Capítulo 7 - Bem - Vinda Prima

1803 Words
A viagem de Majú, Ana Maria e Rafael estava marcada para sexta - feira. Eles chegariam á cidade das Pérolas durante a noite. De malas prontas e a caminho da Estação, Majú m*l podia acreditar na mudança que a sua vida tinha sofrido. - Boa sorte amiga. Vai dar tudo certo... - Aline disse e abraçou Majú. - Obrigada amiga. Falaremos todos os dias. Eu prometo. - Aline! Cuide da minha casa está bem? Por favor. - Não se preocupe Vovó. Eu e a mamãe vamos cuidar de tudo. - Muito bem. Vamos? Está na nossa hora. Foram para a sala de embarque. Majú estava ansiosa e Rafael segurou a mão dela para a acalmar. - Relaxa Majú. Vai dar tudo certo. - Eu concordo com o Rafa filha. Mantenha a calma. - São 23 anos Vovó. E se o meu pai não aguentar tanta emoção? - Majú! Ele te ama. E ver você pode ser uma maneira dele melhorar. Eu acredito em milagres... - Rafael falou e sorriu para ela. O sorriso de Rafael desarmava Maria Júlia, e ela relaxou. A viagem foi tranquila. Maria Júlia e Rafael conversavam e Ana Maria decidiu descansar um pouco. Ana Maria acordou bem a tempo da paragem do Trem na Estação deles. Mesmo sendo de noite, o aeroporto estava bem movimentado. Saíram e a limousine estava a espera deles. Rafael cumprimentou José o motorista de Júlio. - José! Que bom te ver. - Olá menino Rafael. Como foi a viagem? - Excelente. Após apresentar Majú e Ana Maria, carregaram as malas e partiram. - Seja bemvinda senhorita Mendonça. - Obrigada Sr. José. Falta muito para chegarmos?.... Majú perguntou. - 10 minutos senhorita. - Obrigada. Exactamente 10 minutos depois, Sr. José estacionou diante de uma belíssima mansão.  - Nossa! Que casa linda. - É mesmo filha. E olha só que jardim maravilhoso. - Sabes Vovó. Eu vou gostar de passar um tempo aqui. - Admito que eu também vou. - Bem! Está na hora. Vamos entrar? As vossas malas serão levadas para os quartos. - Não sei se vou me acostumar com tanto luxo Vovó. - Será necessário filha. Vamos entrar.... Foram levadas por Rafael á sala principal. No centro dela tinha uma linda escada em caracol que ia até um terceiro andar.  - Boa noite senhoras. Sejam bem-vindas... - Majú! Esta é Victória. Ela é a governanta e responsável por todo o funcionamento da casa. - É muito bom conhece - la senhorita Mendonça. - Obrigada. Mas eu ainda não sou uma Mendonça oficialmente. - Ainda assim. É parecida com o Senhor Júlio. - Obrigada Victória. Esta senhora é Ana Maria. Minha Avó Materna. - Prazer senhora. Seja Bem Vinda - Obrigada Victória. A enfermeira desceu as escadas e disse: - O Senhor Mendonça acordou e está pronto para receber visitas. - Obrigada Ester.... - Victória respondeu. Venham comigo por favor. Subiram para o segundo andar, quando Priscilla vinha descendo as escadas. - Amor! Que bom ver você... - Ela abraçou Rafael e Majú se sentiu incomodada. - Bem-vinda prima....- Ela deu para Majú o seu sorriso mais falso e também a abraçou. Majú não gostou dela, mas disfarçou. - Obrigada. - A Senhora é a Avó dela? - Sou. Ana Maria. Muito prazer. - Cilla! Nós vamos ver o meu padrinho. Esperas por mim lá no escritório por favor? - Claro meu amor. Até mais.... - Priscilla desceu e eles foram ver Júlio. Na porta, Rafael perguntou: - Estás preparada para esse momento Majú? - Estou sim Rafael. Podes abrir a porta por favor.... Ana Maria segurou a mão da neta e as duas entraram para ver Júlio Mendonça. Ele estava de costas para a porta, mas percebeu quando esta foi aberta. Virou achando que veria a enfermeira, mas diante dele estavam Rafael, Ana Maria e Maeia Júlia que era a cópia de sua mãe na mesma idade. - Ana Maria!?... - É mesmo você? - Olá Júlio...- Ela aproximou-se e pegou na mão dele. Como você está? - Destruído. Eu perdi a mulher que mais amei na vida e por ter sido fraco. Eu não a trouxe de volta. - Esquece isso menino. Eu perdoei você a mais de 20 anos. E trouxe comigo o fruto do seu amor pela minha filha. - Majú! Vem cá querida. Não sejas tímida. Maria Júlia aproximou-se do pai. Ela estava tão determinada na viagem, mas agora diante dele ela sentia - se tímida e sem saber o que dizer. Júlio Mendonça conservava asua beleza e vitalidade, mas também parecia frágil, pois o seu rosto já tinha as marcas do tempo. Ele sorriu quando Maria Júlia chegou mais perto e estendeu a mão para ela. Rafael saiu discretamente do quarto, e nenhum dos três percebeu. - Filha! Nossa Senhora você é igual à sua mãe. Tão linda como ela era. Me diz o teu nome querida. Eu quero ouvir a tua voz. - Maria Júlia. O meu nome é Maria Júlia Mendonça. - Ela te deu o meu sobrenome? - Sim. Mas me disse que foi por ter gostado e por ser um nome de personalidade. - Júlio. A minha Marisa nunca tirou você da vida dela. A vossa filha se chama Maria Júlia. É preciso mais provas do que isso? - Claro que não Ana. Eu jamais Duvidei da Marisa. Jamais. - Eu sei. Deixarei vocês conversarem. Filha! Não o deixe se cansar demais está bem? - Está bem Vovó. Ana Maria saiu do quarto e Maju sentou-se ao pé de seu pai. - Então minha filha. O que você quer saber? Pergunte o que quiseres. - Eu quero saber tudo sobre o Senhor e a minha mãe. A conversa de Júlio e Maria Júlia demorou mais de 3 horas. Quando a enfermeira voltou ao quarto Maria Júlia tinha os olhos banhados em lágrimas. - Perdão Senhorita Mendonça. Mas o seu pai precisa de descansar agora. Ele precisa de estar bem - disposto para o jantar. - Está bem. Eu vou aproveitar para tomar um banho e descansar também. Obrigada pela linda estória papai. - Não me agradeças querida. Você é a maior prova do nosso amor. O melhor presente que ela deixou para mim. Maria Júlia sorriu e saiu do quarto. Victória subia as escadas naquele momento e foi ter com ela. - Senhorita Mendonça! Eu a levarei ao seu quarto agora. - Obrigada. Preciso de um banho e de descansar. Onde está a minha avó?. - Descansando no quarto dela que é à direita do seu e tem uma porta de ligação. - E o Senhor Rafael? - No escritório com a sua prima. - Certo. - Deseja comer alguma coisa após o seu banho? - Sim por favor. Quero algo leve. Pode mandar levar ao meu quarto por favor? - Claro que sim. Venha comigo por favor. Maria Júlia a seguiu e Victória abriu uma porta branca. - Este é o seu quarto. Espero que esteja do seu agrado. - Ele é lindo. Obrigada Victória. - A deixarei para o seu banho. O seu lanche será trazido em 15 minutos. - Perfeito. Obrigada. Maria Júlia ficou sozinha e observou cada detalhe do luxuoso quarto. Querendo ou não tudo seria dela em breve. Mas apesar de saber disso, decidiu-se que queria mais tempo com o seu pai. Ela viu a mãe morrer aos poucos por causa de um câncer, e ao olhar para o pai, desconfiou que ele tinha algo diferente. Depois de um banho e mais relaxada, alguém bateu na sua porta. - Entre. - Licença senhorita. Eu trouxe o seu lanche. - Obrigada. A travessa estava recheada de comida gostosa, e Maju percebeu que estava mesmo com fome. Qual é o seu nome? - Eu sou a Rita e estou ao seu serviço. - Prazer Rita. Me chame só de Maju está bem? - Sim senhora. Mas apenas o farei quando estiver sozinha. - Tudo bem. Trabalhas aqui a muito tempo? - A 8 anos.. Victória é minha mãe adoptiva. Eu a amo demais e não a quis deixar sozinha. - Eu entendo. E és estudante? - Sim senhora. Graças ao seu pai estou na Universidade e estudo Relações Públicas. - Que maravilha. - Obrigada Maju. Se precisares de qualquer coisa basta pressionar o botão verde e eu venho. Fui destacada para a atender e a sua avó também. - Entendi. Por favor quando ela levantar peça que venha me ver. - Com certeza. Mais alguma coisa? - Sim. Como é a minha prima Priscila? - Bem ela é... Posso ser sincera? - Claro que sim. - Ela é muito hipócrita e malvada. Na presença do Senhor Mendonça e do Senhor Rafael finge ser boazinha, mas quando eles não estão, é uma cobra e dad piores. Tenha cuidado com ela. A simpatia é tudo fingimento. - Obrigada Rita. Ficarei atenta. Maria Júlia ligou para Aline e contou as novidades. Ela soube que Pedro a procurava desesperado, mas ninguém lhe disse nada. Comeu e alguns minutos depois deitou para descansar. Acordou 3 horas depois com a voz de sua Avó, e ao olhar pela janela viu que o sol se punha. - Vovó!? - Olá querida. Como te sentes? - Melhor agora que descansei. O meu pai. Ele está bem? - Calma meu amor. O Júlio está óptimo. Ter você aqui o deixou mais jovem. Ele parece ter melhorado. - A sério? - Sim. Está bem disposto e sorridente. Filha! O teu amor vai curar o teu pai. Eu sei disso. - É o que mais desejo Vovó. - Vai passar uma água neste rosto lindo. A mãe e a irmã do Rafael vêm jantar com a gente. Ah! Haverá uma festa no próximo final de semana em tua homenagem. - Festa!? Mas eu... - Por favor Maju. Não negues isso ao Júlio. Ele está feliz demais. Quer que todos conhecam a sua linda herdeira. - Está bem Vovó. Vou me lavar e já volto. As duas desceram e Priscila apareceu. - Olá Maria Júlia. - Olá Cilla. Me chame de Maju por favor. - Certo Maju. Eu pensei que a gente podia sair amanhã para fazer compras. Podemos almoçar fora e nos conhecer melhor. - Ela está certa filha. Afinal vocês são primas. - Quase irmãs. O Titio me criou desde os 12 anos. - Tudo bem. Eu aceito. - Maju. Você sumiu.... - Rafael apareceu e estava lindo sem o terno. Os olhos dele estavam ainda mais bonitos e Maju sorriu discretamente. - Olá Rafael. Eu precisava de descansar. A viagem foi longa. - Entendo. Vem comigo por favor. A minha mãe está ansiosa para falar com você. Eles sairam deixando Ana Maria e Priscila, mas a senhora os seguiu. Priscila não gostou do jeito que Rafael olhou para a sua prima, e decidiu ficar mais atenta aos dois.
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