3.

2133 Words
Alex: Tchau, se cuida! Comporte-se e qualquer coisa, juro, qualquer reclamação ou o que quer que seja, me ligue ou... -Tchau, pai. Eu disse para finalizar esse papo meloso e fingido de uma vez. Ele beijou a minha testa com receio e eu entrei no colégio, limpando minha testa. Estava silencioso e vazio, como da última vez. Aproveitei que o segurança havia levado as minhas malas, para onde quer que seja e fui diretamente para a sala do diretor. Que bom que eu decorei o caminho para o meu lugar favorito. Dei duas batidas na porta e entrei. Harry: Gemma, eu... Oh! Srta, Coleman, entre. Ele estava concentrado, escrevendo alguma coisa no computador e quando eu entrei, passou a mão no cabelo e olhou-me atento. -Não precisa ser formal, apenas Isabella. Eu disse fechando a porta da sala e sentei na mesma cadeira que havia sentado ontem, na sua frente. Olhei-o. Harry: O seu pai não quis entrar? -O meu pai!? Eu perguntei rindo ironicamente e rolei os olhos, vendo-o confuso com a minha reação. -Ele só aparece na formatura agora, se acontecer.. Você sabe, eu curto desobedecer os professores e as regras e.. Brincar com diretores. Vi-o ficar sem graça, mesmo com um sorriso de lado e resolvi mudar de assunto. Não quero vê-lo assim. -Papai mandou entregar esses papéis. Harry: Muito obediente.. Eu sorri diante de suas palavras, visto que já estava confortável e entreguei os papéis para ele, que, fez questão de dar uma checada, lendo cada detalhe com atenção. Harry: Isabella Jolie Coleman.. Ele leu em voz alta o que estava escrito no papel da minha matrícula que meu pai o enviou. -Prazer. Falava mais baixo para não o atrapalhar e fazê-lo parar. Adorava o som da sua voz. Harry: Natural de Windsor. Muito bem.. -Ou da sua cama. Harry: Dezoito? -Sim. Por que a surpresa? Eu perguntei encostando meus cotovelos na mesa do seu escritório, apoiando a cabeça nas mãos e mantendo meus olhos nele. Queria ser mais corajosa do que ontem e olha-lo por mais tempo. Harry: Porque é incrível a sua capacidade de ser atrevida e respondona com apenas dezoito anos. -Qual é a sua definição para atrevida? Eu perguntei com os dois braços na mesa, inclinando-me e vendo-o olhar para os meus s***s, não tão expostos. Estava atenta para a sua resposta. Harry: Deixe-me ver... Uma garota ousada, audaciosa e provocativa. -E desde quando tem idade certa para ser uma garota que sente desejos? Harry: Sente desejos? -Se eu te contar por quem, você não vai acreditar. Harry: Não quero saber, eu não posso f***r com uma aluna de dezoito, caso não saiba, Coleman. -Quem disse que não, sr. Styles?! Harry: As autoridades. -E por que dá ouvidos à eles? Ele sorriu, provavelmente sem respostas. Essa vai ser fácil, apesar de tentar ser durão e certinho. Vi-o assinar algo no papel para desviar os nossos olhares. Eu sorri. Harry: Oh, ok. Nós temos coisas para resolver, pare de me desconcentrar! Eu... Eu quero apresentar o colégio para você e nós não precisamos sair da sala para isso. Estrategicamente puxou um mapa do campus e o montou na sua mesa, substituindo por todos os papéis que estavam, até então. Havia um dado vermelho e ele o usou como referência para apontar e definir. Harry: Aqui, são os quatro prédios ou o que costumamos chamar de house, neles estão os quartos; e neles, os grupos e com os grupos; os housemasters ou tutores. Cada casa, ganhará ou perderá pontos, seja qual for a disciplina, o que mais obter pontos no final do semestre, ganha uma viajem ou coisa parecida, dependendo da necessidade da casa. Haviam dois prédios com faixas azuis e dois prédios com faixas vermelhas, saindo da janela do topo. Eram lado a lado e pareciam enormes. -Legal, eu sou competitiva! Harry: Este é o prédio para as aulas de disciplinas obrigatórias, como pode ver, ele é um dos maiores. Nele, temos também os laboratórios de tudo que você pode imaginar: línguas, química, biologia, biofísica e etc. O prédio era no formato retangular e só não era maior do que o prédio principal. Ficava ao lado dos quatro dormitórios e atrás, podia-se ver um parque aquático enorme e ao lado, a pista de corrida. Harry: Aqui é o teatro para as aulas de teatro, artes e música. Além disso, nós temos estúdios de orquestras, artes plásticas, as quadras esportivas e o nosso famoso centro aquático. -Uau! Harry: Ah, nesta parte, é a cozinha e aqui, ao ar livre, o restaurante. -E aqui? Você não disse. Apontei para o prédio do lado esquerdo do prédio principal, o oposto dos dormitórios e todos os outros. Aparentemente, no final do jardim sem fim. Harry: Oh, eu esqueci. Esse prédio abriga os professores e nos primeiros andares, os seus filhos, que formam a Babies, com uma sequência numérica. Depois você vai saber como funciona. -É isso? E agora? Harry: Bom, eu mesmo quero te mostrar o prédio principal, mas para começarmos de verdade.. Vi-o enrolar o mapa novamente e coloca-lo exatamente aonde estava antes, em seguida, estendeu a mão na minha direção e eu tentei adivinhar o que ele estava querendo dizer. Um aperto de mão é que não é. Harry: Coloca o piercing aqui! -Não vou tirar o meu piercing. Você sabe o quanto demorei para convencer o meu pai até conseguir colocar isso? Harry: Não é culpa minha.. Só coloca aqui, Isabella. Piercings, tatuagens ou cabelos pintados não são permitidos. Eu gargalhei em um tom de deboche e levantei meus cabelos, mostrando o símbolo feminino em tinta preta na minha nuca. Tirei o meu piercing de argola e coloquei na palma da mão dele com uma certa brutalidade, desviando nossos olhares. -Era só isso? Harry: O celular. -E se eu precisar falar com o meu pai? Voltei a olha-lo. Estava odiando-o tanto quanto odeio o meu pai e não sei porque cheguei a pensar que ele seria bonzinho. Odeio mais ainda quando pude jurar ver um sorriso bobo no seu rosto. Harry: O que vai precisar falar com ele? -Não sei, e se faltar alguma coisa? Harry: O que acha que vai faltar, por exemplo? Está em um lugar com comida, água e oxigênio. Não falta nada para você. -E se faltar absorventes? Ele pareceu não ter resposta e eu fiz uma pequena comemoração que arrancou uma risada acompanhada de uma revirada de olhos dele. Harry: Me dá esse celular logo, Isabella! Você pode usar o telefone da minha sala.. Ele apontou com a cabeça para o telefone que estava em cima da mesa. Não dá nem para mandar uma mensagem com isso.. Rolei os olhos, tirando o celular da bolsa e coloquei na mão dele. -E agora? Já? Harry: A bolsa. -Mas que c*****o é isso? Está me roubando? Harry: Não admito palavrões também, senhorita. A bolsa, por favor. Ele disse sério e eu o entreguei, bufando. Vi-o tirar da bolsa os cigarros, as chaves de casa e do carro, meu piercing reserva, meus pares de brincos e o batom vermelho. Por fim, colocou tudo dentro da bolsa novamente e jogou atrás de si. Harry: Não vai precisar de nada disso. Por sinal, não é permitido maquiagens muito fortes por aqui. -Ah, estou muito surpresa. E o que mais? Temos que prender o cabelo também? Harry: Não, mas é uma boa idéia, menos para você que vai ficar expondo essa tatuagem. Mas eu vou anotar sua sugestão. Ele disse levantando-se da poltrona preta e que parecia muito confortável. Espero nada menos do que isso do meu dormitório. -Não foi uma sugestão, foi um pedido de socorro.. Você pode me mostrar o colégio agora ou quer revistar os bolsos do meu short ainda? Harry: Vamos.. Ah, você pode ficar com isso. Ele disse colocando os pares de brincos na palma da minha mão e sorriu. Devolvi-o com um sorriso forçado, expressando minha raiva e levantei, caminhando até a porta. Harry: Aqui é o porão. Ele disse enquanto caminhavamos devagar pelo corredor do prédio principal. Apontava para as portas. -Estive curiosa por isso. O que tem dentro? Harry: Só poeira! O que queria que tivesse em um porão? -Sei lá. Aquelas coisas de filme que tem um caminho secreto ou.. Harry: Não temos aqui! Eu revirei os olhos, cruzando os braços e ele riu, pela minha decepção tão visível. Harry: As bibliotecas. -Você, quer dizer, as infinitas bibliotecas. Harry: É. Nós temos a biblioteca individual, caso não consiga estudar no seu quarto. A biblioteca coletiva para fazer os trabalhos em grupo, fora das salas de aula. A biblioteca virtual que conta com os computadores que você pode usar, fora das aulas, para as pesquisas úteis. E aqui, a biblioteca que armazena os livros. -Há livros legais por aqui? Harry: Indica que adolescentes gostam.. -Contos eróticos? Harry: Isabella?! Me olhou sério, repreendendo-me. Eu não consegui fazer mais do que ri da sua cara. Ele é tão certinho fora daquela sala.. -Eu só estava brincando. Eu disse ainda rindo, coloquei as mãos nos bolsos do meu short e continuei andando até o final do corredor cheio de portas. Harry: Ok. Aqui é a sala de estar. Você pode assistir televisão ou escutar música, sei lá. Se passar daquela porta, está no restaurante, onde vai vir para as refeições todos os dias e ao lado, os banheiros. Ele disse apontando para a porta, do lado contrário da porta de saída e eu apenas assenti. Nos andares de cima, ele me disse que pertenciam aos professores e funcionários para reuniões e etcetera. Pude perceber já que o tempo todo, adultos bem vestidos subiam. Nós continuamos andando até sair do prédio principal, indo em direção as houses. -Até o momento, o jardim é a minha parte favorita. Eu disse enquanto caminhavamos em direção as houses. Realmente. Era verde e por um segundo me fez lembrar dos seus olhos. Haviam, em uma parte afastada, algumas mesas redondas e bancos. Também era coberto de árvores -era outono e podia ver muitas folhas secas e alaranjadas por cima da grama-, arbustos arredondados, flores e vasos com plantas. Tudo parecia bem cuidado no jardim. Harry: Por enquanto. -Como assim? Harry: Vai se familiarizar com as salas de aula, talvez a piscina ou o teatro. Quem sabe, com a minha sala. Eu sorri, pensando se realmente seria possível e se isso tudo não passaria de brincadeiras nossas ou apenas minha. Pensei em responde-lo mas ele continuou trabalhando. Harry: Os dois últimos prédios são masculinos, sendo liderados pelas senhoras Nelson e Edwards, o qual você deve permanecer longe, não há necessidades de conhecer. -Qual é?! Eu revirei os olhos. Qual é a lógica? Ficar em um prédio cheio de mulheres só vai me impulsionar a me interessar por elas.. E eu não vou ficar triste com isso, nem por um segundo. Harry: Os outros dois prédios são femininos e você vai ficar no quarto prédio, já que o outro está lotado. Oh, olá! Uma mulher sorridente, que parecia não ter defeitos dentro de seu blazer bem passado e os scarpin, aproximou-se de nós dois e, gentilmente, apertou a minha mão e a dele. Harry: Essa é Jade Thrilwall, housemaster da casa quatro feminina, que você vai ocupar agora. Jade: Olá! Parecia gentil e o seu olhar, marcado pelos olhos castanhos claros e os cílios curvados, pareciam me avaliar. Sentia-me levemente intimidada perto dela. Harry: E essa é a aluna nova que eu comentei há alguns dias, Isabella Coleman. -Oi.. Harry: Há uma garota que estava sozinha no quarto e eu coloquei você com ela. É uma excelente aluna. Jade: Oh, a Janet é incrível! E só para lembrar, você vai ficar no terceiro andar e seu quarto é o número trinta. Nós iniciamos as suas aulas amanhã! -Ok. Obrigada. Harry: Muito obrigado pela sua atenção, Jade. Ele disse apertando a mão dela mais uma vez enquanto preparava-se para voltar a andar. Jade: Não foi nada.. Qualquer coisa, é só me chamar, querida. -Pode deixar. Harry e eu entramos no prédio quatro, havia um tipo de escritório gigante, provavelmente para a Jade, que lidera a house. Devia ficar de segurança por aqui.. Subimos as escadas até o terceiro andar e eu perguntei-me todo o tempo porque não investiu em elevadores. Era rosa antigo por dentro, quase um branco com corredores vazios, apenas as portas do vinte e nove ao quarenta e dois, com dois banheiros no final. -Ela é nerd? Apontei para a porta, referindo-me a garota que iria dividir quarto comigo. Não queria ter que lidar com uma pessoa que ficaria chorando porque tirou nove e não dez, toda a noite ou que iria encher o meu saco para estudar álgebra com ela. Harry: Isso não é a coisa mais importante, quero que trate-a bem. -Veremos.
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