Capítulo 4 - "O Melhor de Mim"

672 Words
Notas do Autora Eu tô postando assim pq tô ansiosa pra saber a opinião de vocês. Cês tão gostando? Não deixem de comentar! Oito meses depois - Força Giovanna! - Era a décima vez que o médico gritava isso em menos de cinco minutos. Eu tentava, mas não conseguia colocar pra fora. - Só mais um pouco, eu já posso ver a cabeça dela! - Fechei os olhos suspirando fundo, antes de tentar fazer força novamente. - Eu não consigo! Tira de mim, por favor! - Meu ar faltava, minhas pernas eram seguradas por dois enfermeiros para que eu não fechasse as mesmas. Minha mão direita estava segurando com força as de Amora enquanto a esquerda segurava o braço de uma enfermeira que colocava o braço sobre minha barriga empurrando-a para baixo. - Quando eu contar até três, você empurra! - Gritou o médico. - Um.. dois.. agora!! - Fechei os olhos fazendo a maior força já feita em toda minha vida, minha única vontade era trazer minha pequena ao mundo, mas ela não facilitava muito. - Vai Giovanna, você consegue, só mais um pouquinho! - Amiga, olha aqui pra mim! - Amora chama minha atenção para ela. - Você é forte, muito forte! Para de frescura, trás logo nossa princesa pro mundo. Eu quero segurar minha afilhada! - Ela tinha razão, eu sou forte. Qual prova de força maior do que largar o homem que ama, renunciar a própria "Felicidade"? Minhas lágrimas não paravam um segundo se quer. - Vai minha filha, bota força! - Força mãezinha, coloca força! - E novamente a voz forte do médico exclama. - Isso.. vai, não para, só mais um pouquinho! - Aaaaaaah! - O grito eco por toda a sala, minha cabeça desfalece sobre os travesseiros, minha princesa havia nascido. Fecho os olhos ao ouvir o chorinho dela ecoar por toda a extensão daquela sala, ela tinha o pulmão bem forte. - Amigaaaa, ela nasceu! - Amora exclama dando pulinhos de alegria. - Olha Deusa, olha como o chorinho dela é gostoso! - Tr..trás ela pra cá! - Sussurro com a voz fraca, eu estava exausta. O médico se aproxima com ela nos braços a colocando sobre meu peito. No momento em que minha pequena sente o calor do meu corpo, ela para de chorar. Já eu, não continha minhas lágrimas, não tem nem mesmo um minuto em que a peguei e já sinto um amor inexplicável, sem definição, sem medida. - Oi princesinha.. - Sussurro para ela, que mantinha os olhinhos grudados aos meus. Eu não pude deixar de notar o quanto ela lembra Alessandro, tão parecida que chega a ser assustador. Olhando atenta pra ela eu pude ter a certeza, ela era tudo o que havia de bom em mim, ela me fazia sentir vontade de ser uma pessoa melhor, me fazia sentir completa, não tinha felicidade maior no mundo do que amor de mãe, era realmente algo inexplicável, eu tô amando essa sensação. Depositando o primeiro beijo em sua cabecinha eu pude ter a certeza que no seu primeiro machucado, no seu primeiro coração partido, eu vou estar lá pra ela. Eu vou estar lá para abraçá-la, para senti-la. Vou mostrar para ela por meio de nossos choros e frustrações que ocorrem de vez em quando, que está tudo bem em chorar, que está tudo bem em sentir. Que eu sempre serei um lugar seguro e que ela sempre poderá voltar pra mim. - Que coisa mais gostosa, amiga! - Amora passa a mão no rostinho dela que acaba remexendo a cabecinha. - Oi clarinha, oi princesinha da titia. - Fala oi pra tia Amora princesa, fala oi pra ela! - Falei baixo, meus olhos estavam começando a pesar. - A mamãe te ama muito e vai te proteger sempre! - Coloco o nariz no rostinho dela inalando seu cheiro natural. Uma coisa é certa, Alessandro já me fez sofrer muito nessa vida, mas graças a ele eu ganhei a pessoa mais importante desse mundo, minha preciosidade, minha pequena Ana Clara.
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