O noivo

1660 Words
Sandra. Conforto. Era algo que eu não fazia ideia do que era  a muito tempo. Apesar de viajar em carro não ser tão bom, achei devera confortável, tanto que adormeci parte da viagem. E a ida de trem para o Ceará, embora eu estivesse querendo muito conversar assuntos com minha mãe, como questionar sobre meu noivo, ou perguntar como estão os negócios da família. Mas eles eram muito reservados para isso. Quando finalmente chegamos, depois de uma longa viagem de trem, eu pude ver novamente pessoas, cores, mulheres, homens e crianças. O sol, o som, vozes de pessoas andando na cidade até entrar novamente em um automóvel. — Ah minha querida, eu mandei arrumar seu quarto com tanto carinho. Apesar de que irá ficar por pouco tempo.  — Finalmente uma palavra. — Mamãe, agora que está a falar, me conte mais sobre meu futuro marido. Estou curiosa. — Ah minha querida toda curiosidade será revelada quando vocês se conhecerem, será em breve. Não se preocupe. Eu não fazia ideia de quem era meu noivo, isso não me incomodava. Na verdade eu só queria dar orgulho aos meus pais. Sempre quis dar orgulho a eles.  Netos, respirei fundo, eu estava a um passo a felicidade e orgulho para eles. Chegar em casa, voltar para casa, onde cresci e fui criada até meus quinze anos. Tantas recordações boas e ruins ressurgiram, lembranças de minha amiga Clara me veio em mente. Uma antiga amiga de juventude, ela era muito mimada, as vezes irritante mas extremamente leal, não sabia se já havia casado, se já havia tido filhos, me entreguei em um abraço gentil de minha mãe, que pela primeira vez desde que nos reencontramos ela me abraçou, e demonstrou algum afeto. — Vá se arrumar querida, seu noivo está para chegar. Noivo misterioso qual eu estava prometida. Ainda nem sabia quem er mas estava intrigada,  quando subi as escadas, olhando cada detalhe e relembrando de minha vida, a alegria se estampa em meu rosto ao entrar em meu antigo quarto, ao ver minhas roupas, ao sentir minha antiga vida voltar. Agora sozinha em meu quarto, trancando a porta, olhando me em frente ao espelho, levantava a saia de meu vestido e via as cicatrizes, sim as cicatrizes que haviam ficado de tanto ajoelhar-me ao milho. Eu não gostava de sofrer, mas a ideia de punição me satisfazia de uma maneira estranha. Uma forma que eu ainda não compreendia. Não era a dor que me agradava, e sim a ideia do castigo. Que Deus me perdoasse. Mas, também me castigava severamente pois sabia que era o correto. E que eu poderia esperar isso de meu marido. Não podia esperar menos de qualquer homem. A noite chegou, coloquei então um vestido azul claro, um colar de pérolas que me foi dado aos meus quinze anos, eu estava bem vestida, elegante. Mamãe não havia vindo me ver e isso havia me deixado triste mas não era inesperado, orei pedindo a Deus que me abençoasse com um bom marido. E que meu ventre  o desse bons filhos.  — Ele chegou, minha menina. —Disse mamãe por de trás da porta. A então hora qual fui preparada toda vida havia chegado. Conhecer meu futuro marido. Desci as escadas ao lado de mamãe, com meus cabelos soltos para trás.a cada passo meu coração anseava de curiosidade, mas quando desci vi um rosto familiar. Não podia ser ele, não! Em toda minha vida sempre fui conformada na ideia em me casar, ter filhos e servir a um homem, mas aquele homem? Alto, cabelos grisalhos, não muito magro nem gordo, com seus cinquenta anos, olhos claros. Seu nome era Batista. Um coronel famoso por sua crueldade,  mas ele não era casado? — Sandra, é um prazer lhe ver finalmente como minha noiva. — Ele se aproximava de mim e se curvou, com timidez encolhi as mãos e olhei para mamão. — Perdoe-me eu estou sem saber dos últimos acontecimentos, dona Julieta, o que houve com ela, faleceu? — Sandra que modos! Ele é seu modo, de a mão para ele. — Disse mamãe. — Tudo bem Dorotéia a mocinha tem todo direito em saber. Entreguei minha mão em seguida ainda confusa. Ele beijou sobre meus dedos e olhou meus olhos. — Julieta não foi uma boa esposa e eu a matei, no meu direito de marido claro. Mas, eu acredito que uma jovem criada por freiras irá se comportar bem. Não irá? Meu corpo gelou, senti um nó em minha garganta. Mas que diabos esta acontecendo? Nos sentamos e me mantive em silêncio em toda a conversa, apenas concordei em todo momento até que um instante algo me pareceu interessante. — Eu faço doação pra um orfanato que tem aqui, mando livro, quilo de alimento, e dinheiro. A senhorita poderia ler enquanto dura o noivado para as criança. Ia ser bom pra reputação saber que minha noiva lia para criança. — Ah mas é uma ideia maravilhosa!! — Dizia mamãe se animando — Parece bom, dei aulas a algumas crianças carentes no con... — Ótimo! Raimundo eu já vou indo, irei marcar a data, amanhã passo aqui para avisar quando é a data. Irei falar com o padre para ser logo. Ele se levantou e mamãe já me cutucou insinuando que eu o acompanhasse. Toquei em meus joelhos e me levantei indo com ele até a porta, ao abrir caminhei pela área indo até o portão em silêncio, mas antes que abrisse ele segurou em meu braço de maneira firme. — O senhor está me machucando. — Espere, só quero conversar um ouço sozinho com a senhorita. Ele soltou meu braço e me ficou a me olhar, de uma maneira estranha, olhando cada arte de meu corpo dosoes a cabeça — É uma moça muito bela Sandra. Sonhei com esse momento  desde que te vi se por moça. — Agradecida pelo elogio. Gentileza do senhor  — murmuro olhando ara os lados. Droga, queria ir para dentro. — Quero lhe dar um presente. Ele enfiou a mão dentro do bolso de sua calça e tirou uma pequena caixa preta e logo abri. — Anel de compromisso, ode noivado que mandei fazer ainda num tá pronto sabe. Mas já quero que todo mundo já saiba que já tem dono. — É muito bonito seu Batista, eu agradeço de coração. — Que bonito já estou de coleira. Ele tomou minha mão e colocou o anel, como se fosse de casamento.  Se afastou de mim e foi passando pelo portão, suspirei e corri Lara dentro de casa. — Mamãe, mamãe! — Eu vi ele lhe deu um anel de compromisso. Ah, ele não deu um para Julieta. — Deve ser porque ele a matou! Mamãe como ousa! Como pode fazer isso comigo? — Mas o que que é isso? Que ousadia é essa? — Ele matou a própria mulher. Mamãe, ele... Ele... — Sandra, se acalme. — Disse a voz firme de meu pai. — Você é uma boa mulher, não vai dar motivos para que ele te mate. Agora suba agora Lara seu quarto. Agora! Subir era melhor que ter aquela conversa. Avi, como papai pode ter feito aquilo comigo? Me senti horrível, subi as escadas. Nunca me senti tão m*l por ter que seguir uma coisa que eu acreditava... Passou-de um tempo, eu me joguei na cama, mamãe me chamou lata jantar e eu não fui, A porta rangeu após algumas horas eu estava agarrada ao travesseiro, se fosse mamãe eu preferia não falar com ela. — Mas valha que ela volta e nem fala comigo! A voz me era familiar. Me levanto e quando vejo aquele sorriso aquela alegria me veio a imagem da mesma quando criança. — Clarinha! — Grito em alegria. — Tua mãe foi lá em casa me chamar e eu nem acreditei. Nos abraçamos, fazia tanto tempo, eu senti tanto a falta dela, que comecei a chorar. — valha tá chorando porque? — Irei me casar, com coronel Batista. — Valha, mas Casar-se com um homem de alto nível não era seu sonho de infância? — Era mas, ele é bruto, grosseiro e agressivo, e ele me disse que matou a mulher dele e meus pais agem como se nada tivessem acontecido. — resmungo enquanto choro — Eu senti sua falta. — O minha amiga eu também senti a sua. Como era no convento? — Horrível! Eu apanhava, trabalhava de mais e era humilhada.  — respirei fundo assondo o nari — Mas por um lado era bom.... Não teria que me casar com um assassino — Então procure alguém, se case por amor. Fuja como no livros, nas histórias românticas. — Estais lendo de mais. — Digo olhando - a com ar de desprezo. — Eu quero me casar com alguém que eu ame, se não for assim nem me caso. — Oh, então ainda não casou? —Na verdade não. Estou sendo cortejada por um rapaz chamado Victor. — Oh, não está satisfeita com o jovem Victor que a corteja? — Victor? Bom... — olhou para os lados, ela escondia algo e me revelaria. — O Victor? — Ele me beijou, foi bom e eu gostei, mas não sei se o amo, estou me sentindo fortemente atraída por Joaquim mas ambos são amigos e não quero mágoa-Los. Ah! Que tal se eu apresentar o Victor  para ti? Assim ele se casaria com você e eu com o Joaquim, ninguém ficaria magoado e você se casaria com alguém jovem que não matou ninguém. — Minha amiga, que tipo de romances anda lendo? — Romances que aquecem o coração e o corpo também. — É você já está no tempo de casar. — Me deitei na cama pondo a cabeça na coxa dela. — Ah por favor. Quando você sentir os lábios quente de um homem, num a de querer parar. Os lábios de Victor são viciante... — Jh cuidado se não a de acabar como uma perdida.
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