A vida secreta de Emily White

Vadi4 e tímida

- Achei que não te veria mais. - Ele falou assim que chegamos perto o suficiente para nos ouvir. Paramos frente a frente e meu corpo ferveu mais.

- Eu não ia voltar. - Falei e olhei para baixo, envergonhada.

- Que bom que mudou de idéia. - Sorri para ele. - Quer beber alguma coisa?

- Sim. - Sentamos na mesa que eu estava inicialmente. Pedi ao garçom uma água e ele pediu um uísque. Enquanto aguardávamos ficamos nos olhando em silêncio. Ele tinha o rosto sério, não parecia rir muito. O desenho do rosto parecia esculpido em pedra. A boca era carnuda e os olhos bem expressivos. Seu cabelo tinha crescido um pouco desde a última vez que nos vimos. Ele estava ainda mais lindo. Eu tinha tantas perguntas. Me dei conta do quanto ignorei a lembrança do Marco dentro da minha cabeça. Ele mexeu comigo, mas eu achava que não o veria mais, então enterrei qualquer curiosidade que eu tivesse.

- Eu pagaria 10 milhões para saber o que você está pensando. - Ele falou interrompendo meus pensamentos.

- Não precisa pagar nada. Eu posso te contar. - O garçom trouxe o nosso pedido e eu bebi metade da garrafa em um único gole.

- Sua performance foi impressionante. - Senti meu rosto ficar vermelho. A vergonha me tomou e eu não soube o que dizer. - Eu gostaria de ter participado. - Olhei ele nos olhos e minhas palavras não vinham. - Foi a sua primeira experiência com mais de uma pessoa? - Eu confirmei com a cabeça e bebi mais um gole de água. - Você realmente estava com sede. - Ele afirmou mais para ele mesmo.

- Minha vez de perguntar. - Tentei mudar o rumo do assunto.

- Responderei o que quiser. - Ele encostou na cadeira relaxado e tive a impressão que ele iria sorrir.

- Porque me falou o seu nome? - Ele levantou as sobrancelhas. - Digo, seu nome verdadeiro.

- Como sabe isso? - Ele me perguntou de volta.

- Eu perguntei primeiro. - Sustentei meu argumento. Ele pareceu pensar no que responderia. Bebeu um gole da sua bebida e lambeu os lábios, o que provocou uma umidade forte entre as minhas pernas.

- Posso presumir que o seu nome não é Jéssica, certo? - Ele perguntou mais para ele mesmo, enquanto estava perdido em pensamentos.

- Isso você já sabia. - Eu encorajei. Ele parecia o tipo de homem que tem o mundo nas mãos. Ele era sério e o tom de voz era de controle. Ele não estava acostumado a ser pego desprevenido.

- De fato, eu já sabia. Agora, respondendo a sua pergunta. Eu senti que poderia confiar em você.

- Eu menti o meu nome, com certeza não é uma boa ideia confiar em mim. - O olhar dele fez meu estômago virar de cabeça para baixo. Eu tive a impressão que ele iria me arrastar até um canto qualquer e me f0der com raiva. Os olhos dele queimaram, uma mistura de tesã0 e raiva.

- Ainda acho que você é confiável. - Ele concluiu sem parar de me olhar. Minha vez. - Ele inclinou o corpo por cima da mesa e se aproximou de mim. - E se sinta a vontade de mentir de novo. - Ele estava perto o suficiente para beijá-lo agora. Mas eu não faria isso, eu tinha a sensação que deveria manter uma distância segura dele por enquanto. - Qual o seu nome? - Eu esperava por isso, e mesmo decidida, a dúvida bateu. Eu não precisava dar todas as informações. Poderia apenas dar meu apelido. Ou revelava meu nome completo? E se ele fosse um perseguidor doente? E por isso a outra moça sumiu? - Você não precisa me falar, me diga apenas como devo chamar você? - Ele me tirou dos meus pensamentos de novo.

- Direi. Sou a Emily. Pode me chamar de Emy. - Ele sorriu e eu sorri de volta. A tensão entre nós era quase palpável, e com certeza a quantidade de pessoas transand0 ao nosso redor contribui para isso. Mas eu tenho certeza que se estivéssemos sozinhos, sentiria a mesma vontade de tirar a roupa dele e lamber o corpo dele inteiro.

- Muito prazer, Emy. - Ele disse sedutor.

- O prazer é meu. - Pensei em outra coisa. - Por que me levou para o quarto privativo?

- Porque eu queria, e ainda quero, comer você Emy. - Ele falou com naturalidade.

- E porque… - Ele fez que não com o dedo me calando.

- Minha vez. Aquela noite, seu noivo te ligou. - Meu peito gelou. - Ele sabe onde você está?

Eu não sabia como responder aquilo. Eu nem lembrava que tinha chamado o Jonas de noivo naquela noite. Ele realmente prestou atenção nos detalhes.

- Não sabe. - Me limitei a responder a pergunta dele, como ele fez comigo.

- Marco, porque você me levou ao quarto privativo, sendo que não tem esse costume? - Ele riu gostoso da minha pergunta. Me senti uma idi0ta pela reação dele. Eu não havia sido redundante. Tenho certeza que ele tinha entendido que eu tinha informações e por isso estava perguntando. - Não entendi a graça. - Falei séria, encarando ele com a minha melhor expressão de desconforto.

- É um pouco cômico não? Você ter esse tipo de informação.

- Eu não acho cômico. - Ele estava fugindo da minha pergunta.

- Eu de fato não tenho esse costume. Eu levo apenas pessoas que eu sinto algum tipo de identificação. E você foi assim. - Isso me surpreendeu.

- Como você se identificou sem falar comigo? - Eu precisava entender o que ele queria dizer.

- Minha vez. E agora, Emy, vamos direto ao ponto. - Ele terminou a bebida dele. - Eu te acho uma delícia, e aquela noite me frustrou profundamente. Eu vim aqui todas as noites desde então, coisa que eu não costumo fazer. Perguntei sobre você, investiguei, distribui dinheiro em troca de qualquer mísera informação sobre você. - Essa revelação me deixou completamente molhada de tesã0. Ele investigou quem eu era naquele lugar, que ninguém se identifica? - E depois que soube tudo que tinha para saber, passei a tentar me comunicar com você. Eu não pensei em outra coisa nos últimos dias. E agora você está aqui, na minha frente, depois de se exibir deliciosa para mim. - Eu ia argumentar, ele não deixou. - Não adianta negar, você goz0u e eu g0zei junto com você. Dito isso, Emily, eu quero te comer com força. - Ele abriu um botão da camisa, demonstrando o tanto que ele queimava, e eu estava em chamas junto com ele. - Eu vou te comer de um jeito que você nunca mais vai querer sumir como sumiu. Você nunca mais vai esquecer. A dúvida que resta, que quer que eu te coma aqui, para você se exibir ou você quer ir para o quarto?