Sustente suas gracinhas

1055 Words
Durante a primeira semana eu me dediquei a assumir todas as minhas responsabilidades como diretora. Quando a sexta chegou eu só pensava em dormir. Meu corpo estava extremamente dolorido e cansado. O problema era que eu tinha marcado de ir ao cinema com o Jonas. Seria o nosso primeiro encontro depois dos acordos que fizemos e eu não estava nem um pouco ansiosa. Eu gostava do Jonas, ele se mostrou um cara gentil e amável, mas a verdade é que eu não tinha sentimentos por ele. Não sentimentos iguais aos que ele tinha por mim. Ele se declarou, dizendo que sempre foi apaixonado por mim, já eu gostava de tr3par com ele. Ele era especial, afinal, ele tirou a minha virgindad3. Mas nada além disso. E esse era o problema, como vou gostar de alguém que eu odiei por anos? - É só me dar uma oportunidade de te conquistar de verdade. - Ele disse quando falei que amor você não escolhe. Então o meu papel seria abrir o meu coração ou no mínimo fingir muito bem. Quando estava pronta, com um conjuntinho bem leve e fácil de tirar, desci para espera-lo. Jonas chegou com um buquet de flores coloridas muito lindo. Pedi para a Maria colocar em um vaso no meu quarto e saímos. Dentro do carro, apoiei a mão na perna dele, enquanto ele dirigia e fomos ouvindo música e discutindo as melhores universidades do curso de administração. Eu não queria estudar na dele, e ele insistia que eu deveria estudar lá. Eu não queria encontrar com ele todos os dias, afinal o plano era passar vários anos casada com ele. E para ele esse era justamente o motivo mais forte de estudar lá: - Imagine que eu vamos poder nos ver todos os dias, jantamos juntos, eu posso te ajudar nos trabalhos. Eu não sabia o que contra argumentar, por isso sorri e menti que iria colocar a faculdade dele como a primeira da minha lista. Durante o filme, tentei beijá-lo, e ele não retribuiu como eu gostaria. Eu estava louca de tesã0, não transavamos desde segunda e eu tive uma semana muito exaustiva. Apoiei a minha mão no colo dele e deslizei em direção ao p4u dele e ele segurou a minha mão, entrelaçando os dedos e passamos o filme inteiro de mãos dadas. O cinema estava quase vazio, poderíamos ter dado uns amassos sem problemas. Será que ele está segurando o tesã0 para mais tarde? Depois que jantamos perguntei se ele queria um sorvete e ele topou. E então as coisas ficaram mais estranhas. Sentei ao lado dele e ele mudou de lugar, sentando de frente para mim. - Eu queria ficar do seu lado. - Falei para mostrar que achei estranho. - E eu quero olhar para você. - Ele justificou. Conversamos mais um pouco, e provamos os sorvetes um do outro. Estava gostoso, mas eu estava com pressa. Queria arrancar a roupa dele e me deliciar no corpo dele, para tirar da minha cabeça todo o estresse daquela semana. Caminhamos para o carro de mãos dadas, e ele beijou a minha mão várias vezes, de forma terna. Ele estava se esforçando para ser romântico e eu achava bonitinho, mas eu não estava com muita paciência. Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Assim que ele entrou no carro eu perguntei: - Para onde vamos agora? - Eu tinha pesquisado alguns hotéis perto do cinema, e ia sugerir um deles. - Como assim? Vou te deixar na sua casa. - Ahh entendi. Você me deixa e volta mais tarde? - Eu poderia esperar, ou poderíamos nos pegar no carro mesmo. - Não, hoje eu não vou dormir com você Emy. - Por que? - Meu corpo tremeu. - Eu estive pensando, e acho que a quantidade de vezes que transamos nos impede de nos aproximarmos por outros motivos. - Se ele não estivesse dirigindo talvez ele teria me repreendido pela cara que eu fiz. - Não está claro para mim o que você está dizendo Jonas. - Que o sex0 nos afasta como casal. - Ele suspirou. - Você me procura para satisfazer o seu praz3r. - Isso não é assim. - Não mesmo? Então no cinema você apoiou a mão na minha coxa pra fazer carinho Emy? - Eu estava com saudade. - Você queria trans4r. Com certeza pensou que estava vazio o suficiente para ninguém perceber. - Eu me calei porque ele tinha razão. - Então, para você parar de me ver como alguém para te satisfazer, acho que devemos parar de trans4r por enquanto. - Eu não concordo. Eu sou capaz de abrir meu coração para você e me satisfazer enquanto isso com você. - Você está pensando com o tesã0 Emy. - Ele tinha razão. - E é por isso que precisamos dar um tempo. Não pensei em muito, algumas semanas talvez. - SEMANAS? - Minha reação me entregou e coçou a cabeça. - O tempo vai depender mais de você do que de mim. Ou acha que eu não quero? Que não fiquei imaginando a noite toda em tirar a sua roupa e te com3r de quatro? - Então faça isso Jonas. - Apontei para uma rua que passavamos. - Pare naquela rua e me coma agora. - Você está desesperada mesmo. - Ele balançou a cabeça em negação. - Vou te levar para casa. Com certeza a minha reação não me ajudou. Eu fechei a cara, cruzei os braços e bufei como uma criança. Ele estava sendo injusto, uma coisa não tinha ligação direta com a outra. Quando ele parou na porta da minha casa eu estava ainda mais brava, porque em algum momento achei que era uma pegadinha. - Boa noite meu amor. - Ele falou. - Você não volta mais tarde mesmo? - Fiz biquinho para tentar amolecer ele. - Não. Mas se quiser falar comigo, só mandar mensagem. - Nem se eu te beijar assim? - Me aproximei dele e beijei ele com vontade. Meu corpo acendeu na mesma hora. Eu estava sedenta de tesã0. Ele retribuiu o beijo mas não encostou em mim. Ele interrompeu o beijo e respondeu: - Amor, vá descansar. Amanhã nos vemos, ok? - Revirei os olhos na cara dele e desci do carro batendo a porta com mais força que o necessário.
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