Freya seguiu toda a viagem dormindo, não que não tenha acordado, os pais dirigiram por 6h então lhe deram um calmante para conseguir que ela seguisse viagem tranquila, ainda foi possível chega em sua nova casa ainda dormindo.
Seu pai já havia p**o alguém para ajudar com a mudança, então quando chegaram a casa o quarto de freya já estava organizado, os móveis já estavam no lugar, tendo somente alguns objetivos decorativos e roupas para arrumar.
Diferentes da sua antiga casa, essa é bem maior além de ter dois andares, com direito a um jardim no terraço com o espaço murado para crianças não caírem de cima. Os anos foram passando e as lembranças de Mugui foram esfriando na sua memória, ainda sim nunca deixando de existir.
No passado ela conhecia Muriel Guilherme apenas pelo apelido Mugui, Então ela não sabe seu nome real.
Freya agora tem 15 anos e estuda no colégio loundyn um pouco longe de casa, tendo que pegar ônibus, sua vida continua comum e normal, cresce em um lugar seguro e sem perigos em uma vizinhança classe média.
Havia feito duas amigas na infância ainda quando se mudou, Maria e Laila e estudam no mesmo colégio, andam juntas o tempo inteiro, Freya se tornou uma moça atraente, sua pele não era branca nem tão escura, um pouco bronzeada, cabelos longos alcançando quase metade das costas, quando não estavam encaracolados, era um liso rebelde. o fardamento do colégio delas, era padrão daquela região, a maioria usava assim, saia até cobrir os joelhos tecido solto, recebiam dois tipos de fardamento, um kit contendo um calça e outro contendo 1 saia uma blusa de manga longa para tempos de frios e outra de manga ambos de abotoar, vindo com uma pequena gravata laço.
As três andavam no corredor do colégio cantarolando quase sapateando quando avistaram 3 homens altos demonstrando serem algum tipo de autoridade, exceto um rapaz alto mais novo, Freya teve impressão de já ter visto um dos homens o mais velho, ambos usavam ternos e pareciam executivos.
— O que será que esses homens estão fazendo aqui? — perguntou Maria curiosa. Maria é a mais velha do grupo, 17 anos, ainda assim parecia ter em torno de 20 sua maquiagem e batom vermelho mudavam um pouco sua aparência, afinal sem ela, era só uma mocinha pálida de sorriso perfeito e olhar castanho.
— como vamos saber? Mas aquele rapaz que veio com eles é bem bonito. — Comentou Layla empolgada. ela tem 16 anos, loira já não usava maquiagem como Maria, ainda assim usava um blush leve e batom rosa, olhos claros, elas eram bem mais bonita se comparado a freya, mesmo que ela tivesse sua beleza chamativa, as suas garotas eram populares pela sua beleza.
— Verdade — falavam paradas no corredor, enquanto freya permaneceu pensativa em relação ao senhor
— Freya, está na terra? — perguntou Maria
— Ela está voando, nas nuvens com o rapaz que acabou de entrar.
— Não, só achei aquele senhor familiar, estava tentando recordar onde eu o vi
— Quem aqui se interessa por velhotes? Estamos falando sobre o rapaz — disse Laila
— mas ele também não parece ser novo, diria que deve ter uma 25 anos então é muito velho
— eu já tenho 17 — gritou Maria orgulhosa
— bom... Nós duas ainda temos 16 mas não significa que somos novas, quer dizer... Freya ainda vai fazer 16
— ainda assim, somos novas, não temos que pensar ou ficar olhando outros rapazes — Freya as repreendeu.
— que seja, vamos dar uma olhada mais de perto, que tal? — Maria perguntou encarando freya com um sorriso sem mostrar os dentes a tentando convencer.
— ok... Vamos! — concordou então as três saíram correndo pelo corredor até a diretoria onde eles haviam entrado.
— como vamos saber de algo assim? — perguntou Laila chateada.
— Não sei, vamos esperar — cochichou Maria as puxando para um banco próximo da diretoria, então esperaram por alguns minutos até que a porta abriu.
— o senhor não vai se arrepender, ele se graduou em administração e tem conhecimentos avançados em ciências contábeis, só precisamos de uns meses — falava enquanto o rapaz continuava calado de cabeça baixa, as meninas continuavam os encarar enquanto freya continuava a olhar fixamente para o senhor tentando se recordar.
— Sim, o seu filho tem excelentes notas é realmente um jovem promissor.
— acredito no seu potencial — "filho dele? Ah... Piorou tudo, eu acho o senhor tão familiar, mas aquele rapaz nunca o vi na vida " pensava quando de repente o rapaz a olhou com indagação como se tivesse lembrado de algo ao olhar para ela, freya desviou o olhar tentando disfarçar.
Enquanto as meninas percebiam o olhar dele na direção de freya que tentou fingir que não o estava vendo, então ele simplesmente ignorou e continuou a prestar atenção no diretor e seu pai.
— bom, até mais — falou para o pai dele. — e você rapaz, até amanhã — Disse tocando no seu ombro.
As meninas se levantaram e correram pelo corredor seguindo para longe deles, puxando freya agora ansiosas.
— você conhece ele? — perguntou Maria com afobação quando saíram pelo fundo do colégio se escondendo em um beco.
— Não! Eu nunca o vi, eu só achei familiar aquele senhor.
— tem certeza? — insistiu
— Tenho certeza, eu não o conheço, acho que ele estranhou porque eu estava encarando o pai dele.
— isso é tão estranho
— ah... Se eu não fosse tão nova... — Laila Reclamava se esperneando irritada. — Vocês viram como ele olhou para a gente? Deve ter nos achado tão lindas, com certeza teríamos chances com o bonitão.
— Você está louca? A idade! Você ainda é muito nova para essas coisas eu já disse — continuou Freya com seu discurso.
— Você sabe que todas as meninas das nossas idades já namoram né? Conhecemos uma que namora com um cara de 27 anos mesmo tendo 17
— Já pensaram em denunciar? — Disse freya pegando o celular no bolso.
— Está ficando louca? — Inquiriu Maria dando-lhe um cascudo na cabeça.
— Estou falando sério, eu vou ligar e denunciar, qual o nome do cara, ao menos o nome da menina, sei lá.
— Você está louca!
— isso não é comum, ok? É errado
— para, me dar esse celular — disse pegando o celular e desligando ao olhar o número já discado. — acredite, isso é mais comum do que você imagina, mas não deixa de ser errado.
— Você vai entender quando acontecer com você
— isso nunca vai acontecer comigo.
— é o que dizemos de início
— Se ele aceitou então ele é um delinquente
— eles se amam e ela faz 18 esse ano, então... Se nem eu e nem você contarmos, isso deixar de ser crime.
— afinal, o que acontece nessa escola? — perguntou indignada.
— por que?
— aquela menina, a Márcia, ela agora está tendo que ir ao psicólogo, depois do relacionamento que ela arrumou pela internet, minha mãe sempre me alerta dessas coisas, na cidade em que morávamos após eu me mudar, minha mãe vendeu a casa a uma família que tinha filhas gêmeas.
— sério? E o que aconteceu?
— Elas desapareceram dentro de casa dormindo, era uma vizinhança tranquila, então nunca se importaram em trancar a porta, levaram as duas crianças, e depois encontraram uma das fitas na cerca do vizinho, mas não acharam o corpo.
— Onde você quer chegar com isso?
— Que o perigo já nos encontra sem procurar e você, essa cidade inteira parece procurar problema, é cedo para namoro.
— Isso porque você não gosta de ninguém, por causa do mugui
— Mas Maria, pensando bem o deve ter em torno de 20 anos, isso também não é um pouco velho demais? Porque a nossa freya ainda vai fazer... Deixa eu pensar, é 18 anos? — Disse irônica.
— Não, acho que não, deve ser 17 ou 19 — continuavam a brincar.
— ainda vou fazer 16 —disse aborrecida. — Mas não interessa, o que eu sinto pelo mugui é amor verdadeiro e sei que quando formos mais velhos, iremos ficar juntos para sempre.
— Ok... Então se ela pensar nisso futuramente, talvez a deixemos em paz e daremos mais razão ao nosso bebê. — Disse Maria zombando dela.
— Para de me chamar de bebê
— Que seja, vamos voltar para a aula, porque já perdemos uma.
— Verdade! — concordou as duas então correram juntas pelo corredor quase atropelando o diretor.
— Desculpa diretor, a aula está para começar!
— Já disse que é proibido correr no corredor! — gritou o diretor.
— Mas então porquê se chama corredor se não é pra correr? — Gritou Laila rindo enquanto sumiam na curva seguindo direto para a sala.