Capítulo 13

1177 Words
Nina narrando: — Sim, sobre eu encontrar meu Peter um dia — eu disse levantando minha sobrancelha, provocando — Eu só espero que ele não seja tão irritante quanto o seu. Peter protestou ruidosamente com um “ei!” enquanto Victoria e eu ríamos de sua expressão de indignação. — Então, você ia me contar sobre o conselho? — Eu disse assim que nos acalmamos, lembrando que eles deveriam me contar isso. Victoria foi quem respondeu. — O conselho é basicamente os líderes de nossa espécie — uma espécie de realeza. Eles vivem na Itália, em Veneza, e seu coven é responsável por manter a lei e a ordem em nosso mundo. Eles têm duas regras principais que devem ser seguidas por todos os vampiros, e são dignos de punição se não forem seguidas. — Regras? — eu perguntei. Ela acenou com a cabeça. — A primeira regra é que não podemos nos expor aos humanos. Eles não devem descobrir nossa existência. Quando caçamos, temos que ser discretos o suficiente para não sermos expostos. Quando matamos, temos que enterrar o corpo corretamente. Como eu disse, o sigilo é uma necessidade extrema. Se um humano descobrir a verdade, eles podem ser transformados ou mortos. Um humano deixado com o conhecimento de nossa espécie, é pena de punição, tanto para o vampiro quanto para humano. A segunda regra e principal é que não podemos sair à luz do sol. — Por quê? — Eu a interrompi. Nós não queimamos na luz do sol, queimamos? — Na verdade, brilhamos sob a luz solar direta. Você verá isso em breve. Alguém brilhando como um milhão de diamantes diante dos olhos do público não é realmente normal, não é? — Uau. — eu disse surpresa e igualmente chocada. Vampiros brilhantes, quem teria adivinhado? Ela continuou. — Além disso, existem algumas leis menores. Tipo, não podemos criar filhos imortais, você não pode caçar em Veneza, Ninguém pode manter os companheiros longe um do outro… — ela parou com um aceno de mão. Balancei a cabeça, meus olhos arregalados de surpresa. — Eu não poderia imaginar que os vampiros teriam tantas leis. Ela me deu uma pequena risada em troca. — O conselho são bons líderes, mas eles são obcecados por regras. Tudo e qualquer coisa é punível aos olhos deles. Eu apenas balancei a cabeça, absorvendo tudo. — Hey Vic. — Peter falou — Ela precisa saber sobre a regra do pai. Victoria se virou para olhar para Peter. — Tem certeza? Essa não é uma regra muito conhecida. Olhei para eles em confusão quando Peter acenou com a cabeça com um enorme sorriso para ela. — Então… — começou Victoria, mais uma vez brincando com as mãos — Outra regra menos conhecida do conselho afirma que um pai é completamente responsável pelo recém-nascido. Eles devem ensinar ao recém-nascido as leis de nossa espécie antes que eles possam se livrar de sua responsabilidade. Se um recém-nascido é deixado sozinho sem ser informado de nossas leis, é uma ofensa punível pelo conselho, e o recém-nascido pode exigir punição para o pai dele. — Sério? — perguntei, minhas sobrancelhas levantadas em questão. — Então, isso significa que meu senhor… Ela me interrompeu, acenando com a cabeça. — Sim, se formos até o conselho, eles definitivamente vão punir seu pai pelo que ele ou ela fez, mas essa deve ser nossa última opção. Nina. — ela suspirou — O conselho não é tão nobre. Eles têm maneiras de pegar o que querem, e pedir ajuda deve ser sempre o último recurso. Balancei a cabeça em compreensão. Eu tinha que confiar neles. Eles sabiam muito mais do que eu sobre as leis de sua espécie. Antes que pudéssemos falar sobre mais alguma coisa, porém, o toque da campainha interrompeu nossa conversa. Victoria se virou para Peter, quase como se perguntasse se ele sabia quem eram os visitantes, com Peter apenas encolhendo os ombros em troca, antes de ir verificar quem era. — Garrett, meu amigo. — veio a saudação alta de Peter apenas um minuto depois—- Que surpresa ver você aqui. Sentei-me mais reta no sofá. Eu podia sentir o cheiro de dois vampiros desconhecidos, e isso colocou meus instintos em alerta. Uma parte de mim queria lutar e eliminar a ameaça, mas outra parte minha mais racional só queria sair correndo daqui. O sorriso calmante de Victoria era a única coisa que me mantinha em casa. Menos de um minuto depois, Peter entrou novamente na sala de estar, seguido por dois vampiros desconhecidos - o homem tinha ombros castanhos desgrenhados e cavanhaque, e exibia um sorriso semelhante ao de Peter no rosto, e a mulher tinha cabelo loiro claro que ia um pouco além dos ombros. A parte estranha, porém, era que ela tinha os olhos dourados mais claros que eu já tinha visto. — Kate, Garrett. — Victoria abraçou rapidamente os dois vampiros, que agora estavam olhando para mim em questão. Engoli em seco no meu lugar, sentindo os olhos em mim enquanto eles esperavam que eu fosse apresentada a eles. — Oh, esta é Nina. — Victoria falou. — Ela acordou como um recém-nascido sozinha. Nós a conhecemos apenas algumas horas atrás. Ela quase não tinha ideia do que somos. — Oh! — disse Kate em um sussurro — Sou Kate Denali, e este é meu companheiro Garrett. — Ela apontou para o outro vampiro que apenas me deu um sorriso educado. Acenei com a cabeça para eles, replicando o sorriso. — Então, por que essa visita inesperada? — perguntou Peter enquanto os dois se acomodavam nas poltronas opostas onde eu estava sentada. Kate suspirou. — Eddie escorregou e matou seu cantor. Eles estão todos em nossa casa agora, e sinceramente, eu realmente gosto da família, mas não aguento mais a lamentação e a culpa, e não apenas por ele, mas por todos na família. Garrett e eu só tínhamos que sair de lá. De qualquer maneira, tínhamos uma visita marcada. Peter e Victoria apenas concordaram com a cabeça enquanto começavam a falar sobre esse tal de Eddie. Eu meio que escutei e meio que me concentrei em meus próprios pensamentos quando a voz de Kate me trouxe de volta ao presente. — Nina, Victoria estava me dizendo que você tem um dom — você é um escudo físico e provavelmente mental. Posso ajudá-la com isso, se quiser. Tenho trabalhado no meu dom há quase mil anos, então sei como trabalhar e fortalecer os dons. Balancei a cabeça, grata por sua ajuda. — Sim, eu gostaria disso. Ela apenas sorriu de volta quando Garrett e Peter mais uma vez começaram suas brincadeiras amigáveis. Adicionei minha opinião sempre que necessário e logo me senti confortável o suficiente na presença deles. Victoria trouxe os copos de vinho cheios de sangue para nós quatro; com Kate recusando porque ela só bebia sangue animal. Logo estávamos conversando e rindo como se nos conhecêssemos há anos, em vez de meros minutos, e senti como se tivesse encontrado mais duas pessoas em quem confiar em minha nova eternidade.
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