Capítulo 8

1815 Words
Nina narrando: — O que… — Eu disse, confusa. — Provavelmente depende do seu humor. — Victoria disse. — Quando você está preocupada ou assustada, sua mente empurra seu escudo para fora como um reflexo, e quando seu humor muda ou melhora, ele é puxado de volta. Não tenho certeza, no entanto. Como eu disse, nunca encontrei ninguém como você antes. Você ganhará controle sobre isso com o tempo. Todo mundo aprende como trabalhar com seu dom ao longo das décadas. Balancei a cabeça em resposta. Eu estava muito confusa para fazer mais perguntas no momento. De repente, lembrei-me de que ela havia se apresentado, e eu ainda não o havia feito isso. — Eu sou a… Nina — falei, uma breve lembrança de uma garota, que eu tinha quase certeza que era eu, dizendo a uma figura borrada que ela preferia ser chamada de Nina. Ela sorriu de volta para mim, quando um pensamento aleatório me atingiu com força. — Espere… em anos… o longo das décadas… você quer dizer que somos imortais? Meus olhos estavam arregalados de curiosidade. A imortalidade era real, e agora eu estava nessa categoria? Foi bizarro e inimaginável. Peter foi quem respondeu. — Sim, recém-nascida. — Ele sorriu para mim — Você pensa rápido. Estou surpreso. É inédito na sua idade. — Obrigado i****a. — Eu sorri de volta para ele — E, oh, é Nina e não “recém-nascida”. Não gostei do fato de ele ainda estar me estereotipando ao me chamar de recém-nascida, o que quer que isso signifique. Ele apenas riu de volta, balançando a cabeça com diversão, fazendo a fúria crescer dentro de mim. Sério, quem é esse cara? Ele é irritante. Acho que Victoria tinha razão quando o chamou de "pé no saco". — Mas quantos anos você tem? — perguntou Victoria. Ela parecia uma pessoa muito melhor para conversar, então fiz a coisa certa na situação e ignorei o i****a. — Eu tenho dezessete anos. Peter parecia estar em seus vinte e tantos anos e Victoria em seus vinte e poucos anos. Victoria sorriu. — Oh, não querida. Não seus anos humanos. Uma vez que você se torna um vampiro, o que eu já estou assumindo que você sabe que você é, a idade é medida de forma diferente. A idade em que você mudou e a idade tendo em mente os anos que você passa na vida imortal. Tenho cento e dezenove anos, mas mudei aos vinte e quatro. Todo vampiro tem duas idades, uma a idade real e a outra, a idade em que você está preso. Balancei a cabeça, um “oh” saindo da minha boca. — Eu me tornei “isso” aos dezessete anos, e acho que teria algumas horas de idade. Eu “acordei”, se esse é o termo correto a ser usado, em algum momento da noite passada. Não me lembro exatamente. Sua boca se abriu em choque, e até mesmo Peter ficou um pouco assustado ao ouvir minha resposta. — Você é tão jovem… Você não tem nem um dia de idade. Eu apenas dei de ombros em resposta. O que eu deveria dizer sobre isso? — Uau. Você está calma demais. Geralmente os recém-nascidos, o período do recém-nascido dura um ano e meio após a transformação, todos são selvagens e desenfreados. Eles não conseguem manter uma conversa adequada. — Você… se não se importa que eu pergunte, — Victoria disse suavemente — Você se lembra de suas memórias? Você as recuperou novamente? — É normal perdê-las? — sussurrei, esperando que minha perda de memória fosse normal e fizesse parte dessa infeliz experiência de recém-nascida. Eu não queria saber que eu era a estranha aqui. Ela sorriu. — Sim, é muito normal. Acontece com todo mundo, e você vai recuperá-las em breve, se ainda não as recuperou. Eu balancei a cabeça, aliviada — Eu me lembro de pedaços. As memórias vêm em intervalos. Ela acenou com a cabeça, seu silêncio me dizendo que isso também era normal. — Isso não é verdade. — Peter se intrometeu novamente - Nem todos os vampiros recuperam suas memórias. Sophia não. Ela não se lembra de nada de sua vida humana, exceto seu nome. — ele apontou para Victoria. Uma onda de medo passou por mim. E se eu também não recuperasse minhas memórias humanas, nunca? Uma pequena parte da minha mente racional protestou, dizendo que eu já havia recuperado algumas das minhas memórias e que tal cenário realmente não era possível para mim, mas eu o afastei. Sempre houve exceções possíveis. Victoria suspirou, acenando com a mão para Peter. — Depois ele se pergunta por que eu insisto em falar na frente de outros vampiros. Peter apenas fez beicinho para ela, enquanto Victoria mais uma vez olhou para mim — Sophia, uma conhecida nossa, ela é uma exceção. Ela acordou sem absolutamente nenhuma memória humana dela, e ela nunca pareceu recuperá-las novamente. Mas, também temos que ter em mente, — ela olhou para Peter novamente — Ela foi internada antes de sua mudança. A terapia de eletrochoque que ela foi obrigada a passar estava fadada a deixar um efeito. Senti um pouco de simpatia crescer em mim. Foi lamentável, com certeza. "Sophia" O nome se repetiu na minha cabeça por alguns minutos. Eu já tinha ouvido esse nome antes. Eu tinha certeza disso. Mas aonde? Eu não conseguia me lembrar. Então, novamente, Sophia era comparativamente um nome bastante comum. Teria sido estranho se eu nunca tivesse ouvido esse nome antes. — Ela teve suas visões, no entanto. Eles a guiaram sobre o que fazer e o que não fazer. — Victoria continuou. — Visões? — eu questionei, confusa. Ela acenou com a cabeça — Sophia é uma vidente. Ela pode ver o futuro com base nas decisões que uma pessoa toma. — Todos... todos os vampiros têm dons? — Eu perguntei nervosamente, feliz que pelo menos alguém estava disponível para me dar essas respostas. — Não, não todos. — Ela disse com um encolher de ombros — Alguns sim. Como você tem seu escudo, Peter também tem um presente, que ele nunca aceitará como um presente... — Não é um presente. — Peter afirmou com firmeza. — Eu disse a você, — Victoria sorriu para mim — Peter é muito intuitivo. Ele apenas saberá quando algo tem que ser feito, ou quando temos que estar em algum lugar em algum momento no futuro. Vai ser apenas um pensamento em sua cabeça e a sensação de que isso precisa ser feito. Simplificando, ele simplesmente não sabe quase nada. Na maioria das vezes, ele nem sabe por que sua ação deve ser feita, como eu disse é apenas um sentimento que ele tem. — Há um mês, tive a sensação de que tínhamos que estar aqui, em Galveston esta manhã, e aqui estamos. Percebemos que estávamos aqui para você depois que chegamos. — Peter continuou. — Galveston... Texas? — Eu perguntei, levantando minhas sobrancelhas. Victoria acenou com a cabeça. — Sim. Bem-vinda ao Texas. — Ela brincou com um sorriso. Eu balancei a cabeça, oprimida por está sobrecarregada de informação. Eu nunca tinha estado no Texas antes, no entanto, pelo menos nenhuma lembrança surgiu quando fiz essa pergunta à minha mente. — Você fica por aqui em algum lugar? Temos uma casa em Houston. Nos mudamos a cada poucos anos, mas nunca vendemos nossas casas. — Peter respondeu. — Peter — Victoria interrompeu — É realmente coincidência, você não acha? A vida de vampiro de Luke começou em Galveston com Helena contando a ele tudo sobre nossa espécie e fazendo-o se juntar ao exército dela neste mesmo lugar, e agora quase dois séculos depois, Nina também aprenderá sobre nossa espécie neste mesmo lugar. Embora ela tenha sido mordida em outro lugar, era aqui que sua jornada deveria começar. Uma jornada completamente diferente, mas ainda assim uma jornada. Peter acenou com a cabeça. — Sim, mas somos melhores do que Helena para educar alguém. Victoria concordou com a cabeça. Luke (nome familiar de novo), Helena... Quem eram todas essas pessoas? Seria mesmo possível estar tão confusa, como eu estava agora? Victoria finalmente teve pena de mim e respondeu à minha pergunta silenciosa. — Peter e eu temos o mesmo pai, Luke, e Helena é a mãe dele. Senhora muito c***l. Estou feliz que ela esteja morta. Seu assassino fez um favor a este mundo. Eu balancei a cabeça com isso, mais uma vez sem saber que outra reação fornecer. Ela sorriu para mim. — Temos uma casa aqui perto. Você quer voltar conosco para tomar banho e trocar de roupa? Também podemos responder a qualquer outra pergunta que você tenha para nós. Olhei para minhas roupas gastas, uma camisa que definitivamente tinha visto dias melhores e um par de jeans. Eles ainda estavam molhados, surpreendentemente, do meu mergulho anterior, e para não esquecer, havia manchas de sangue por toda a minha camisa. Eu fiz uma careta com a lembrança do fato de que eu tinha acabado de m***r um humano. Olhei para o corpo para lamentar mais uma vez esse fato. Eu tinha tirado a vida de um inocente, e a parte triste era que eu sabia que teria que continuar fazendo isso de novo e de novo. Eu era imortal e está era a minha comida. Que outra escolha eu tinha? Eu precisava me sentir saciada novamente, o que senti quando aquele sangue quente desceu pela minha garganta. — Nina — Victoria me chamou suavemente — Todos nós já passamos por isso. A primeira vez é sempre a mais difícil. — Eu não queria isso. Eu não tinha pedido para ser um vampiro. Eu nem queria ser um. Eu estava feliz do jeito que estava. Victoria suspirou com simpatia. — Nenhum de nós quer. Eu não acho que ninguém em nosso mundo tem essa opção de ouro para escolher se eles querem isso ou não. É apenas uma mordida, e acabou para nós. Mas Nina, você tem duas escolhas a partir daqui. Você pode ficar pensando nisso pelo resto da eternidade, você ficará surpresa ao saber quantos vampiros escolheram está opção, ou você pode aprender a viver com isso... como nós. Nós aceitamos isso e estamos felizes em nossas vidas; mortos-vivos vivem com certeza, mas ainda felizes o suficiente. Então, o que você escolhe? Eles estavam esperando que eu respondesse e, enquanto pensava nisso, a resposta para mim era clara. — Eu escolho a segunda opção. Se não vou morrer nunca, prefiro viver uma vida feliz em vez de ser amarga o tempo todo. Peter e Victoria me deram grandes sorrisos com isso, seus olhos me dizendo que eles estavam aliviados e felizes em saber da minha resposta. — Então, agora vamos voltar para nossa casa? — Victoria questionou, olhando para mim. Balancei a cabeça concordando. Acho que era hora de fazer um novo começo.
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