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856 Words
Por Anastácia. — Estou tão feliz Anastácia! Agora não verei meu filho definhando enquanto te esperava - Grace diz essas palavras bem humoradas, mas elas me atingiram de forma desgostosa. — Christian lhe contou o que levou o fim do nosso casamento? — Não, ele nunca tocou nesse assunto, talvez esse tempo que tenham passado separados tenha sido bom, vocês amadureceram emocionalmente, isso é algo que todos podem ver, e por mais que eu quero saber o que aconteceu entre vocês eu entendo que isso é algo apenas entre vocês. Agora vamos sair dessa conversa, hoje é um dia feliz - ela planta um beijo em minha bochecha e vai em direção a Carrick. Me encosto na parede e observo Christian, é óbvio que ele quer vir para mim, mas meu pai segura seu ombro e fala algo em seu ouvido, levanto a taça brindado silenciosamente ao nosso casamento e ele faz o mesmo. No pequeno salão há apenas quatro mesas contento a nossa família, diferente do nosso primeiro casamento, ele havia sido simples, mas havia bastante pessoas. Christian consegue finalmente se livrar do meu pai e anda até mim, seu camisão está desabotoado deixando-o despojada, um belo homem. — O que meu pai estava dizendo? — Ele estava tentando colocar medo em mim, mas devo dizer que qualquer coisa que ele diga é inútil, eu mudei, nós mudamos. — Definitivamente mudamos. Ele abraça minha cintura e faço o mesmo envolvendo a sua, Christian toma meus lábios e tomamos rumo a um beijo lento, eu estou beijando meu marido. Marido. Eu sinto que dessa vez tudo dará certo. *** — Se não fossemos fazer t*****r tão depravadamente agora eu poderia dizer que você parece um anjo com essa lingerie branca. Dou uma volta na sua frente e suas mãos pousam em minha cintura puxando-me para si - Queria te dar uma lua de mel. — Já conversamos que isso não será possível, volto a trabalhar na próxima semana - ele assente contrariado - Então agora faça o seu maravilhoso trabalho de tirar essa lingerie de mim. — Vou fazer mais que isso… *** A dor em minha cabeça martela com força, parece que ela vai explodir, sento lentamente na cama e olho para o lado, Christian dorme de bruços depois da noite muito bem aproveitada Coloco os pés para fora da cama e quando vou me levantar sinto a tontura tomar meu corpo, será que isso é a consequência do champanhe? Tento levantar-me mais uma vez e consigo me firmar em meus pés, ando em direção ao banheiro e assim que avisto a pia uma necessidade de vomitar começa a me sufocar. — Christian, Christian - chamo-o, porém não alto o suficiente, porém ele aparece ao meu lado segundos depois sonolento. — Ana? — Não estou me sentindo bem - murmuro. — O que está sentindo? — Minha cabeça e meu corpo está doendo - assim que termino de falar começo a vomitar na pia. — Deus Ana! Vou te levar ao hospital! Simplesmente não consigo parar de vomitar, Christian passa sua mão em minhas costas e afasta os fios de cabelo do meu rosto, olho-me no espelho e vejo uma pessoa fraca, essa não sou eu. — Vamos, vou colocar uma roupa em você. — Ainda não - falo trêmula, sinto a ânsia vindo cada vez mais forte. Novamente começo a vomitar e a força começa a ser drenada do meu corpo, Christian pega-me em seu colo e essa é a última coisa que me lembro. *** Alguns anos atrás - Por Christian. — O que meu marido tem doutor? - ouço a voz de Anastácia, porém ela parece estar tão distante… — Seu marido contraiu um vírus agressivo na lua de mel, tudo que posso prescrever é remédios para a dor, ele irá melhorar com o passar dos dias. — Tudo bem, vou levá-lo para casa. — Ana, o que eu tenho? - pergunto, minha língua se enrola, ela está diferente, grossa, minha voz sai estranha. — Você pegou um vírus Christian.  — Preciso ir trabalhar. — Não, você não precisa. — Anaaa, tenho que traba… - porém não consigo terminar a frase e tudo ao meu redor se torna escuridão. *** Meu primeiro instinto ao abrir os olhos é chamar por Anastácia, tento abrir a boca e chamá-la, mas não consigo emitir nenhuma palavra. — Estou aqui - ouço sua voz suave e com dificuldade viro o rosto para o meu lado, Anastácia está sentada na cama com um pano na mão. — Vou limpar sua boca, você não está conseguindo engolir a saliva - delicadamente ela passa o pano molhado no meu queixo, rosto e pescoço - Sua febre abaixou, acho que foi por isso que você conseguiu acordar. — Não estou me sentindo bem - murmuro, minha garganta dói, como se abelhas estivessem picando varias vezes. — Daqui alguns dias você irá ficar melhor - ela sorri, seu sorriso é tão lindo, belo… — Obrigado por cuidar de mim. — Na saúde e na doença Christian. — Na saúde e na doença… - murmuro novamente e volto a cair na sonolência.  
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