— Bonito nome, mas me diga uma coisa, você irá fazer tudo que mandar?
— Sim, my lady, desde que não me inflige danos.
— Então, quer dizer que se preocupa mais com você?
— Sim, pois se me ferir, não terá como cuidar da senhorita, e isso me tornaria um peso.
— Levante a cabeça, Kleinster.
O mesmo ficava de cabeça erguida, olhando para ela que se aproximava dele e lhe dava um abraço.
— Então, isso é o que um mordomo, hein? Você passou, se quiser, pode me chamar só de Alice.
Ela o soltava, passando a mão em seu rosto e se aproximando da orelha dele, arrumando o cabelo para trás da orelha.
— Você pode ser o escolhido, então não fique tão sério.
Kleinster ficava com a expressão travada, não esboçando nenhuma reação. Alice colocava a mão em seu peito e olhava para ele.
— Essa casa é gigantesca. Poderia me apresentar os cômodos dela? E uma pergunta, você é o mordomo chefe?
— Sim, my lady. Venha comigo.
O mesmo começava a andar em direção a uma escadaria no centro do cômodo. Quando olhava para trás, Alice estava com a mão esticada.
— Tem certeza, my lady?
— Se estou, estou esperando você. O que acha?
Kleinster voltava até onde estava Alice e pegava a mão dela. Ela sentia um frio nas mãos, enquanto os dois iam para a escadaria.
"Que garoto frio. Pelo jeito, ele não quer nada comigo, mas isso não quer dizer que eu não queira. Pensando nisso, agora eu entendi o que a velha queria."
Eles chegariam na porta principal da área superior, que, no caso, seria o futuro quarto dela. O mesmo abria a porta, dando um pequeno empurrão nela e mostrando um local vazio com paredes brancas.
— My lady, esse é o seu quarto. Atualmente, ele está vazio, pois iremos arrumá—lo ao seu gosto.
— Primeiramente, teremos que arrumar a segurança. Isso foi tão fácil abrir assim?
— Não se preocupe com isso...
Ele era cortado porque fechava a porta sem avisar, ficava olhando para o mesmo.
— Ei, Kleinster, você sabe o que é ironia?
— Sim, my lady. Ironia é uma forma de expressão literária ou uma figura de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se quer expressar.
" Caramba, parece que falei isso para o Google."
— Bem, Kleinster, apenas esqueci o que eu disse e me responda uma coisa. Fiquei curiosa. A casa é enorme. Quantos funcionários trabalham aqui?
Kleinster fazia três com a mão.
— Exatamente três mordomos, my lady. Itan, Eric e Kleinster, que, no caso, sou eu mesmo.
— Caramba, eu ainda quero entender como vocês cuidam de duzentos alojamentos sendo apenas três.
— Isso é fácil. Moramos aqui desde pequeno com nossas mães e pais e aprendemos tudo com eles, além de sabermos de cor a planta da casa.
"Mas isso não muda o fato de que vocês fazem algo humanamente impossível."
Alguns minutos se passaram, e eles chegaram na porta do futuro escritório. Alice apontava para a porta.
— Por que tem meu nome nela? Bem, eu sei que sou dona, mas para que vou usar um escritório?
— Como assim? Você não ouviu que vai cuidar da empresa também?
"O m***a, esqueci desse detalhe. Vou perder a fortuna. Sou h******l em administração. Na verdade, eu nem sei como funciona."
Alice pensava, ficando desanimada até ver o jovem de cabelo azul saindo da sala. Logo, ao vê—la, abaixava a cabeça.
— Então, a nova senhorita chegou. Quando a Amanda dizia que sua neta era bonita, não sabia que era desse nível.
— Eric, olha os modos que ser mandado embora?
Alice colocava a mão no ombro de Kleinster.
— Não se preocupe. Eu quero que vocês falem do jeito que falam normalmente. É você. Depois quero ter uma conversa.
— Sim, senhorita.
— Agora vamos, Kleinster. Você tem diversos cômodos para me mostrar.
Eric ficava com a cabeça abaixada até eles saírem. Após duas horas de caminhadas pela casa, eles a levariam para o antigo quarto de Amanda, que estaria no último andar da casa.
— Obrigado pelo passeio, Kleinster. Mesmo que eu não lembre de metade dos cômodos, foi incrível.
— Com o tempo, a senhorita irá se acostumar. Agora irei mandar fazerem o seu jantar.
— Ok, então estarei esperando.
Alice entrava no quarto e a primeira coisa que via era uma folha de papel com um desenho de uma cara de cabelos longos e branco piscando [olá Madame. Eu sou Itan, o seu terceiro e último mordomo, como também o mais bonito, mas sem querer me gabar. E claro, bem, isso não é sobre mim. Poderia escrever como você quer seu quarto e colocar por baixo da porta esse papel.]
— Meu Deus, parece que temos um mordomo expressivo igual uma pedra e um narcisista. Adorei.
Ela ia até uma mesa cheia de papéis com rabiscos de desenhos, pegava uma caneta no meio dos papéis e escrevia. Iria até a porta, batia nela e colocava o papel por baixo.
— Agora, o que vou fazer?
Ela olhava a estante vendo diversos livros e imediatamente ia até eles, pegando alguns aleatoriamente para ver.
"Como ter uma empresa de sucesso", "Mestre do empreendedorismo."
— Então, esses livros realmente... deve ser um tédio e não deve ensinar nada.
Ela jogava os livros para trás, começando a passar o olho rapidamente pelos livros para ver se algum chamava sua atenção até
achar um com uma logomarca que parecia conhecer.
— Essa logo está de brincadeira... "Amor entre mordomos." Minha avó, ela não gastou em todos esses outros livros para esconder esses. Não pode ser.
Ela olhava o volume do livro e percebia que era bem grosso.
— Volume 20? Minha hipótese estava certa, então realmente aqueles livros são tediosos. E caramba, "Yaoi Jump" é o nome da revista. Agora entendi o porquê lembrava dessa logo... bem, vou tomar um banho, que é a melhor coisa.
Alice retirava as roupas e as jogava em cima da cama, indo para o banheiro. Enquanto passava sabão pelo corpo, estava pensando no que fazer com a condição de sua avó.
"Se eu não posso contratar um noivo, isso quer dizer que os mordomos possivelmente estão fora, mas eu nunca fui boa com rapazes, apesar de ficar muito tempo pensando no que faria se estivesse com um."
Alguns minutos se passaram, e ela estava saindo do banheiro, enrolada numa toalha, e colocava a mão na cabeça.
— E por que estava pensando nos mordomos? Nenhum deles iria querer algo... mas e se mudar isso, porque eles são bem bonitos e interessantes, apesar do sr. pedra ser uma pedra.
Depois de parar de falar, ela se jogava na cama, deitada de barriga para cima, quando fechava os olhos ouvia um estrondo e era Itan entrando e falando alto.
— Madame, o senhor Tales da família Sein está te convidando para uma festa.