A viagem de Majú, Ana Maria e Rafael estava marcada para sexta - feira.
Eles chegariam á cidade das Pérolas durante a noite.
De malas prontas e a caminho da Estação, Majú m*l podia acreditar na mudança que a sua vida tinha sofrido.
- Boa sorte amiga.
Vai dar tudo certo... - Aline disse e abraçou Majú.
- Obrigada amiga.
Falaremos todos os dias. Eu prometo.
- Aline! Cuide da minha casa está bem? Por favor.
- Não se preocupe Vovó.
Eu e a mamãe vamos cuidar de tudo.
- Muito bem.
Vamos? Está na nossa hora.
Foram para a sala de embarque.
Majú estava ansiosa e Rafael segurou a mão dela para a acalmar.
- Relaxa Majú.
Vai dar tudo certo.
- Eu concordo com o Rafa filha.
Mantenha a calma.
- São 23 anos Vovó.
E se o meu pai não aguentar tanta emoção?
- Majú! Ele te ama.
E ver você pode ser uma maneira dele melhorar.
Eu acredito em milagres... - Rafael falou e sorriu para ela.
O sorriso de Rafael desarmava Maria Júlia, e ela relaxou.
A viagem foi tranquila.
Maria Júlia e Rafael conversavam e Ana Maria decidiu descansar um pouco.
Ana Maria acordou bem a tempo da paragem do Trem na Estação deles.
Mesmo sendo de noite, o aeroporto estava bem movimentado.
Saíram e a limousine estava a espera deles.
Rafael cumprimentou José o motorista de Júlio.
- José! Que bom te ver.
- Olá menino Rafael.
Como foi a viagem?
- Excelente.
Após apresentar Majú e Ana Maria, carregaram as malas e partiram.
- Seja bemvinda senhorita Mendonça.
- Obrigada Sr. José.
Falta muito para chegarmos?.... Majú perguntou.
- 10 minutos senhorita.
- Obrigada.
Exactamente 10 minutos depois, Sr. José estacionou diante de uma belíssima mansão.

- Nossa! Que casa linda.
- É mesmo filha.
E olha só que jardim maravilhoso.
- Sabes Vovó. Eu vou gostar de passar um tempo aqui.
- Admito que eu também vou.
- Bem! Está na hora.
Vamos entrar?
As vossas malas serão levadas para os quartos.
- Não sei se vou me acostumar com tanto luxo Vovó.
- Será necessário filha.
Vamos entrar....
Foram levadas por Rafael á sala principal.
No centro dela tinha uma linda escada em caracol que ia até um terceiro andar.

- Boa noite senhoras.
Sejam bem-vindas...
- Majú! Esta é Victória.
Ela é a governanta e responsável por todo o funcionamento da casa.
- É muito bom conhece - la senhorita Mendonça.
- Obrigada.
Mas eu ainda não sou uma Mendonça oficialmente.
- Ainda assim.
É parecida com o Senhor Júlio.
- Obrigada Victória.
Esta senhora é Ana Maria.
Minha Avó Materna.
- Prazer senhora.
Seja Bem Vinda
- Obrigada Victória.
A enfermeira desceu as escadas e disse:
- O Senhor Mendonça acordou e está pronto para receber visitas.
- Obrigada Ester.... - Victória respondeu.
Venham comigo por favor.
Subiram para o segundo andar, quando Priscilla vinha descendo as escadas.
- Amor! Que bom ver você... - Ela abraçou Rafael e Majú se sentiu incomodada.
- Bem-vinda prima....- Ela deu para Majú o seu sorriso mais falso e também a abraçou.
Majú não gostou dela, mas disfarçou.
- Obrigada.
- A Senhora é a Avó dela?
- Sou.
Ana Maria.
Muito prazer.
- Cilla! Nós vamos ver o meu padrinho.
Esperas por mim lá no escritório por favor?
- Claro meu amor.
Até mais.... - Priscilla desceu e eles foram ver Júlio.
Na porta, Rafael perguntou:
- Estás preparada para esse momento Majú?
- Estou sim Rafael.
Podes abrir a porta por favor....
Ana Maria segurou a mão da neta e as duas entraram para ver Júlio Mendonça.
Ele estava de costas para a porta, mas percebeu quando esta foi aberta.
Virou achando que veria a enfermeira, mas diante dele estavam Rafael, Ana Maria e Maeia Júlia que era a cópia de sua mãe na mesma idade.
- Ana Maria!?... - É mesmo você?
- Olá Júlio...- Ela aproximou-se e pegou na mão dele.
Como você está?
- Destruído.
Eu perdi a mulher que mais amei na vida e por ter sido fraco.
Eu não a trouxe de volta.
- Esquece isso menino.
Eu perdoei você a mais de 20 anos.
E trouxe comigo o fruto do seu amor pela minha filha.
- Majú! Vem cá querida.
Não sejas tímida.
Maria Júlia aproximou-se do pai.
Ela estava tão determinada na viagem, mas agora diante dele ela sentia - se tímida e sem saber o que dizer.
Júlio Mendonça conservava asua beleza e vitalidade, mas também parecia frágil, pois o seu rosto já tinha as marcas do tempo.
Ele sorriu quando Maria Júlia chegou mais perto e estendeu a mão para ela.
Rafael saiu discretamente do quarto, e nenhum dos três percebeu.
- Filha! Nossa Senhora você é igual à sua mãe.
Tão linda como ela era.
Me diz o teu nome querida.
Eu quero ouvir a tua voz.
- Maria Júlia.
O meu nome é Maria Júlia Mendonça.
- Ela te deu o meu sobrenome?
- Sim.
Mas me disse que foi por ter gostado e por ser um nome de personalidade.
- Júlio.
A minha Marisa nunca tirou você da vida dela.
A vossa filha se chama Maria Júlia. É preciso mais provas do que isso?
- Claro que não Ana.
Eu jamais Duvidei da Marisa.
Jamais.
- Eu sei.
Deixarei vocês conversarem.
Filha! Não o deixe se cansar demais está bem?
- Está bem Vovó.
Ana Maria saiu do quarto e Maju sentou-se ao pé de seu pai.
- Então minha filha.
O que você quer saber?
Pergunte o que quiseres.
- Eu quero saber tudo sobre o Senhor e a minha mãe.
A conversa de Júlio e Maria Júlia demorou mais de 3 horas.
Quando a enfermeira voltou ao quarto Maria Júlia tinha os olhos banhados em lágrimas.
- Perdão Senhorita Mendonça.
Mas o seu pai precisa de descansar agora. Ele precisa de estar bem - disposto para o jantar.
- Está bem.
Eu vou aproveitar para tomar um banho e descansar também.
Obrigada pela linda estória papai.
- Não me agradeças querida.
Você é a maior prova do nosso amor. O melhor presente que ela deixou para mim.
Maria Júlia sorriu e saiu do quarto.
Victória subia as escadas naquele momento e foi ter com ela.
- Senhorita Mendonça! Eu a levarei ao seu quarto agora.
- Obrigada. Preciso de um banho e de descansar.
Onde está a minha avó?.
- Descansando no quarto dela que é à direita do seu e tem uma porta de ligação.
- E o Senhor Rafael?
- No escritório com a sua prima.
- Certo.
- Deseja comer alguma coisa após o seu banho?
- Sim por favor.
Quero algo leve. Pode mandar levar ao meu quarto por favor?
- Claro que sim.
Venha comigo por favor.
Maria Júlia a seguiu e Victória abriu uma porta branca.
- Este é o seu quarto.
Espero que esteja do seu agrado.
- Ele é lindo.
Obrigada Victória.
- A deixarei para o seu banho.
O seu lanche será trazido em 15 minutos.
- Perfeito.
Obrigada.
Maria Júlia ficou sozinha e observou cada detalhe do luxuoso quarto.
Querendo ou não tudo seria dela em breve.
Mas apesar de saber disso, decidiu-se que queria mais tempo com o seu pai.
Ela viu a mãe morrer aos poucos por causa de um câncer, e ao olhar para o pai, desconfiou que ele tinha algo diferente.
Depois de um banho e mais relaxada, alguém bateu na sua porta.
- Entre.
- Licença senhorita.
Eu trouxe o seu lanche.
- Obrigada.
A travessa estava recheada de comida gostosa, e Maju percebeu que estava mesmo com fome.
Qual é o seu nome?
- Eu sou a Rita e estou ao seu serviço.
- Prazer Rita.
Me chame só de Maju está bem?
- Sim senhora.
Mas apenas o farei quando estiver sozinha.
- Tudo bem.
Trabalhas aqui a muito tempo?
- A 8 anos..
Victória é minha mãe adoptiva.
Eu a amo demais e não a quis deixar sozinha.
- Eu entendo.
E és estudante?
- Sim senhora.
Graças ao seu pai estou na Universidade e estudo Relações Públicas.
- Que maravilha.
- Obrigada Maju.
Se precisares de qualquer coisa basta pressionar o botão verde e eu venho.
Fui destacada para a atender e a sua avó também.
- Entendi.
Por favor quando ela levantar peça que venha me ver.
- Com certeza.
Mais alguma coisa?
- Sim.
Como é a minha prima Priscila?
- Bem ela é... Posso ser sincera?
- Claro que sim.
- Ela é muito hipócrita e malvada.
Na presença do Senhor Mendonça e do Senhor Rafael finge ser boazinha, mas quando eles não estão, é uma cobra e dad piores.
Tenha cuidado com ela. A simpatia é tudo fingimento.
- Obrigada Rita.
Ficarei atenta.
Maria Júlia ligou para Aline e contou as novidades.
Ela soube que Pedro a procurava desesperado, mas ninguém lhe disse nada.
Comeu e alguns minutos depois deitou para descansar.
Acordou 3 horas depois com a voz de sua Avó, e ao olhar pela janela viu que o sol se punha.
- Vovó!?
- Olá querida.
Como te sentes?
- Melhor agora que descansei.
O meu pai. Ele está bem?
- Calma meu amor.
O Júlio está óptimo.
Ter você aqui o deixou mais jovem.
Ele parece ter melhorado.
- A sério?
- Sim. Está bem disposto e sorridente.
Filha! O teu amor vai curar o teu pai.
Eu sei disso.
- É o que mais desejo Vovó.
- Vai passar uma água neste rosto lindo.
A mãe e a irmã do Rafael vêm jantar com a gente.
Ah! Haverá uma festa no próximo final de semana em tua homenagem.
- Festa!?
Mas eu...
- Por favor Maju.
Não negues isso ao Júlio.
Ele está feliz demais.
Quer que todos conhecam a sua linda herdeira.
- Está bem Vovó.
Vou me lavar e já volto.
As duas desceram e Priscila apareceu.
- Olá Maria Júlia.
- Olá Cilla.
Me chame de Maju por favor.
- Certo Maju.
Eu pensei que a gente podia sair amanhã para fazer compras.
Podemos almoçar fora e nos conhecer melhor.
- Ela está certa filha.
Afinal vocês são primas.
- Quase irmãs.
O Titio me criou desde os 12 anos.
- Tudo bem.
Eu aceito.
- Maju.
Você sumiu.... - Rafael apareceu e estava lindo sem o terno.
Os olhos dele estavam ainda mais bonitos e Maju sorriu discretamente.
- Olá Rafael.
Eu precisava de descansar.
A viagem foi longa.
- Entendo.
Vem comigo por favor.
A minha mãe está ansiosa para falar com você.
Eles sairam deixando Ana Maria e Priscila, mas a senhora os seguiu.
Priscila não gostou do jeito que Rafael olhou para a sua prima, e decidiu ficar mais atenta aos dois.