CAPÍTULO 1

1059 Words
Copyright © 2022 Linda Evangelista Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa. Todos os direitos reservados. É proibido o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios (tangível ou intangível) sem o consentimento escrito da autora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.2018. OLIVER THOMPSON Estou no último andar, encarando as ruas movimentadas pela vidraça, do imponente prédio do Grupo Thompson Oil Company, uma das maiores empresas do ramo do petróleo do mundo. Sou o Rei do petróleo, é assim que as pessoas me chamam, além de me enxergarem como um CEO impiedoso, rigoroso e frio. Por ter tudo, alguns questionam o motivo de eu ser desse jeito. Mas digo que a vida me moldou assim, ela me ensinou da pior maneira possível como me tornar esse homem e não pretendo nunca esquecer essa lição. Eu aprendi a gostar desse novo Oliver. Gosto de ter as pessoas abaixando a cabeça para mim, do respeito que demostram ter por quem eu sou e de ser temido por onde eu passo... — Ollie, o que foi que deu na sua cabeça para ter saído ontem daquele jeito? Eu me viro para a porta do escritório e encaro a única pessoa dessa terra que não me teme, não me obedece e acima de tudo não demostra ter o mínimo de respeito por mim. Logo atrás dela está minha secretária mortificada de medo. — Desculpa, senhor Thompson, mas ela foi logo entrando e nem deu... — Pode se retirar, querida, tenho privilégios que ninguém tem. Então sai, sai, sai. Sorrio com a cena a minha frente. — Amanda Lewis, a senhora não tem um marido e um filho para cuidar não? Ou o Colin ainda está te dando motivos para invadir minha sala? Ela se aproxima, me abraça e como sempre beijo o topo da sua cabeça. Amanda é uma amiga muito querida, um alento que a vida me deu. Como costumo dizer, ela é a redenção dos meus pecados e nunca vou permitir que conheça meu lado r**m e obscuro. Ela é a única que tem a minha bondade. — Ryan está na mansão com a babá, Lara e papai. Já meu amado marido está trabalhando nesse exato momento — diz tranquilamente se sentando na minha cadeira e me apoio na mesa, encarando a folgada. — E não era para a senhora estar fazendo a mesma coisa? Ela me olha com os olhos semicerrados. Amanda não gosta quando a chamam de senhora e faço isso apenas para irritá-la. — O que está acontecendo com você, Ollie? Estou começando a ficar preocupada. Ontem saiu da minha casa e nem se despediu. Depois que me casei me tornei insignificante para você? Pensei que fossemos amigos de verdade — diz com uma nítida tristeza em seu olhar. Confesso que ver Amanda feliz com a família que construiu me deixa com um sentimento de perda, porque sei que nunca vou poder ter a minha família. Não sou mais um homem capaz de criar laços de amor e sentimentos tão fortes por uma mulher. Sou muito feliz por ver minha amiga querida, finalmente tendo a vida que merece. — Você nunca será insignificante na minha vida e nunca mais repita uma besteira dessa. Sabe muito bem o grau de importância que você e Ryan tem na minha vida. — Então o que aconteceu? Na verdade, o que está acontecendo com você? Prefere falar por bem ou por m*l? — Levanta as mangas da blusa que veste. Até parece que essa pequena mulher vai conseguir me derrubar. — Amanda, tive uma emergência só isso. Saí com pressa e não me despedi de você. — MENTIROSO! Deus que mulher difícil. — Amanda... — Fala comigo, Ollie. Até a Emily está começando a ficar preocupada com você. Quer que eu a traga na próxima vez para invadir a sua sala? Respiro fundo e decido abrir o jogo com ela, pois, sei que ela não vai desistir fácil. — Meus pais estão me enchendo o saco para que me case e tenha um filho. Segundo eles, estou ficando velho. A esperança de mamãe era você, mas com o seu casamento, os planos dela e os meus foram por água a baixo. — Seus planos? — Sim, meus planos e sabe muito bem quais eram. — De novo essa história, Oliver? Nem começa. Você queria me usar para carregar seu bebê de ouro e até estaria disposta a te ajudar, mas agora tenho minha família. Seus pais têm razão já está passando da hora de você construir a sua. — Sabe que não quero isso, eu não... — Você nem mesmo se dá uma chance de tentar, Ollie... — EU JÁ TENTEI E NÃO DEU CERTO, p***a! VOCE NÃO SABE DE NADA, NÃO CONHECE MINHA HISTÓRIA, ENTÃO NÃO ABRA A BOCA PARA FALAR MERDA. — Pela primeira vez desde que nós conhecemos grito com Amanda. Esse é um assunto que me tira dos eixos e a cara de decepção com que ela me olha agora me faz perceber o que estou fazendo, descontando nela uma frustração, a qual ela não tem culpa. — Não grite comigo que não sou uma das suas putas. Para falar a verdade, nem mesmo uma p**a merece ser tratada desse jeito. Tem razão senhor Thompson, realmente estou vendo que não conheço o senhor. Achei que conhecesse, mas estava enganada. — Levanta da cadeira, pega sua bolsa passando por mim, e anda em direção à porta. — Amanda, por favor... — Não Oliver, se tem uma coisa que aprendi com você esse tempo que nos conhecemos é que você nunca fala o que não quer. Não se preocupe, não vou mais invadir a sua sala. Quando quiser ver o Ryan ligue para o Colin ou para Lara. Amanda não permite que me desculpe e sai da minha sala batendo a porta com força. Só a Amanda mesmo para ter coragem de fazer isso. — Mas que p***a! Desde quando essa mulher se tornou tão sensível? Amanhã com ela mais calma, a procurarei na galeria e me desculparei.
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