Perdida

1115 Words
Meninas, comentem e adicionem aos favoritos, por favor!! Depois de alguns minutos, deitei na cama e o Marco sentou ao meu lado. Eu estava completamente relaxada. Fui buscar algum tipo de saciedade e encontrei muito mais que isso. Um novo mundo se abriu para mim. As sensações que eu senti nas últimas horas estavam longe do que eu imaginava ser capaz de sentir. Marco me olhava com intensidade e eu sorri para ele. - Eu preciso ir. - Falei e uma sensação estranha me tomou, uma espécie de tristeza. - Eu imaginei. - Ele se levantou e começou a vestir a própria roupa. Fui atrás do meu vestido e coloquei os sapatos. Ele estava completamente vestido quando olhei de novo. Senti um rubor subir pelo meu pescoço. Eu não sabia o que falar. Eu iria apenas falar um até mais? Depois de tanta intimid4de? - Vou te ver de novo? - A pergunta me pegou de surpresa. Eu não sabia se voltaria ali. - Honestamente? - Comecei e ele se aproximou. - Eu não tenho certeza. - E se eu disser que quero te ver de novo? - Dei um passo para trás por instinto. Se ele me tocasse de novo eu não iria conseguir me refrear. - Então teremos um problema. - O que fiz não foi o suficiente para te impedir de sumir? - Foi mais que suficiente. Eu não esqueceria daquilo nunca. - Eu sou complicada. - Ele parou de avançar. - Eu preciso mesmo ir. - De volta para o seu noivo, certo? - Ele lembrava. Assenti com a cabeça envergonhada. - Eu não estou te julgando. Muitas pessoas vêm aqui em busca de prazer, e muitas vezes são felizes nas suas relações, mas falta alguma coisa. Sempre falta. - Eu não vim aqui porque achei que faltava alguma coisa. - Na verdade, naquele momento, faltava amor. Mas eu não falaria isso para um desconhecido. - Então porque veio? - Eu não sabia. Fui porque estava frustrada e morrendo de tesã0. - Eu estava curiosa. E soube que tentou falar comigo diversas vezes. Eu quis pagar para ver. - E valeu a pena? - Ele sorriu quando perguntou. Um sorriso misterioso, como quem diz: Vitória. - Sim, valeu. - Andei até a porta e parei um segundo. Eu queria voltar. Eu só precisava pensar melhor nisso. - Talvez eu volte, não prometo. - Um talvez é muito melhor que um não. - Eu me forcei a sorrir para ele. E sai pela porta sem olhar para trás. Enquanto caminhava até o carro, tentei não pensar que estava sem calcinha, mas o vento frio tornou isso impossível. Entrei no carro e respirei fundo. O que eu estava fazendo? Que loucura foi aquela? Eu não me reconhecia depois daquela noite. Algo mudou em mim. Conseguia imaginar o que a minha mãe pensaria sobre a filha perfeita dela. O que a sociedade pensaria, de toda a falta de pudor que eu demonstrei mais cedo. Repassei os últimos acontecimentos na minha cabeça enquanto dirigia para casa. Eu poderia imaginar um milhão de motivos para nunca mais voltar ali. Só que o que imperava na minha cabeça era que eu queria voltar. Eu nunca me senti livre dessa forma. O Marco desbravou pontos de sensibilidade que eu nunca imaginei, e usou outra pessoa para isso. Uma mulher. Eu me perdi entre as pernas de uma mulher naquela noite. Dei outra gargalhada com o pensamento. Dúvido que o Jonas negaria fogo se me visse mais cedo. Se pudesse participar de algo assim. Afinal, tudo se resumia a ele. E eu precisava me apaixonar por ele, ou pelo menos fingir muito bem. E eu não tinha ideia como faria isso. Até porque meus pensamentos sempre acabavam no Marco. Eu fiz tudo o que fiz naquela noite para me exibir para ele. Para atraí-lo. Deixei que ele fizesse comigo coisas que nunca pensei. Confiança era uma coisa engraçada. Eu nunca imaginei ser possível confiar algo tão profundo como vontades sexuais a alguém, imagine confiar em alguém que eu tinha visto duas vezes? Parei o carro na porta de casa e respirei fundo. A casa estava toda apagada. Com sorte eu não encontraria ninguém ali. Peguei o meu celular no porta luvas e evitei ver se o Jonas me respondera. Agora não adiantava mais, afinal eu estava tão exausta que se ele me procurasse eu seria obrigada a negar, e não teria como justificar isso. Subi as escadas com o sapato nas mãos e ninguém apareceu para me confrontar. Depois de um longo banho, já dentro do meu pijama finalmente deitei na minha cama e a minha mente disparou. O Marco estava por todos os lugares. A atração por ele deixou de ser só física, conclui. Ele me atraia por isso inicialmente, mas com as informações que ele me deu cheguei a conclusão que eu estava atraída por ele. Ele me intrigava de um jeito que eu não entendia. Ele mantinha a postura séria o tempo todo, mas entre 4 paredes ele se mostrou atencioso e até animado. Sorrindo em alguns momentos. Tratou nossa relação como uma negociação, buscando vantagens para ele com base nas minhas preferências. Fez uma construção de confiança e prazer mútuo. Ele me tratou como algo a ser conquistado e devorado, e eu não sabia como me sentir em relação aquilo. Ele era enigmático de uma forma que me intrigava mas ao mesmo tempo me mandava sinais que me avisavam que eu deveria manter distância. Eu não voltaria lá. Foi uma noite intensa e completamente insana. E bastava. Eu tinha problemas de verdade para lidar de agora em diante. Eu precisava recuperar a empresa e qualquer resquício de dignidade que a minha familia ainda tinha, eu precisava me dedicar a minha carreira profissional e precisava arrumar uma forma de me apaixonar pelo Jonas. Eu não voltaria lá. E talvez isso não tenha relação com como me senti fazendo tudo o que fiz. Explorar meu corpo, alcançando formas diversas de g0zar foi fantástico, e isso me atraia muito. Eu tive a experiência que eu queria e agora eu seria a mesma de sempre. A Emily tímida e comportada, quando necessário iria me impor, mas nada além disso. O meu futuro é muito mais importante do que uma noite de loucuras, e alguém poderia descobrir. Eu não voltaria lá. Eu listei 10 motivos plausíveis para não voltar lá. E o único motivo que realmente me assustou, foi o meu último pensamento antes de finalmente adormecer. Talvez a atração pelo Marco fosse um pouco mais que física, ele me atraia pelo ministério. E ser misterioso era perigoso. Eu não voltaria lá. Mesmo que eu quisesse quase que descontroladamente voltar.
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