¹A DIVINA MUDANÇA DOS SALVINOS

2141 Words
Ela seguia correndo em alvoroço passando correndo pelo quintal baldio cheio de mato sem nem ao menos se preocupar com os perigos ali dentro, então passava por baixo da cerca e ganhava o campo de margaridas onde ela sumia e continuava a correr incansavelmente até seu objetivo, ao conseguir atravessar o campo de margaridas seguia pela estrada que havia depois dali até uma pequena ponte sobre o rio, onde o avistou enquanto jogava pedras no lago as fazendo pular, ela se aproximou lentamente sem chamar sua atenção... — Gui! — Gritou o fazendo recuar bruscamente quase caindo no lago — O que está fazendo? Você é doida? — perguntou irritado se recompondo disfarçando o susto que levou. — Não... — Disse o abraçando pela cintura enquanto ele lutava para afastá-la. — O que você tem? Já disse para não ficar me segurando dessa forma. — Mugui... — choramingava o apertando mais ainda. — Eu já soube — disse sem demonstrar reação desviando seu olhar para o alto da árvore evitando contato com o olhar da pequena figura grudada em sua cintura. — Você não se importa? — na verdade... — parou de falar quando viu aqueles grandes olhos negros o encarando esperançosa enquanto continuava grudada em sua cintura. — eu... me importo — mentiu e A viu abrindo um alegre e iludido sorriso. — Eu não quero ir... — continuou o sufocando enquanto ele tentava se livrar. — Você tem que me sufocar tanto? — Reclamava tentando a tirar de debaixo da sua jaqueta. — me solta eu já disse que vou sentir falta, tá bom? Mas a minha namorada vai ficar aborrecida se encontrar você presa em mim, porque ela não gosta de você. — Eu não ligo para ela, não gosto dela e eu já te disse que ela tem outros Namorados. — reclamava brigando para não o solta-lo — Isso não é verdade, você é um bebê mentiroso — Eu juro! — Disse com convicção. — Eu vi três garotos diferentes e ela é mais velha que você. — só tem 14 anos — mamãe falou que somos muito novos para ter namorados e você está aí brincando de namorar, vou contar para o seu pai. — para! Você prometeu guardar segredo, não foi você que disse que me amava? E que eu era como um irmão que nunca havia tido? — Sim, mas agora, quando eu crescer vamos casar, então não quero você com essa garota r**m. — Não vamos casar, você é só um bebê, eu não gosto de bebês. — eu... Eu não sou! Um pouco, na verdade, eu sou, mas eu vou crescer — volte para casa, os tios devem estar te procurando, então corra o mais rápido que puder e não deixe ninguém te alcançar, você lembra, não é? — Perguntou passando a mão sobre seu cabelo. — Sim, não falar nem com moças e nem moços adultos desconhecidos e por via da dúvida... Fugir o mais rápido que puder — sim! Porque você é uma criança, então não fique se arriscando e sei que passou pelo quintal baldio, siga pela estrada segura. — Guilherme... — gritava sua namorada cantarolando ele imediatamente tirou a jaqueta e jogou em cima da pequena cobrindo totalmente sua cabeça e metade do seu corpo. — se você é mesmo minha amiga e gosta de mim, então comece a correr! — Disse firmemente então a pequena garotinha correu como um trovão pela estrada que ele havia dito, por onde era mais movimentado, ela iria passar pela pequena vila kitanda onde o povo a conhecia, e seguiria por uma estrada também movimentada passando em frente a uma praça vizinha a alguns minutos de sua casa, era um pouco mais longe do que o atalho que ela pegava pelo fundo do seu quintal passando pelo cercado, claro que o aviso de mugui era com razão, porque naquele quintal que ela passa há um vizinho suspeito que sempre a ver passar, os seus pais sempre estranham esse vizinho, sua casa caindo aos pedaços, jardim m*l cuidado, a mudança daquela casa foi como um presente divino sem eles saberem. Afinal esse vizinho estava começando a andar pelo seu quintal, as madrugadas, sem nenhum motivo aparente com uma faca na mão, eles não entendiam porque estranhamente o gato de freya havia aparecido morto pendurado na cerca, havia sido um dia assustador, mesmo que depois ignoraram pensando que talvez tenha sido um acidente já que o gato estava pendurado na cerca. Mas os pais de Freya, apesar de desconfiar do vizinho, não sabiam que ela cortava o caminho de casa passando por esse mesmo quintal o qual mugui chamava baldio. — Você reparou que o vizinho saiu — comentou Sônia ao ir ao fundo do quintal com o marido. — Sim, parece que decidiu consertar a cerca quebrada. — comentou David, encarando discretamente no vizinho usando um chapéu para esconder o rosto usando uma blusa xadrez e calças jeans meio rasgada, aparentava estar na faixa dos 50 anos, os fios de cabelo branco da sua barba m*l cortada estava bem aparente. Sua aparência grotesca de um velho m*l alimentado e negligenciado, o fazia parecer um mendigo. — bom dia vizinho — gritou ele, o vizinho o encarou com cara de poucos amigos o fazendo ficar temeroso, mas logo abriu um sorriso m*****o deixando em evidência os dentes podres. — bom dia, vizinho — o respondeu com a voz arrastada. — Está um lindo dia para consertar buracos na cerca, não acha? — verdade — vamos embora David — chamou sua mulher apavorada com o olhar do vizinho na sua direção. — Sim... Animais pequenos sempre passam por essa cerca, então... Eu decidi hoje dar fim às traças fujonas. — Na verdade, eles podem destruir um jardim inteiro — Disse sem entender que se tratava da sua pequena criança. — Sim, acredito que se eu pegar novamente no meu jardim, poderei até m***r! — Disse com convicção fazendo o casal ficar trêmulo. — ok... Boa sorte com as pragas, vizinho — Disse amedrontado puxando sua esposa para o seguir — vamos sair daqui — sussurrou temeroso. — Onde está freya? — perguntou — Fugiu novamente, com certeza foi encontrar o mugui — pelo menos perto dele é seguro, temos que ter cuidado com esse vizinho esquisito. — Concordo — Como eu disse da outra vez, não foi comum o gato ter morrido daquela forma, ele matou, tenho certeza. — Talvez... Mas não podemos sair acusando, o importante é que nossa princesa não viu aquela cena horrorosa, e também há a probabilidade de ter sido algum animal feroz. — aquilo eram facadas, porque tenta pensar em outras possibilidades quando existe só uma, graças a Deus seu trabalho irá nos tirar de perto desse maníaco louco. — fazia tantos anos que não víamos esse vizinho, que agora que o vi me sinto aliviado que estamos indo, imagina a influência e os traumas que ele pode causar nas crianças que ele conviver — Comentava David preocupado, ah! É muito mais que isso, eles não imaginam do que está prestes a acontecer. Bom a casa do vizinho fica nos fundos da casa deles isso vocês sabem, mas o fundo da casa do vizinho tem um pequeno quintal cercado que é um pomar da escola, crianças brincam ali e passam uma parte do tempo, a única coisa que separar aquele pomar do quintal do vizinho é uma cerca de madeira, seu passatempo é ficar observando escondido as crianças, no canto daquela cerca algumas fitas de madeira sumiram deixando uma discreta passagem para o quintal daquele vizinho, claro que aquela falha não havia sido percebida, porque há plantas cobrindo, isso parece assustador, não é? É um tamanho exato que dar para aquele homem adulto passar, mas ainda pior, daria para as crianças passar e era o que estava começando a acontecer, da sua janela ele observava quando uma ou duas crianças entravam no matagal do seu quintal, sumindo lá dentro, enquanto brincavam de esconde-esconde, mas ainda não fazia nada, ele apreciava ver seu plano dando certo e logo começaria a pôr em ação. Ele tinha planos, sua casa diferia das outras casas, ao entrar parecia uma casa velha e comum, até ele entrar em um quarto secreto que parecia comumente um quarto de criança perfeitamente arrumado, apesar dele não ter nenhuma criança e por acaso, nem se quer uma família, aquele quarto era sem cor, mas era perfeitamente arrumado e limpo. Era difícil de entender porque ele tinha aquilo, mas tinha alguns dias que ele passava tardes naquele quarto infantil vazio, onde ele arrumava as bonecas que pegava largadas no pomar, sim! Ele também entrava no pomar, nenhum daqueles lugares tinha supervisão de câmeras ou segurança, era de costume as crianças andarem sozinhas. Voltando a casa dos salvinos, ela acabou de chegar, não parou um só segundo para respirar. — onde estava, freya? — perguntou seu pai ao sair com uma pilha de caixas que colocaria no caminhão de mudança em seguida Sônia saiu com mais caixas também. — Eu fui ver o mugui — Disse batendo os pés entrando emburrada. — Ela não está feliz com a mudança, parece que será uma briga e tanto para tirá-la da cidade — Na verdade, ela é obediente, então, não há problemas com isso. Freya subiu para seu quarto no mesmo andar, passando pelo corredor viu a escada do sótão e o sótão aberto que era no andar de cima, seus pais com certeza esqueceram acidentalmente, já que ela não pode ir para lá. Ela subiu para aquele lugar escuro e sem luz olhando minuciosamente para cada canto escuro forrado com lençóis brancos alguns móveis que ficariam, seguiu até uma cortina e a abriu trazendo a luz do dia para o sótão, podendo ver tudo que tinha. Se aproximou lentamente da janela, e avistou todo o quintal do vizinho da frente a fundo, freya parece ser bastante esperta, então se escondeu no canto para que o homem trabalhando na cerca não a visse, então ficou o observando pregando tábuas na passagem que ela passava, começou a observar ao redor do seu quintal até avistar no fundo, algumas crianças encostada no cercado, no quintal do vizinho, brincando, elas não passavam além do mato alto, a ponto de se aproximar da casa velha, ainda assim era perigoso, mas, na verdade ela achou aquilo tão divertido, que sentiu vontade de ir, aquela era a escola que ela estudava, mas como já vai se mudar, seus pais já haviam a transferido para a escola na cidade vizinha. — ahhh! — deu um grito agudo em Pânico quando sentiu alguém a carregar por trás. — calma... Calma filha — Disse seu pai, descendo com ela. — Já disse que você não pode entrar no sótão, porque continua desobedecendo? — perguntou irritado enquanto ela continuava com o coração na mão quase chorando de pânico. — o que houve? — perguntou Sônia preocupada. — Nossa menina está aprontando no sótão, m*l podemos deixar isso aberto que ela simplesmente invade. — Bom... Essa é a última vez, você esqueceu que caiu dessa escada a um ano atrás? — mamãe, papai, eu era pequena, um bebê, mas agora eu sou uma moça, eu não cairia desse lugar, já que eu subo naquela árvore no quintal, é uma árvore muito maior. — Verdade, ainda assim, não faça esses tipos de loucuras. — Está bem! — concordou seguindo para seu quarto enquanto David fechava o sótão trancando. Porta. Depois de algumas horas, seguiram para o quarto onde Freya havia caído no sono sobre o colchão no chão e a colocaram no carro prontos para viajar. — tios! Onde está a freya? — perguntou Mugui vindo correndo. — ela está dormindo no carro, já estamos quase indo, já nos despedirmos de seus pais só faltou você — Então já estão indo? — sim, — Posso falar com freya? — Dizia preocupado — Ela está dormindo, acho melhor ela seguir viagem dormindo. — então... — pensou em uma forma de falar o que queria. — tio... Você fala para ela... Que ela tinha razão, que eu agradeço por avisar. — Disse nervoso. — Está tudo bem, eu direi-lhe. — Mugui — Sônia o chamou. — obrigada por cuidar dela, enquanto não estivermos presentes, você é um bom garoto. — ela é minha amiga, tia, não fiz nada além da minha obrigação — nossa cidade passa por um momento complicado após o desaparecimento daquela menina de 9 anos, confesso que ficamos temerosos, porque ela sempre foge de casa, faz 8 meses que aquela criança desapareceu, mas ainda tememos por isso, mas... Graças a Deus! Estamos nos mudando, então se cuide, por favor. — Sim, tia, obrigada. — Mugui não tinha nenhum parentesco com os Salvino, mas os Gordons tinham uma boa relação como de uma verdadeira família..
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