acostumar com isso, pois sendo filha de Júlio Mendonça o seu Status social se alterava automaticamente. Sentia falta de Aline e pensou em um momento para falar à sós com a sua amiga. O plano de ir às compras com Priscilla a incomodava, e ela teve uma ideia para não ter que fingir que suportava a presença da prima. Afinal ela era Maria Júlia Mendonça. A dona da Mansão Mendonça e com certeza ninguém iria desobedecer a uma ordem sua. No quarto após um banho pressionou o botão verde e Rita surgiu. - Pois não senhorita. - Olá Rita. Eu quero que você tire o dia amanhã. - Amanhã? Mas Senhorita. Estamos a organizar a sua festa e... - Não foi contratada uma cerimonialista? - Foi sim senhora. - Excelente. Amanhã você vai sair comigo e com a minha Avó. - E a senhorita Cilla? - Quero que lhe leves um recado meu está bem? Peça a Victória que venha por favor. - Sim senhora. Com licença. 5 minutos depois Victória entrou e Maju já estava pronta para o almoço com o pai no jardim. - Chamou Maju? - sim Victória. Eu quero te pedir que dispenses a Rita amanhã. - Posso saber a razão? - Claro. Vamos às compras. Aliás, eu quero pedir que ela trabalhe directamente comigo. Como minha assistente pessoal. - Isto é sério? - Claro que é. Ela é uma jovem muito inteligente e leal. Confio nela. Você deixa? - Mas é claro que sim Maju. Será uma excelente oportunidade para ela. - Muito Obrigada Victória. Prometo que isso não vai atrapalhar os estudos dela e será como um estágio. - Muito Obrigada senhorita Mendonça. Saiba que também tem a minha total lealdade. O Senhor Júlio sempre a teve. - Obrigada. Além do meu pai e da família do Rafael. Sei que posso confiar em vocês as duas. - Claro que pode. Ah! O seu pai e a Senhora Ana Maria já estão no jardim. - Estou indo. Obrigada. Maria Júlia já agia como a dona da Mansão. Mas não eram todos que estavam felizes com isso, e uma destas pessoas era a sua prima Priscilla.
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