Capítulo 10- 4 Anos

1026 Words
Notas do Autor VOLTEIIIIII. boa leitura Já estavam no apartamento em que Giovanna morava com a filha e, Alessandro, agora que estavam sozinhos, mostrava todo seu nervosismo. - Por que você fez isso comigo? - E pela milésima vez ele pergunta impaciente. - Você não tinha esse direito, ela é minha filha! - Tem como tu parar de gritar? - Ela passava as mãos nos cabelos impaciente, aquilo não estava nos planos dela. - E olha aqui, não venha me dizer quais direitos eu tenho ou não sobre a MINHA princesa! - Giovanna, ela é minha filha, você me privou de conviver com ela durante 4 anos... - Ele já não sabia o que era autocontrole, andava de um lado pro outro sem saber o que fazer, gritava descontroladamente. - Meu Deus... eu tenho uma filha, tenho uma filha linda.. - Você não tem uma filha, ela é minha, produção independente! - As lágrimas ameaçavam cair, mas Giovanna se mantida firme, ela precisava fingir uma frieza que não sentia. Era difícil pra ela admitir que ele ainda mexia com ela mesmo depois de três anos. - Pra quê isso agora? Vamos seguir como tava, volta lá pra onde tu não deveria ter saído, me deixa aqui no meu cantinho. - Ela tem o direito de saber que tem um pai! - Se aproximou dela como um bicho enfurecido, segurando Giovanna pelos ombros, Alessandro a sacode como se aquele gesto fosse fazer a amada mudar de ideia. - Solta Alessandro, tu tá me machucando.. - Tentou puxar os braços, mas foi em vão, ele tinha mais força que ela. - É isso que você quer, me machucar mais ainda? Já não basta tudo o que me fez sofrer? Eu não vou deixar você fazer a mesma coisa com a minha filha, você não vai fazer ela sofrer! - Puxou o braço com tanta força que o impacto a faz cair sentada no sofá. - Você pediu pra conversar, eu aceitei em respeito a minha filha, mas eu não quero te ver mais, some da minha vida! Faz o que você sempre fez, some! - Sumir? Você acha mesmo que vou perder mais um dia sequer da vida dela? Desiste, eu não vou deixar minha filha crescer sem um pai! - Ela abaixa a cabeça com os cotovelos apoiados na perna, Giovanna chora, aquilo mais parecia um pesadelo. - Um pouco tarde pra isso, você não acha? Quatro anos Alessandro, ela já tem quatro anos! - As lágrimas não impediram das palavras saírem da sua boca. - Ela não é sua filha, já te disse que ela é produção independente! - Meu Deus, mesmo depois de tanto tempo você não mudou... Continua a mesma cabeça dura de antes, a mesma turrona! Se passaram 4 anos, porque VOCÊ deixou passar, VOCÊ mentiu pra mim naquele maldito final de semana! - O que adiantaria se eu tivesse falado? Você ficaria? Não, não ficaria. E sabe o por que eu sei disso? Porque você não fez a menor questão de lutar por mim e não faria também por ela. E, não.. eu não vou deixar você machucar a minha filha! - Levantou do sofá com as mãos na cintura. - Eu acho que tá na hora de você ir embora! - Eu acho que tá na hora de você ligar pra tua amiga trazer minha filha! - Giovanna olha pra ele bufante, ela sabia que não teria jeito, ele não desistiria de conhecer a filha. Ela temia, tinha medo que a filha passasse por tudo que ela passou, tinha medo da garota sentir a mesma dor que um dia ela sentia, a dor que ela sentia até hoje, a dor do desprezo, a dor da saudade... - Vamos Giovanna, liga pra sua amiga, precisa do meu telefone emprestado? Depois de ligar para Amora, Giovanna espera apreensiva pela chegada da filha. Não sabia como iria contar aquilo pra menina. Afinal, toda vez que a filha perguntava pelo pai, ela dizia que ele havia ido para muito longe, que o pai dela era ela mesma. Mãe e pai. Quinze minutos se passam até a tão esperada chegada da menina. Alessandro soava frio, mil e uma perguntas rodeavam sua mente, ele sabia que sua vida havia mudado para sempre a partir daquela tarde, sabia que agora não era somente ele e sua imensa solidão, havia entrado um ser de luz. Ele promete para si mesmo que faria de tudo para conquistar o amor da filha e faria de tudo e mais um pouco para reconquistar o amor da mãe dela. - Mamãe, mamãe.. Sofia e eu vamos pló sítio do vovô nesse final de semana! - A menina entra em casa correndo com o cachorrinho. - Eu vou poder usar aquele biquíni novo que a tia Deusa me deu! - Ela pulava feliz da vida e o pequeno cachorrinho fazia o mesmo. Giovanna não pode deixar de sorrir ao ver a alegria da criança, verdadeiramente, ela era a luz de sua vida. - Ataque de beijos! - ela se joga em cima da mãe que estava sentada no sofá a beijando por todo o rosto. Alessandro que não havia sido notado ali, olha a cena emocionado. Aquela não se parecia em nada com a Giovanna que um dia partiu de sua vida. Fisicamente não havia mudado em nada, só estava ainda mais bonita, mas mentalmente... Ah, aí já era outra história. Ela estava madura, diferente. - Que ataque mais goxxtoso meu Deus!!! - Sorrindo, ela retribui os beijos que a filha havia lhe dado. - O que o tio do palque tá fazendo aqui? - Finalmente ela salta do colo da mãe percebendo a presença de Alessandro ali. - Ele tá cholando? - Franziu a testa ao perguntar. - Não, caiu u..um cisco no olho dele! - Giovanna explica o motivo das lágrimas, a menina olha para ela com as mãos na cintura. - Vem aqui princesa! — Ela levanta a pegar a menina no colo, Nero estava apreensivo, não tinha como saber qual seria a reação da menina. “E se ela for igual à mãe? To ferrado!”, ele pensa. _#_#_#_
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