Tentações

906 Words
A noite passou tranquila e Lucas encontrou com Rubi apenas na manhã seguinte quando iam para faculdade. Eles ficaram em silêncio durante todo o trajeto do carro. Assim que chegaram, Laís os recepcionou e cochichou algo no ouvido de Rubi, Laís: __ Tá todo mundo falando que o seu namorado é dominador, pois quase não ficamos tempo nenhum no shopping e ele te arrastou de lá. Rubi não podia dar muitos detalhes do que aconteceu para não assustar sua amiga, ela apenas respondeu: Rubi:__ Lembre-se que ele é apenas meu segurança, nada mais que isso. Laís: __ Veremos. Rubi percebeu o olhar malicioso de Laís e o que ele queria dizer, sua amiga iria provocar Lucas até conseguir ficar com ele, o que não agradou nem um pouco Rubi, mas que ela não tinha o que fazer a respeito. Eles foram todos para a aula. Lucas estava atento a tudo o que estava acontecendo. Ele não perdia nenhum detalhe. Ele sentia que sua cabeça ia explodir de tanta informação, mas a vida de Rubi estava sob seu domínio, ele precisava cuidar dela. Lucas precisava ir ao banheiro e toda vez que isso acontecia, ele só se ausentava se ela estivesse em um local protegido e fechado, como era a sala de aula, além do mais, a sala ficava no último andar e o banheiro no corredor, ele saberia se alguém passasse, pois ele avisava a equipe de segurança, que tinha visão externa de quem entrava e saía da faculdade. Após todo esse manejo, Lucas foi ao banheiro se aliviar, enquanto ele terminava e se ajeitava, Laís entrou no banheiro e o pressionou contra a parede, tocando em seu corpo, pedindo para ficar com ele. Parecia que Lucas tinha um ímã para mulheres bonitas, pois sempre havia uma tentando ficar com ele, sem que ele nem precisasse fazer esforço para conseguir tê-las. Apesar de toda a beleza e malícia de Laís, Lucas a rejeitou e pediu para que ela não fizesse mais isso. Laís ainda tentou beijar a boca dele, mas ele se virou e como era mais alto, evitou o beijo. Lucas saiu e voltou para a sala de aula, mas sua camisa estava com pequenas marcas de batom. Rubi viu quando Laís saiu atrás de Lucas no banheiro e pelo jeito que ela viu ele voltando, imaginou que Laís conseguiu o que queria. No final da aula, Lucas entrou no carro com Rubi e ia leva-la para um almoço na casa da Laís. Rubi estava levemente emburrada e Lucas perguntou se alguém havia a importunado e se ele podia fazer alguma coisa. Rubi ia ficar quieta, mas não aguentou e falou: Rubi: __ Sei que você é apenas um prestador de serviços, no caso, meu guarda-costas e não meu namorado, mas enquanto você estiver fazendo isso, seria justo que tentasse resguardar o pouco de dignidade que me resta. Lucas:__ Desculpe-me senhora Willians, mas não entendi o que está falando. Pode me explicar? Rubi:__ Dá uma olhada para o seu colarinho. Tem como as pessoas não me chamar de traída? Lucas:__ Isso? Eu posso explicar. Rubi:__ Nem precisa. Laís foi atrás de você e como ela é muito bonita e sedutora, você não resistiu e ficou com ela. Lucas:__ Nada disso. Ela tentou ficar comigo e eu rejeitei, mas ela é insistente e ficou tentando me beijar. Eu disse não, mas devo ter me sujado ao me esquivar dela. Por sinal, acho muito estranho a forma que ela me trata, afinal, eu sou seu namorado, pelo menos é o que as pessoas pensam. Rubi:__ Ela sabe que você é meu guarda-costas e se interessou, não que eu veja problema, mas espero que isso aconteça longe dos meus amigos. Você entende? Lucas:__ Absolutamente não. Não aceito me envolver com ninguém de seu círculo social, primeiro porque alguns tem aversão a pessoas pobres e outras nos vê como fetiche, que é o caso de sua amiga. Sou uma pessoa como qualquer outra, mas prefiro escolher melhor com quem eu me relaciono, aliás não me relaciono com ninguém. Nesse momento o telefone toca e Lucas pede para que Rubi atendesse e colocasse no viva-voz, pois estava dirigindo. Lucas imaginou que fosse algum segurança, pois poucas pessoas ligavam para ele dentro do horário comercial, mas para surpresa de Lucas, assim que ele fala alô, a voz rouca e sensual de uma mulher retorna. Cléo: __Achei que não ia ouvir sua voz deliciosa novamente. Estou com saudades de ter você em mim. Ao perceber que era Cléo e que ela não ia parar de falar intimidades, ele toma o celular da mão de Rubi, tira do viva-voz e diz: Lucas: __Estou trabalhando agora. Já falei para não me ligar em horário de expediente. Após dizer isso, ele desliga o telefone. Antes mesmo de começar a se desculpar, Rubi diz: Rubi: __Isso é que é não se relacionar. Uma das causas que fazia Lucas odiar relacionamentos era viver tendo que dar explicações para o outro, o que ele sempre se dispôs a não fazer, mas naquele momento, a única coisa que importava era explicar para Rubi todo o seu envolvimento com Cléo. Ele disse que apesar de não namorar, ainda continuava humano e com vontades e por isso, tinha intimidades casuais com Cléo, com quem nutria uma espécie de amizade com benefícios. Rubi disse que ele não precisava explicar nada a ela e seguiram em silêncio até chegar na casa da Laís.
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