Capítulo 26

1137 Words
Nina narrando: A voz de Luke era forte, autoritária… ele tinha algo na voz que eu nunca havia conhecido antes, isso me excitou. Eu sempre fui atraída por homens que podiam chamar a atenção apenas com sua voz ou aparência? Isso era seriamente atraente, de qualquer maneira. — Prefiro só Nina. — falei tentando fazer meu cérebro voltar a funcionar. Eu precisava definitivamente de um cérebro funcional no momento, não alguma paixão hormonal induzida por meio do cérebro. — Certo. — ele suspirou, esfregando a nuca. — Nina, o quanto você se lembra do seu passado? — Tudo. — eu disse, minha voz transmitindo nem um centímetro de insegurança ou dúvida interior. Era quase uma verdade que acabei de dizer. Eu me lembrava de quase tudo, começando com a minha saída do estacionamento de The Twilight School para a de que Bruce Crapper era um i****a total e um valentão do pior tipo na minha cabeça. As coisas ficaram um pouco nebulosas depois disso em minha mente, sendo capaz de me lembrar da memória de meu fusca quebrado e Bruce parando seu carro para me ajudar, mas de alguma forma minha mente ainda estava, possivelmente, tentando bloquear, impedir que os sons daquela conversa em particular me alcancem. Fosse o que fosse, foi traumático para minha mente humana e, portanto, ainda estava parcialmente impedido de me atingir. Era quase como assistir a um filme sem som. Eu podia ver tudo acontecendo na minha cabeça em avanço rápido, mas as palavras ditas ainda eram um mistério. De qualquer forma, não era como se fosse um quebra-cabeça para resolver. Eu podia entender tudo o que havia acontecido apenas pelas próprias imagens. De qualquer forma, eu também tinha outro motivo para dizer essa meia mentira. Dessa forma, eu poderia tentar obter mais informações de Luke do que poderia pensar em obter de outra forma. Luke acenou com a cabeça em resposta, suspirando mais uma vez audivelmente. — Então, você sabe que Bruce… — Sim. — eu o interrompi. — Eu me lembro perfeitamente de como ele me mordeu, roubando minha vida com apenas uma mordida. Eu não tive uma vida humana perfeita de qualquer padrão ou medida. Cresci em uma família em que meu pai e minha mãe m*l se falavam e nunca eram educados. Eu era uma espécie de prêmio que mudava de um pai para o outro - dois meses do verão com James e o resto do ano com Emma. Ninguém se preocupou em perguntar se era isso que eu queria. Esperava-se apenas que eu concordasse com o que eles dissessem. Eu deveria ser a criança obediente que nunca reclamava e fazia tudo o que se esperava dela. Sin City havia sido minha segunda chance, a chance de eu realmente viver um pouco para mim antes de ir para a faculdade e fazer o que os adultos faziam, e isso era o que doía mais. Era como se eu pudesse ver meu destino diante dos meus olhos. Então, como eu estava dizendo, não tive uma vida perfeita, mas tive esperança de encontrar essa vida perfeita um dia, e agora, infelizmente, não tive vida, exceto esta vida de caçar, m***r e ver os dias passarem. E foi tudo culpa dele. — Eu só quero saber uma coisa… Essa dieta vegetariana, que sua família segue, é uma fachada para m***r ou transformar humanos inocentes e desavisados? Eu sabia que estava sendo rude e que não era culpa de Luke, mas ainda assim não pude evitar. Eu estava magoada e com raiva, e essa era minha maneira de expressar meus sentimentos. Luke suspirou novamente. — Não, não é assim. Bruce… ele não queria… — Significa o quê? — Eu rudemente o interrompi. — Queria me m***r, queria me deixar viva, queria me mudar, quer dizer o quê? Olhei diretamente em seus olhos, desafiando-o a ser o primeiro a desviar o olhar. Minha fúria era inigualável no momento. Ele não o fez, para minha surpresa, pois uma camada de calma caiu rapidamente sobre mim. — Não. — Eu o avisei. Eu não queria ser acalmada. Eu gostaria de já ter trabalhado com esse meu escudo. Eu poderia bloquear seus poderes depois que terminasse de dominá-lo, ou pelo menos tentar fazê-lo após aprender o básico. Ele murmurou um “desculpe senhora” em um pedido de desculpas genuíno, seus maneirismos me lembrando a personalidade de um cavalheiro sulista. — Então… — levantei minha sobrancelha em questão, exigindo uma resposta dele. Bem, eu teria preferido obter essas respostas daquele meu senhor, mas você nem sempre pode ser exigente com o que recebe. Como dizem, mendigos não podem escolher. Ele acenou com a cabeça, murmurando para si mesmo. — Então, aqui vai. Nina… — ele disse em voz alta. — Você era a cantora de Bruce. Seu sangue cantava para ele, como a mais saborosa barra de chocolate irresistível colocada na frente dele. Você era, de certa forma, sua marca pessoal de h*****a. Você provou o sangue de um humano, e sabe como é difícil se abster. Multiplique a vontade… essa tentação a mil e você terá a tentação de beber o sangue do seu cantor. É impossível parar. Você não pode pensar em outra coisa se não consumir seu sangue. Um vampiro fará qualquer coisa, matará quantas testemunhas estiverem por perto, apenas para obter uma gota disso. É tão simples quanto isso. Uma vez que você conhece seu cantor, você não consegue parar de pensar em beber cada gota dessa fina ambrosia. Como eu disse, é tão viciante e tentador quanto parece. Dei a ele um meio aceno curioso. Para não dizer que não acreditei nele, porque acreditei. Eu podia entender a dor na garganta pela sede de sangue humano, e se o que ele estava dizendo estivesse correto, então a atração pelo sangue do cantor era muito mais intensa do que o normal, mas ainda assim não pude deixar de ficar incomodada com o que ele havia dito. — Eu não havia pedido isso. — Argumentei de volta, minha voz tão baixa quanto um sussurro agora. — Não foi minha culpa que eu era a cantora dele ou algo assim. Por que eu deveria pagar por isso? — Eu sei… — ele sussurrou, passando uma mão agitada pelo cabelo. — Acredite em mim quando digo isso, a maioria de nós não quer estar aqui, neste mundo, assim. Eu teria morrido feliz como humano quando meu tempo estava acabando, assim como Peter, Victoria, Garrett, Kate ou qualquer um. Não pedimos isso. Estamos apenas presos a isso, tentando fazer o melhor com o que temos. Acenei silenciosamente com a cabeça. Eu não queria aceitar a derrota. Eu queria continuar lutando, mas e se Bruce também não tivesse escolha? — Você conheceu seu cantor? — Eu perguntei, curiosamente. Queria saber mais sobre esse negócio de cantor.
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