12.

2548 Words
Brendon: Para onde vai agora? Perguntou, pós mais um dia cheio, começando uma tarde e recomeçando uma semana no colégio. -Babies One. Estou feliz que consegui, finalmente, organizar uma aula. Brendon: Isso é ótimo, fico feliz por você.. Mas e como foi o seu final de semana? -Legal. Não é tão r**m ficar por aqui, para a minha surpresa... Eu disse enquanto caminhavamos lentamente em direção ao prédio principal. Tentava conter o sorriso ao lembrar das brincadeiras na piscina. Foi o domingo mais divertido em anos e olha que eu já vive dezoito. -E você? O que fez? Brendon: Fui sequestrado pela minha amiga, daquela matéria, lembra? -É sério? Perguntei parando de andar, esperando pela resposta. Somos interrompidos por uma garota ruiva, na porta do prédio principal, acenando para ele. Brendon: Parece que vou ser sequestrado de novo.. -Poxa, que pena. Realmente não consigo imaginar o tamanho da sua tristeza em ser sequestrado por essa gata.. Vai lá! Ele correu para onde ela estava, rindo. Eu sorri e voltei a caminhar em direção a Babies One. Mais um dia... Jessie: Bella! -Oi, minha linda! Eu beijei a sua bochecha assim que fui decepcionada na porta da sala de atividades. Todos os dias. Sinto que as meninas são mais carinhosas, em relação a querer fazer amizade com a professora. Peguei o controle que estava no balcão e desliguei a televisão, escutando choramingos. -Calma! Calma! Hoje eu quero que se desliguem da televisão para que nós possamos brincar, nos conhecer e aprender. Venham! Convidei-os para sentar nos tapetes da sala de atividades. Puxei a lousa e peguei um giz, desenhando um circulo no cantinho. -Ok. Este é o número um. Fiz o "1" no centro da lousa. Para a minha surpresa, eles estavam concentrados e quietos. -A gente tem a capacidade de fazer o um com as mãos. Assim! Mostrei-lhes o meu dedo apontador e eles fizeram o mesmo. Em seguida, mostrei mais quatro números, até o número cinco, repetindo até eles aprenderem. -Alguém pode me dizer que número é esse? Com a lousa limpa, desenhei o "3" que havia sido apresentado há alguns minutos. Pareciam envergonhados suficiente para tentar. -Ok, vamos lá. Um... "Dois, três" todos os pequeninos contaram juntos e repetiram o três, seguidos de sorrisos orgulhosos de si. -Muito bem! Três! O nosso boneco começou a ganhar vida. Olhem, ele tem um olhinho! Desenhei apenas um olho malfeito no círculo, que agora é o "nosso boneco" e eles sorriram, encantados. -E esse número? Alguém sabe? Fiz o "2" na lousa, depois de apagar o três e esperei por resposta, sorrindo ao ver mãos'zinhas para o alto. Aurora: Cinco. Maria: Dois! -Cinco ou dois? Quem acha que é cinco, levanta a mão. A mão, Henry, não o pé! Fiz um pequeno drama e eles soltaram risadas gostosas e altas, dando-me alívio e satisfação. -Quem acha que é dois, levanta a mão. Todos eles levantaram as mãos, exceto Aurora e a sua irmã. Continuavam firmes em suas opiniões, em partes, achei bonito. -Meninas, o dois é como fazemos para uma selfie, apenas dois dedinhos. Se fosse o cinco, mostraria toda a minha mão, porque ele é muito mais do que o dois. Conseguem entender? Elas assentiram depois de escutarem com atenção, repetindo o que eu falei com as mãos, em seguida. O dois depois o cinco. -E esse? Quero ver alguém acertar.. Fiz o "5" na lousa e antes mesmo de terminar, escutei vozes altas e sorri, como resposta. Aurora: Cinco! Áurea: Cinco! -Sim! Parabéns, meninas, vocês são muito inteligentes. E você também, Maria. Toca aqui! Toquei em sua mão como um soco de leve e ela sorriu, faltando os caninos inferiores, arrancando-me um sorriso bobo. -Ok. Moleza! E esse aqui, alguém sabe? Desenhei o "4" e esperei por respostas. Visto que eles realmente não sabiam, tratei de agilizar e enturmar. -Quero ouvir o Blake e o Santiago. O que vocês acham, meninos? Blake: É o um? Santiago: Espera! Um, um dedinho.. -Vamos ajuda-lo. Um, dois, três e... A turma inteira falou "quatro" e eu fiz uma carinha de triste, com direito a biquinho e bracinhos cruzados, arrancado risadas. -Não consegui escutar! Um, dois, três e.. "QUATRO" gritaram e eu sorri, dando pulinhos animados. Eles riram novamente. Saber que tenho o poder de fazê-los ri, é tão bom. As vezes sinto que Jade é a minha maior inspiração, nesse sentindo. Carrie: E o um? -Oh, pobre um. Havia esquecido.. Mas vamos lembrar de todos os números, comecem. Você, Sean. Sean: Um! Disse mostrando-me seu dedo magrelo e branco e eu desenhei na lousa, o um. -Santiago? Santiago: Dois! Jessie: E depois o três! Ela disse animada e eu sorri, orgulhosa. Desenhei ambos os números na lousa. -E depois, Maria? Maria: Quatro! -Isso mesmo, quatro! Desenhei o quatro, seguido dos outros três números, em uma fileira numérica. -E o último? Eu não consigo lembrar! Todos gritaram "cinco" em uníssono e eu sorri, sentindo-me a pessoa mais boba por alguns segundos. -Quem pode escrever o cinco para mim? Você, Áurea? Ela assentiu empolgada enquanto levantava do tapete. Correu até a lousa e escreveu o cinco torto mais fofo do mundo. Beijei a sua bochecha e vi-a correr para sentar novamente. -Obrigada, querida. Você é ótima nisso! Carrie: Bella? Você esqueceu de terminar o boneco! -Oh! Preciso de um ajudante. Você, Henry. Disse, visto que ele era o único que não havia participado da dinâmica. Era sempre o mais quieto. Segurei-o nos braços e levei até a lousa, seguramos juntos no giz e guiei-o para desenhar outro olho, uma boca e um traço no lugar do nariz, escutando risadas dele, o que me deixou feliz. -E o que cabelo? Você prefere liso ou cacheado? Henry: Igual ao seu. Ele disse tirando o mordedor da boca e eu sorri, beijando sua bochecha várias vezes. Mais uma vez, voltamos ao trabalho desenhando cabelos escorridos na boneca. Vi-o se divertir ao fazer desenhos aleatórios ao redor e fui interrompida de aprecia-lo quando vi Janet, Gem e Harry na porta, brechando a aula. -Oh, estava fazendo muito barulho? Desculpe, vou controlar esses pequenos e a minha boca! Abri a porta, dando espaço para eles entrarem, ainda com Henry nos meus braços, agarrando o meu pescoço. Vi Harry tentar brincar com o seu mordedor e receber um t**a. Gemma: O que? Não! Ou sim, estava ouvindo eles da minha sala. Mas o importante é que estão felizes. Janet: E como estão. Qual é o seu segredo?! Harry: Nunca vi essas crianças tão animadas como com a Isabella. Está indo muito bem e era só um teste... Gemma: E o Arthur, Harry? Ele nem falava e agora está todo empolgado. Harry: Yeah. A Áurea também sempre foi mais tímida do que a Aurora, e está bem animada agora.. -Escutou? Estamos fazendo um bom trabalho, meu ajudante.. Eu disse sorrindo para o Henry e ele sorriu, mexi em seus cabelos e beijei a sua bochecha enquanto encostava-o no meu rosto, vendo os outros sorrirem bobos também. Harry: É, você fez um desenho muito legal, sabia? Ele disse tentando enturmar com o Henry, que particularmente, não parecia ir muito com a sua cara, quando deitou a cabeça na curva do meu pescoço, ignorando-o. Gemma: Esquece, ele odeia você. Harry: Percebi. -Ah, para. Ele só é tímido.. Harry: Tímido e cheio de raiva de mim.. Pode falar pra ele que eu sou legal? Gemma: Não, ela não pode mentir.. Bella, posso me juntar? -Vá em frente! Vocês querem participar? Oh, sem opções.. Eu disse fechando a porta. Pedi para Henry convida-los para se juntar a turma e ele puxou a mão da Janet, ignorando a inexistência do Harry. Harry: d***a, o que eu fiz? -Agora sabe como eu me sinto em relação ao Santiago. Senti Henry agarrar o meu pescoço e encostar sua testa na minha boca, impedindo-me de falar com o Harry e arrancando-me uma gargalhada, vendo-o revirar os olhos rindo, desapontado. Gemma sentou do lado da Jessie e eu coloquei Henry em suas pernas, voltando para a lousa. -Nós temos novos colegas para brincar conosco. O que nós falamos para eles? Pensei em "vão tomar no cu" mas ele gritaram "sejam bem-vindos", e Gemma, Harry e Janet agradeceram em meio aos sorrisos. -Os nossos novos colegas não devem saber os números. O que acham da gente apresentar para eles? Vamos lá? Apontei para cada número da lousa e eles me acompanharam, falando em uníssono cada número. Maria: E agora, a gente precisa saber se vocês aprenderam. Eu gargalhei, concordando. Ela falou exatamente como eu com o mesmo tom, na aula inteira. -É. Janet, você sabe que número é esse? Apontei para o um e ela me olhou, como se tivesse dúvidas. As crianças olhavam para ela como "Oh, que óbvio." Janet: Eu não sei.. Vou pedir ajuda aos experts no assunto. Arthur, o que acha que é? Arthur: Esse é o um, Jane. Ele disse com certeza e a Jane soltou um "ah, entendi", fazendo-me rir. Não podia pensar em uma aula melhor. -E você, Harry, sabe que número é esse? Apontei para o número quatro e ele sorriu para mim com a língua nos dentes superiores. Sei o que esse sorriso significa. Harry: Por coincidência é o meu número favorito. É o número, dois, certo? Todos gritaram que não e corrigiram ele com um "quatro" bem alto, e ele sorriu. Harry: Bom, agora eu sei. Obrigado! -Agora é o momento em que todos vão deitar e tomar um suquinho de laranja enquanto escutamos mais uma das histórias incríveis da tia Janet Beautiful Parker. Maria: Você vai escutar a história com a gente, Bella? Harry: "Bella?" Ele imitou a suavidade infantil da sua voz, rindo baixinho e eu o acompanhei, discretamente, depois de uma troca de olhares rápida. -Oh, não. Eu tenho que ir.. Arthur: Fica, por favor, Bella. Aurora: É, fica... Senta aqui do meu lado. Os dois insistiram parecendo querer muito aquilo e eu senti o meu coração apertar. Também não queria deixar a sala. O clima estava delicioso com os outros três e sentia-me animada. -Não! E eu proíbo todos vocês de fazerem essas carinhas tristes, porque eu não tenho a menor estrutura para resistir e isso é um absurdo! Janet: Absurdo é você não apreciar essa história incrível que eu vou contar. Harry: É, eu também acho. Gemma: E eu também! Ela gritou de onde estava, arrancando risadas gostosas das crianças e minha. -Vocês querem que eu fique? Eu perguntei fazendo charminho e jogando os cabelos, parecendo convencida e eles gritaram que sim, arrancando-me um sorriso de orelha a orelha. -Então eu fico! Quem quer pipoca? Dias depois... [Harry] Entrei na sala de aula, depois de pedir, educadamente, permissão para a Perrie. Caminhei até ela, no centro da sala depois de procurar a morena pela sala e sorrindo, sem perceber ao ver, ainda de longe, seus olhos castanhos escuros com os cílios cobertos de tinta preta e o sorriso efervescente e contagioso, como de uma criança. Rodeada de pessoas em meio a um falatório juvenil que está passando, levemente, a me irritar. Perrie: Bom, eu também preciso de algumas... Isabella e grupinho? Podem fazer silêncio? Nós temos visita. Ela disse e a Isabella virou-se para nós dois rápido entre risadas. Não deu a mínima para as palavras da Perrie e voltou a conversar. Perrie: Como eu estava dizendo.. Não queria fazer uma prova para assusta-los. Preferia um trabalho ou dinâmica para fazer em sala, alguma coisa assim.. -Acho ótimo. Você sabe como funciona, me passe mais ou menos o que vai fazer de forma organizada, o que vai precisar e.. Perrie: Isabella? Isabella: Ah, pronto! Caiu a boca de todo mundo. Só Isabella tem boca agora... Todos os outros deram risadas de suas palavras em um tom de ironia enquanto ela fazia bico. Não que seja verdade, mas é que ela realmente faz graça pra todo mundo, onde chega. Então metaforicamente falando, só ela tem boca. Perrie: Me desculpe. Ela é a engraçadinha da turma... -É, eu sei bem como é. Vi-a olhar para frente, brincando com uma de suas canetas coloridas e que deve ter custado o pulmão do pai, toda a coleção. O seu amigo de cabelos bem cuidados, acaricia e brinca com os seus cabelos pretos lisos e que estão bastante longo, enquanto está sentado atrás dela e vejo-a rir com a brincadeira. Ele diz algo perto da sua orelha e ela vira-se para olha-lo. Não se aguenta um minuto.. Ela é muito hiperativa. -Muito bem, srta. Edwards. Boa aula! Eu sorri para ela e peguei as folhas que seriam para a impressão das provas, que já não estão mais nos meus planos. Caminhei pela terceira fileira e parei na frente da quarta cadeira. Coloquei o pacote com as folhas brancas na mesa com um pouco de força e vi-a virar com rapidez. Deu um pulinho de susto que me fez segurar a risada internamente. -A boca, eu não sei, mas acho que está perdendo a audição.. Não escutou a professora? Isabella: Escutei. Me desculpe, senhor.. Eu sorri ao vê-la ser tão obediente, pensando mil coisas para essa sua resposta. Voltei a andar e escutei-a lembrar-me das folhas. -É o seu castigo. Seu nome completo repetidamente em todas as folhas. Na minha sala, ainda no final do dia ou menos cinco pontos. Escutei-a choramingar vendo a quantidade de folhas que haviam. Por volta de cento e cinqüenta. -Boa aula! ____________ Isabella: Você é muito b****a! Ela disse antes mesmo de entrar na sala como um furacão e jogar as folhas empilhadas na minha mesa, como havia feito com ela. Eu sorri, largando a minha caneta. -Parece nervosa. Aconteceu alguma coisa, senhorita linguaruda? Ou devo dizer, comediante da turma? Isabella: Não tem graça! Todo mundo estava conversando na porcaria daquela sala, por quê sempre sobra pra mim? -Sejamos sinceros um com o outro.. Não importa onde você está, sempre será líder.. Seja a engraçadinha ou bagunceira da aula de matemática, presidente de um país ou até traficante. Isabella: Não é engraçado quando me faz escrever em sei lá quantas folhas. i****a! Ela disse revirando os olhos e eu ri. Vê-la estressadinha assim não tem preço. Caminhou até a porta e virou-se antes de sair. Isabella: Na próxima vez, dá folhas para a traficante aqui enrolar cocaína e fumar um beck. -Bella? Cocaína é para cheirar. Isabella: Você quer mesmo saber onde eu vou colocar essa m***a? -Olha lá como fala comigo, Isabella.. Amassei uma das folhas e joguei nela, sequer fez questão de esquivar. Olhava-me séria e com a mão na cintura, isso me fez rir mais. Pegou a folha amassada e jogou de volta, acertando no meu computador, fazendo-me gargalhar em deboche pelo seu erro. Mostrou-me a língua como uma criança birrenta e saiu da sala, parecendo irritada. Isabella: Eu odeio você! Se o ódio dela significar o que eu imagino, deveria dizer que sou completamente louco de ódio por ela. Voltei a rir quando olhei para as folhas e vi que ela se livrou do castigo escrevendo "Isabella Coleman" apenas duas vezes em cada folha. Variando: "Coleman Isabella Isabella Colemanstyles Isabelly Moore Moore Isabella Little Isabella Isabella Bella I S A B E L L A Isnadysniellya Coleman Isabella Isabelly Coleman Moore I - Me - My - Mine Myself"
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