O canto da estrela PARTE II

3113 Words
Esse capítulo contém gatilhos emocionais! Cuidado ao ler! Bem próximo ao local batizado por Lince como: O canto da estrela Bruna estava tão assustada com tudo o que estava acontecendo que sequer conseguia parar de chorar deitada no banco detrás do carro. Seus olhos estavam inchados de tantas lágrimas, como se isso adiantasse de alguma coisa. E o seu corpo trêmulo por tamanho assombro de ver que o seu príncipe na verdade sempre foi um monstro. Aquele choro e gemidos estavam deixando Lince tão fora de si que ele não perdeu tempo fechando sua mão direita virando seu corpo em direção contrária e dando um soco no meio do rosto de Bruna, fazendo ela se calar no mesmo instante, além de quebrar uma veia do seu nariz o que bastou para fazer o sangue escorrer por todo o seu rosto. — Ahhhh!!! Seu desgraçado! Porque está fazendo tudo isso comigo? Que m*l eu te fiz para me tratar assim? — ela dizia com dificuldade colocando a mão sobre o rosto completamente deformado — Você?? Não fez nada além de me ajudar minha estrela. Mas quem está por trás de você fez tudo e por esse motivo você está aqui hoje para que eles recebam e compreendam de uma só vez tudo o que lhe esperam. — Lince dizia enquanto dava outra tragada no seu charuto — Não estou entendendo nada. Você é um louco e concerteza está me confundindo com outra pessoa durante todo esse tempo. — Bruna dizia devagar gemendo de dor — Louco??? Eu???? Hahaha... Se existe algo que não sou é um louco. Sei muito bem o que faço, como faço e com quem eu faço. Você até que foi uma presa bastante dócil e até digamos que prazerosa. Mas, tudo isso ficou para trás e nem mesmo as nossas boas fodas juntos foram capazes de mudar os meus planos minha estrela. — Lince tenta encostar sua mão no rosto de Bruna que se encolhe toda no canto da poltrona do carro — Quais planos? Eu pensei que me amasse de verdade e que eu fosse única em sua vida. Você sempre me chamou de sua estrela e dizia que um dia eu iria brilhar para sempre. Mas, agora vejo que tudo não passou de uma ilusão. — Tudo é bem real, só você quem não quis enxergar o que estava bem debaixo do seu nariz. Só mesmo no seu mundinho cor de rosa para não desconfiar de um sujeito que chega no meio da madrugada implorando por ajuda e oferecendo amor eterno à você. Realmente você foi uma das presas mais fáceis que tive em toda a minha vida. Te agradeço por isso e pelas noites de prazer que você me concedeu. Realmente sabe como satisfazer um homem. — Seu miserável, monstro... eu me iludi com você imaginando que fosse outro tipo de pessoa. Errei e estou pagando um alto preço por tudo o que eu fiz de errado com minha família, principalmente contra a Geovanna que nunca me fez m*l algum. Confiei e acreditei em suas palavras bonitas, principalmente quando me chamava de estrela dizendo que algum dia eu teria tudo o que eu realmente merecia. — E não é exatamente isso que estou fazendo com você querida? Mas, só que as estrelas não fazem ruído. E infelizmente você estava fazendo e muito. Seu choramingo estava me irritando e parecendo uma gralha no meu ouvido. Por isso decidi te calar de uma só vez princesa. Você não queria tanto brilhar? Pois é, chegou o teu momento agora nesse c*****o. Mas, será a primeira e única vez que isso irá acontecer. Só que tenha certeza que esse momento durará para sempre. — Lince dizia com um sorrisinho nos olhos — Pelo amor de Deus Flávio, me deixa ir embora daqui. Eu suplico... se você me libertar eu prometo que desapareço de vez da sua vida e não contarei nada à ninguém. Nunca saberão o que houve aqui e muito menos que foi você quem me deixou desse jeito. Mas, eu te imploro que me deixe em paz. — Deus? Desde quando luz e trevas estão juntos? Será que ainda não percebeu que diante de você por todo esse tempo sempre só existiu a escuridão? Ainda está sonhando ou imaginando que tudo isso aqui é uma brincadeira? É isso estrelinha? Vou te mostrar de uma vez por todas agora que tudo isso é muito real. — Não... Não... Não Flávio... por favor... Não me machuque mais... eu imploro... — Aqui não existe nenhum Flávio sua estúpida... Aqui só existe o Lince e agora vou deixar isso bem claro para você. — NÃOOOOO... Condor para o carro para que Lince passe para o banco de trás e possa segurar o maxilar de Bruna com toda força que tinha em seu corpo. Ela o olhava de tal maneira que parecia que naquele momento havia compreendido que à sua frente não havia um homem, mas sim um verdadeiro demônio. Ali com seu olhar sombrio e com o seu sorriso sarcástico Lince cravou os dedos com tanta força no rosto de Bruna que o fez sangrar no mesmo momento a fazendo gritar no mesmo instante quase desmaiando de tanta dor. A cada maldade que ele cometia contra Bruna mais prazer sentia. Parecia que todo esse ódio estava contido dentro dele durante todos esses meses e somente agora em que tudo teria um fim foi capaz de expor. Bruna só sabia chorar e chorar. Isso estava deixando Lince pior do que antes e fazendo seu sangue ferver. Ele não sabia qual das duas maneiras usaria para calar Bruna: se a violentando ou a agredindo ainda mais. Entre a sua dúvida preferiu somente gritar e as outras opções deixaria nas mãos de Condor, o líder da seita. — Cala essa boca... AGORA! — Lince grita ao notar que o carro havia parado no local marcado Bruna estremece por completo quando ouve o grito de Lince. Ele dizia tais palavras fumando seu charuto e gargalhando com Condor que só deixava amostra seu sorriso todo prateado que brilhavam em qualquer lugar. O medo, o assombro e o pavor de Bruna davam prazer tanto em Lince quanto em Condor. Eles amavam ver suas vítimas aterrorizadas quando estavam prestes a fazer uma de suas obras. A cada tragada que Lince dava no charuto mais fumaça ficava presa dentro do carro. E para quem sofria de asma como Bruna, àquela situação não lhe era nada favorável. Ela inalou tanta fumaça e com a forte pancada que levou no rosto seu corpo não suportou e ela acabou desfalecendo no carro. Lince olha e apenas diz: — Até que demorou muito para se calar. Condor somente olha molhando os lábios com a saliva e diz: — Antes de finalizar quero uns minutos com essa estrelinha. Lince não responde nada, somente o olha e assente com a cabeça em sinal de afirmativo. Esses dois tinham uma ligação muito forte, mas Lince respeitava Condor e o motivo saberemos muito em breve. Lince Conheci Condor faz muito tempo, meu coroa ainda era vivo e foi por ele que decidi entrar pra seita. Condor é meu mentor, meu irmão e único em quem eu confio. Abutre é só um carniceiro que executa todos os meus planos... Mas confiar nele? NUNCA! Mas, para que iria dizer isso, basta dar um pouco de poder para sabermos do que as pessoas são capazes. E Abutre já deu a prova de tudo o que ele seria capaz de cometer se tivesse tudo o que eu tenho nas mãos dele: destruiria todos a sua volta, incluindo eu. E acham mesmo que um cara como eu iria confiar num merda como ele? Deixo que ele pense assim, porque preciso dele para os serviços em que eu não posso meter a cara. Então se alguém tiver que se fuder e levar bala claro que não serei eu. É para isso que meu coroa antes de morrer colocou ele como meu braço direito, porque já sabia de tudo o que ele era capaz para chegar a outro patamar. Mas, me deixou claro uma coisa: você precisa confiar desconfiando até mesmo da tua própria sombra, imagine das pessoas a tua volta sempre o pior. E foi nessa fita que sigo até hoje. Por isso tô de pé e tudo continua nos conformes. E assim continuará sendo, até quando o papai aqui conseguir finalizar a minha obra que é: matar, exterminar e barbarizar com o filho da p**a que matou o meu herói. Esse maldito do LC vai penar e sofrer tanto que vai implorar para nunca ter nascido. Ele não sabe com quem mexeu. Com esses merdinhas conseguiu vitória, mas quero saber se ele aprendeu a vencer alguém que foi capaz de vender a sua alma para o próprio demônio só para derrota-lo. Meu pai não será esquecido e a sua morte será vingada ou, caso contrário, eu não me chamo Lince. É isso aí... e para você que ficou se perguntando: — Ué... não sabia que o Pantera tinha filhos. — Agora te respondo de boa e espero que entenda de uma só vez. Eu sou filho postiço do Pantera, ele me tirou das ruas junto com minha coroa e a ingrata da Safira. Quando isso aconteceu eu já tinha mais de dezessete anos. E já tinha passado muita fome e coisas nas ruas que até o capeta dúvida. Mas, isso não interessa a você e muito menos à ninguém. Tudo o que vocês precisam saber é que se não fosse por ele eu não existiria à muito tempo. Safira sempre foi uma ingrata e só gostou de usufluir de todo dinheiro que nosso pai oferecia. Pouco se importava se era sujo ou limpo, só queria mais e mais. Quanto mais luxo ela tinha mais queria. Agora te digo uma parada: Pra que essa palhaçada de querer bancar a sentimental e politicamente correta nessa altura da vida? Se durante todos esses anos usou e abusou do dinheiro sujo do velho? Agora que ele morreu e tudo ficou nas minhas mãos ela vem bancar uma de humana e jogando pra cima de mim essa p***a de empatia. Empatia é um c*****o. É fácil dizer que se importa com o próximo quando a tua vida tá por cima e nunca soube o que realmente é sofrer. Já passou fome? Necessidade alguma vez na vida? Então quem é você pra julgar o que faço de certo ou errado? É isso que tanto digo na cara da minha irmã, mas a desgraçada parece não entender. Mas, logo, logo a ficha dela cai e nem que para isso seja necessário meter a Kim, minha sobrinha querida nesse meio. Aí sim! A minha irmãzinha vai aprender o que é bom pra tosse. Ela pensa que vim nesse mundo a passeio, mas logo... logo... ela se liga que a nossa vida é curta e que não temos tempo pra ficar no playground. Me colocaram no meio da selva e agora preciso ir até o fim. Mas, vou te dizer que fui colocado justamente no único lugar aue me sinto em casa: o inferno. — p***a! Até que enfim chegaram. Vieram de onde? Do Japão? — Abutre diz recostado na porta fumando um verdinho me tirando dos meus pensamentos — Tu é f**a mesmo hein cara! Nem pra esperar a estrela chegar pra terminar a ação e depois tu entrar na merda da brisa né? — digo saindo do carro — Lá sou mulher grávida pra esperar alguma coisa cumpade? Faço o que eu quero e na hora que tenho vontade. Tô na brisa mesmo cumpade e não n**o. Tô doidão pra essa merda acabar e meter o pé pra fuder minhas negas gostoso. Que esse papo brabo de estrela e canto da estrela já tá me deixando nervoso pra c*****o. Eu lá vi estrela cantar? O máximo que vejo é sempre o céu nublado de uns tempos pra cá e cheio de trovoadas. — Baixa tua crista comigo seu merda ou esqueço quem tu é e te mando rapidinho pro além. E ai, tá afim? — Igual tu por pouco não fez com a Safira né cara? — Pra você vê, que nem mesmo da minha irmã tenho piedade imagina de um zé mané o****o feito você. — Já te falei pra tu me respeitar nessa merda cumpade ou as coisas vão feder por aqui nessa p***a. — Ei...ei... ei... bora para com essa papinho escroto e bora resolver logo esse bagulho que tenho minhas paradas para fechar antes do amanhecer. — Condor diz saindo do carro — Desistiu da estrela Condor? — Lince pergunta sorrindo e acendendo outro charuto — Àquela dali já está toda fudida e meu garoto nem dá sinal com uma mina dessas. Melhor coisa que nós faz e meter lenha nessa parada, porque preciso meter o pé na estrada rapidão. ‐— Condor diz entrando no local — Pega a estrela e coloca ela lá dentro Abutre. — p***a! O pior sempre sobra pra cima de mim. Eita! A mina tá apagada Lince! Já finalizou cara? — Se liga cara! Ela teve uma crise de asma e depois das pancadas desmaiou. Para de fazer perguntas e pega logo ela colocando no trono. Até parece que é novato nas paradas pô! Tô te desconhecendo. — Lince ordena caminhando para dentro do barraco — É garota, quem mandou pagar sentimento pra um merda desses? Agora não tenho nem como te ajudar. Mas, pode ter certeza que se eu pudesse te livraria dessa fria que tu se meteu. — Abutre dizia enquanto carregava Bruna no colo Já passavam das quatro horas da madrugada e as ruas estavam vazias. Todas as câmeras das proximidades foram desligadas instantaneamente pelos seguranças que estavam vigiando os quatro quarteirões. Abutre entra com o corpo de Bruna nos braços. Lince estava sentado na cadeira bem a frente onde ela ficaria. Abutre colocou Bruna sentada e amarrou as pernas e os braços na cadeira. Apesar de todo o alvoroço ela continuava desacordada. Mas, Lince logo tratou de dar um jeitinho bem suave nisso pegando um balde com água fervendo e jogando de uma única vez no rosto de Bruna que somente gritava sem parar. — Cadê as máscaras Abutre? — Tá na mão chefia! — Cadê a catana? — Tá aqui em cima da mesa! — Vai ser tu ou eu a fazer o serviço Condor? — Dessa vez é contigo. Lembra que você ficou devendo um corte na última reunião e agora chegou a hora de você pagar. Só quero a minha bebida e mais nada. Além é claro de assistir de perto todo o show. — Flávio por favor... me deixa ir embora... — Logo você vai minha estrela. LIGA O SOM ABUTRE! Lince se posiciona atrás de Bruna com touca ninja, luvas e todo corpo coberto por um sobretudo n***o. Dessa maneira não seria reconhecido por ninguém e seus planos continuariam perfeitos. Ele faz sinal para Abutre baixar o som e ligar a câmera. Se aproxima do ouvido de Bruna a mandando ler o que estava escrito bem na sua frente. "EU ME SACRIFIQUEI PARA QUE VOCÊS PUDESSEM CASAR. MAS, LOGO O PAGAMENTO DE VOCÊS IRÁ CHEGAR!" Bruna lê cada palavra derramando lágrimas nos olhos. Naquele momento ela já sabia o que lhe esperava e que não teria chance de ao menos pedir perdão a quem ela tanto feriu. Suas lágrimas não paravam de rolar. Novamente Abutre liga o som e com a catana nas mãos sem pensar uma única vez Lince finaliza sua ação alcançando o seu objetivo. Condor consegue sua bebida, mas ao colocar na boca sente algo estranho e deixa a taça cair no chão no mesmo instante. Todos o olham sem entender o que havia acontecido. — Fizemos algo que não era para ser feito. Essa garota se arrependeu de todo coração nos últimos segundos. Seu sangue não nos pertence. COMETEMOS UM ERRO LINCE!!! — Condor dizia desesperado colocando as mãos sobre a cabeça — E agora? O que vamos fazer? — Abutre pergunta assustado — Precisamos de ajuda! Essa guerra não é somente nossa e essa maldita família tem a proteção Dele, do Emanuel. — Condor dizia olhando para os lados como se visse algo — Tá maluco! Isso não existe Condor. Somos os soberanos e você sempre disse isso cara. Como Ele protegeria um criminoso, um sujeito que já exterminou tantas pessoas ou já fez até pior do que nós? — Lince pergunta sem entender — Você não entende nada Lince. Não é por ele, mas pela fé de outras pessoas que estão em volta dele que tudo é tão difícil. Mesmo sem ele merecer tem pessoas que oram, pedem e buscam pela alma dele incansavelmente. E essas pessoas crêem em tudo o que dizem e sabem quem é o Emanuel. O conhecem e já estiveram face a face com Ele. Desiste dessa vingança meu amigo, e entenda que nós não temos como vencer essa guerra. — Condor diz colocando a mão no ombro de Lince que o empurra contra a parede — NUNCA! NUNCA VOU DESISTIR CONDOR! SE VOCÊ NÃO QUISER MAIS ME AJUDAR PODE IR EMBORA. TENHO CERTEZA QUE NOSSOS DEUSES ESTÃO A MEU FAVOR. — Nenhum dos nossos entrará nessa guerra. Isso será o mesmo que um suicídio e ninguém entrará numa luta sabendo que irá perder. A seita enfrenta tudo, menos o Emanuel. Nosso poder é nada na frente do Dele. Infelizmente dessa vez não poderei estender a mão para você. Mas, se voltar atrás em tudo isso sabe onde me encontrar. Condor sai do barraco e Lince fica furioso ao ouvir tudo aquilo do seu mentor. Começa a quebrar tudo o que ali restava e grita: — NINGUÉM VAI ME VENCER! NINGUÉM TEM O PODER MAIOR DO QUE EU E ÀQUELES QUE SIRVO! — Lince! O que faço com essa caixa? — Abutre pergunta com os olhos arregalados — Manda entregar no tal sítio e escreve um simples recado nesse papel colocando em cima: AOS NOIVOS! Abutre ouviu suas ordens e foi isso que fez. Os seguranças entraram para fazer a limpeza do lugar, além de tirar dali o resto do corpo de Bruna. Lince ficou tão atordoado com tudo o que Condor disse que entrou num dos carros dos seguranças que estavam em frente do barraco e somente disse saindo em disparada: — VOCÊ VAI IR COMIGO ATÉ O FIM CONDOR! SEJA POR BEM OU POR m*l! MAS, ME DEIXAR NA MÃO COM ESSE PAPO FURADO DE EMANUEL... HÁ... VOCÊ NÃO VAI MESMO... Me ajudem comentando, adicionando na biblioteca e compartilhando a nossa história. Beijos e até Domingo! Se Deus assim permitir!
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