Vegas

1144 Words
Bryan Me levanto de mau humor porque Damon mencionou uma viagem, uma que eu não quero ir, mas que ele não confia em mais ninguém para estar em seu lugar. – Fico te devendo uma Bryan. – Disse sorrindo. – Damon e eu temos uma boa relação, não apenas como Don e Sub, mas como família, fiz questão de proteger meu primo no passado, quando estava apenas aprendendo, não sabia como nossa vida era, mas agora ele é tão duro e frio como aço. – Eu não caio mais nessa Damon, você nunca me paga o que fica me devendo. – Mas me lembro... – Respondeu. – É importante, e eu não tenho paciência para aqueles engomadinhos, você é melhor em negociações do que eu, se me tirar do sério vou acabar matando alguém e dando mais trabalho para você. Maldição! O pior é que ele está certo, eu sou melhor cuidando disso, mas queria não ser, ele vai acabar fazendo alguma coisa por aqui, Damon virou uma máquina de matar e pior é que gosta disso e gera problemas e muito inimigos. – Eu preciso de férias! – Aproveite um tempo em Vegas, aquele lugar tem muito o que pode te distrair, fique algum tempo, se precisar de você eu aviso. – Ele sabe ser convincente. Assenti. – Está bem. – Eles vão ficar uma fera por você não ter ido. – Eles têm muito medo de você para pensar em reclamar, ainda mais porque você não queria ir. – Você já me convenceu, pode parar de me bajular. – Sorri. – Vou me preparar para partir, nos vemos em alguns dias, não vou demorar, eu também odeio aqueles engomadinhos. Algumas horas depois eu já estava a caminho. – Assim que chegarmos eu vou até o hotel, tenho muito o que fazer lá, mas vocês podem verificar a casa, não sei como está, faz tempo que não voltamos aqui por problemas. Arrumem alguém que cuide e limpe tudo, amanhã eu vou para lá. – Sem senhor. – Os poucos homens que trouxe comigo responderam. – Quem vai com o senhor para o hotel? – Um me perguntou. – Vou sozinho, não se preocupem comigo, eu me viro bem. – Como se eu precisasse de alguma babá, Damon às vezes me tira do sério. Minha chegada ao hotel causou um grande alvoroço, sei que não era a mim que esperavam, mas com a minha cara de poucos amigos eu duvido muito que alguém vá mencionar isso. – Boa noite Sr. King, que bom revê-lo. – A mentira dele chega a ser ridícula. – Preparei suas acomodações, espero que tudo seja do seu agrado. – Eu também espero, mas não vou ficar muito tempo, quero resolver a merda que que vocês fizeram e voltar para casa, odeio que me tirem a paz por irresponsabilidade. – Ele engoliu seco. – Vou levá-lo até seu quarto, me acompanhe por gentileza. A reunião foi marcada para o dia seguinte a tarde, então ainda teria um tempo para brincar no cassino e aproveitar a piscina, é o máximo que vou ter desse inferno de lugar. No meu andar há apenas uma suíte, impossível que alguém chegue até mim sem um cartão de acesso no elevador, assim ninguém pode me importunar. Assim que tomei banho desci para o cassino, ficar no quarto sem fazer nada só iria servir para me deixar irritado. Assim que entrei no cassino, meus olhos caíram numa mulher que estava do outro lado da mesa de blackjack, eu raramente reparo em mulheres ao meu redor, mas essa, seu olhar marcante e a boca vermelha chamaram minha atenção. – Boa noite. – Sorri a olhando diretamente. A muito tempo uma mulher não me interessa, mesmo que seja apenas por sua aparência, a mulher é uma gostosa. O vestido vinho se ajusta com tanta perfeição ao corpo que parece uma segunda pele. – Boa noite. – Sua voz é como música e enfeitiça diretamente o meio de minhas pernas... Virei um tarado... Seus olhos também não desgrudaram dos meus. Mulher de atitude. Me sentei à mesa, ela estava jogando e ganhando muito ao que parece. – Além de muito bonita é inteligente e sabe blefar. – Um dos senhores à mesa cochichou alto para mim fazendo-a sorrir. – Esteja preparado para perder, a beleza dela engana. Não pude deixar de rir das informações que ele me passou. – Estou pronto para deixar uma grana aqui, pode deixar. – Cochichei de volta. – E farei questão de perder só para conseguir admirar a beleza dela por mais um tempo. ­– Pisquei. Não sabia que ela estava acompanhada até um homem aparecer ao seu lado. – Preciso roubar minha esposa por um instante. –Pontuou. – Ela parece já ter chamado atenção demais por aqui. – Seu olhar raivoso não descolou de meus olhos. – Parece que tenho que comprar uma aliança maior. – Mas eu estava ganhando... – Resmungou olhando para o marido. – Quero jogar só mais um pouquinho. Ele a pegou pelo braço e não pude deixar de notar que não foi com delicadeza, a pele ao redor dos dedos ficou branca pela pressão de seus dedos. – Vamos Diana, você tem dinheiro o bastante, não precisa do de uma mesa de jogo... – Rosnou com raiva m*l contida. – A senhorita estava contente com o jogo, por que está tirando-a daqui? Se junte a nós. O que acha? O rosto do homem ficou num tom de vermelho vivo. – Como eu disse, ela é minha esposa, é senhora, não senhorita! E acho que ela está cansada. – Olhou para ela. – Não é querida? – Ela o encarou sem responder. – Tenham uma boa noite. Os seguranças do cassino se aproximaram de nós. – Sr. King, algum problema aqui? – Fuzilaram o marido com o olhar. – Se ela disser que está tudo bem, então está tudo bem. – Sorri para ela e vi o aperto ficando mais forte em seu braço. – Está sim. – Se levantou. – Tenham uma boa noite. Observei enquanto os dois se afastavam e vi quando ela olhou para mim uma ultima vez, era como estar pedindo socorro, mas a chance de pedir ajuda eu dei, ela foi covarde e não aceitou. Continuei a jogar e não a vi pelo resto da noite, só esbarrei com o marido em algumas mesas de jogos cercado por outras mulheres e sempre que me via fechava a cara e eu sorria. É cansativo ser o racional, muitas vezes eu só quero deixar que meu monstro interior saia e destrua tudo ao meu redor, mas colmo Damon já assumiu esse papel, alguém tem que dosar e ser mais comedido. Deixei isso de lado, é apenas um i****a que se casou com uma bela mulher, não vim aqui para adquirir mais dor de cabeça.
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