Capítulo 7

1364 Words
No dia seguinte, Yujin acorda mais cedo do que o habitual. Levanta-se da cama e dirige-se ao banheiro para sua rotina de higiene matinal. Após isso, veste-se com trajes sociais, coloca sua arma na cintura e pega as chaves do carro e seu celular antes de sair do quarto de hotel onde está hospedado. Ele dirige em direção ao departamento, mas antes de chegar, faz uma parada em uma cafeteria e entra no estabelecimento. — Bom dia! Em que posso ajudar? — pergunta a balconista. — Bom dia! Eu vou querer três cappuccinos, em um dos copos você coloca um pouco de canela e chocolate. — Certo, algo mais? — pergunta a garota com um sorriso no rosto. — Dois pães de queijo, uma torta de frango com catupiry e um croissant de chocolate para viagem, por favor. — Certo, espere só alguns minutinhos que já trago o seu pedido. — Tá bom. — Ele caminha até uma mesa e senta-se. Seu celular toca e ao atender, vê o nome de Nam, seu braço direito. — Fala, Nam! — Já consegui a casa que você queria. — Sério? Como você conseguiu? Tinha gente morando lá. — Eu dei meu jeitinho, não se preocupe com isso. Foi tudo conforme você gosta. Agora é só aproveitar para dar a notícia para a Estella. — Pode deixar. Espero que ela não me ache um louco psicopata. Após a ligação com Nam, Yujin ponderou sobre como Estella reagiria à notícia. Ele sabia que tinha que abordar o assunto com sensibilidade. Enquanto aguardava o pedido na cafeteria, sua mente se ocupava com os próximos passos da investigação. Ele precisava manter o foco e a determinação para desvendar o caso. Quando o pedido chegou, Yujin agradeceu à balconista e rapidamente pegou os itens embalados para a viagem. Ele pagou a conta e saiu da cafeteria, pronto para enfrentar mais um dia de desafios na busca pela verdade. No caminho de volta ao departamento, ele refletia sobre a conversa com Nam e sobre como transmitir a notícia a Estella. Sabia que teria que encontrar as palavras certas para não assustá-la, ela tinha que saber a verdade, só não agora, ele tinha que deixar as coisas se acalmarem primeiro e ter certeza que ela iria confiar nele. Chegando ao departamento, Yujin respirou fundo antes de entrar. Ele estava determinado a seguir em frente, mesmo diante dos obstáculos que poderiam surgir. Afinal, a verdade estava cada vez mais próxima, e ele estava determinado a encontrá-la, não importasse o que acontecesse. Yujin entrou na sala com determinação, notando imediatamente a expressão desaprovada de Mateus. Ignorando-a, ele cumprimentou-os com um sorriso e entregou o cappuccino e a torta para Estella que eram os seus preferidos que agradeceu, e os pães de queijo para Mateus e o capuccino que os aceitou relutantemente, só porque Estella pediu. Enquanto saboreavam seus lanches, Estella quebrou o silêncio perguntando a Yujin onde ele estava na segunda-feira, já que não apareceu para trabalhar. Yujin inventou rapidamente uma desculpa plausível, evitando detalhes que pudessem levantar suspeitas sobre suas atividades fora do departamento. Mateus, apesar de sua expressão desconfiada, decidiu não pressionar Yujin naquele momento, focando-se na resolução do caso em mãos. No entanto, Yujin sabia que teria que ser mais cuidadoso no futuro para não levantar suspeitas desnecessárias entre seus companheiros de equipe. Enquanto continuavam a conversa, Yujin manteve-se alerta, consciente de que cada palavra e gesto poderiam ser interpretados pelos seus colegas. Ele fez o possível para manter uma postura natural, mas uma sensação de desconforto persistia lhe incomodando. Estella, depois de ouvir a explicação de Yujin mudou o foco da conversa para os desenvolvimentos recentes no caso que estavam investigando. Yujin aproveitou a oportunidade para contribuir com suas descobertas que ele fez tentando dissipar qualquer suspeita que pudesse pairar sobre ele. Enquanto a reunião continuava, Yujin fez uma promessa a si mesmo: redobraria seus esforços para encontrar a verdade por trás do caso, ao mesmo tempo em que tomaria cuidado para não levantar suspeitas entre seus colegas. Estella olhou para a foto do suspeito, Sebastião Reis, e trocou olhares significativos com Yujin. Decidiram que era hora de confrontá-lo e partiram em direção ao endereço fornecido. Ao chegarem à residência de Sebastião, encontraram-no do lado de fora, parecendo surpreso com a presença da polícia. — Bom dia, senhor Reis. Podemos conversar? — iniciou Estella, mantendo uma expressão séria. — Claro, o que está acontecendo? — respondeu Sebastião, tentando esconder sua apreensão. Yujin adotou um tom firme — Recebemos relatos de que você estava rondando a casa da vítima no dia do crime, Pode explicar o que estava fazendo lá? Sebastião hesitou por um momento antes de responder: — Eu estava esperando Bianca. Nós tínhamos um encontro marcado. — Ele parecia nervoso, mas sua expressão era de determinação. — Bianca? Ela tinha apenas 17 anos. Você está dizendo que era namorado dela? — questionou Estella, levantando uma sobrancelha com incredulidade. — Sim, nós namorávamos. Eu sei que parece estranho por causa da diferença de idade, mas nós nos amávamos de verdade. Eu nunca faria nada para machucá-la. — Sebastião parecia sincero em suas palavras. Estella e Yujin trocaram olhares, avaliando a sinceridade do suspeito. Decidiram continuar pressionando-o, procurando por qualquer inconsistência em sua história. — Você pode nos fornecer algum álibi para a noite do crime? — perguntou Yujin, mantendo o foco em Sebastião. O suspeito pareceu desconcertado por um momento antes de responder: — Eu estava em casa a noite toda. Posso pedir para minha mãe confirmar isso. Ela estava comigo. Estella e Yujin trocaram olhares novamente, ponderando sobre as próximas etapas da investigação. Por enquanto, parecia que Sebastião Reis estava fornecendo uma explicação plausível para sua presença próxima à casa da vítima. No entanto, ainda havia muito a ser feito para confirmar sua história e desvendar a verdade por trás do crime. Estella e Yujin trocaram um olhar silencioso, compartilhando suas impressões sobre o interrogatório até aquele momento. A história de Sebastião parecia convincente, mas ainda havia lacunas a serem preenchidas. — Precisaremos verificar seu álibi com sua mãe, Sr. Reis. Enquanto isso, mantenha-se à disposição para mais questionamentos, caso seja necessário — declarou Estella, mantendo sua postura profissional. Sebastião assentiu, visivelmente aliviado por poder contar com a possibilidade de sua mãe confirmar sua história. — Eu farei o que for preciso para provar minha inocência. Bianca era tudo para mim, eu jamais faria algo que a machucasse — afirmou ele, com um misto de tristeza e determinação em sua voz. Estella e Yujin se despediram e deixaram Sebastião Reis, decididos a prosseguir com a investigação e a verificar o álibi do suspeito. Enquanto caminhavam de volta para o carro, trocaram algumas observações sobre o interrogatório e discutiram possíveis próximos passos. A verdade ainda parecia distante, mas Estella e Yujin estavam determinados a não descansar até que o culpado fosse levado à justiça e a justiça fosse feita pela morte de Bianca. Enquanto caminhavam de volta para o carro, Yujin lançou um olhar pensativo para Estella antes de começar a falar. — Estranho, não acha? A mãe de Sebastião não mencionou nada sobre ele namorar uma adolescente. Será que ela estava tentando protegê-lo ou há algo mais nessa história? Estella franziu a testa, ponderando sobre a observação de Yujin. Ela sabia que essa informação poderia ser crucial para entender melhor o relacionamento entre Sebastião e Bianca. — Talvez ela não saiba. Adolescentes costumam manter seus relacionamentos em segredo dos pais, especialmente se não têm a aprovação deles. Pode ser que Bianca tenha decidido não contar à mãe sobre seu namoro com Sebastião — sugeriu Estella, enquanto destravou o carro. Yujin assentiu, considerando a possibilidade. Era uma perspectiva plausível, mas ainda havia muitas perguntas sem resposta. — Acho que precisamos investigar mais a fundo essa relação entre Bianca e Sebastião. Talvez possamos descobrir mais alguma coisa que nos ajude a esclarecer o caso — sugeriu Yujin, enquanto entravam no carro. Estella concordou, iniciando o motor e dirigindo de volta ao departamento. Enquanto o carro avançava pela cidade, eles continuaram a discutir diferentes teorias e estratégias para avançar com a investigação, determinados a encontrar a verdade por trás da morte de Bianca.
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