Capítulo 18

1191 Words
James narrando: Ele suspirou, seus olhos me mostrando a pena que ele estava sentindo por mim. Isso me deixou com raiva, em vez de me consolar. Ele me conhecia desde que estávamos no ensino médio. Eu não queria que ninguém sentisse pena de mim, isso fazia-me sentir fraco, algo que eu me recusei a ser. Eu não me permitia sentir-me fraco desde que Emma me abandonou com minha filha de apenas alguns meses. Eu não me permitiria nem chorar. Eu tinha que me manter forte. — James… Ele respirou fundo, como se estivesse compondo suas palavras — Já se passaram cinco dias… sem mais pistas. Provavelmente é hora de desistir e aceitar… Bufei para ele, com raiva. — É fácil para você dizer isso. Não é sua filha que simplesmente desapareceu no ar. Deixe-me lembrá-lo, você ainda fala com Rachel, que está estudando em Seattle, uma vez por semana, e você fala com Rebecca e seu filho de dois anos a cada três dias. E oh, Tomas ainda mora com você. Então, você não deveria estar me dando conselhos sobre como eu deveria aceitar o fato de que nunca mais verei ou falarei com minha filha novamente. Ele começou a se defender. — Não é o mesmo, e você sabe disso. — Deixe-me perguntar, Billy. — questionei — Você teria desistido e simplesmente continuado vivendo com sua vida da mesma forma se este fosse um de seus filhos? Seu silêncio enquanto olhava para seu colo foi a minha resposta. — Eu pensei o mesmo. — Eu disse sarcasticamente. — Então, agora o que você vai fazer? — ele me perguntou, oferecendo-me o peixe frito de Sue Clearwater, fazendo-me perceber que não comia nada há mais de vinte e quatro horas. Balancei a cabeça em agradecimento quando comecei a comer da caixa. Pensei na pergunta dele por um ou dois minutos antes de balançar a cabeça. — Não sei, mas deve haver alguma pista que estou deixando passar. Ela não deixou o estado ou foi vista em nenhuma área populosa. Alertei as outras delegacias. Alguém a teria visto se ela tivesse. Tenho quase certeza de que ela recebeu ajuda de um carro que passava, mas para onde ela foi e, mais importante, quem estava no carro com ela? Ela não é estúpida, Billy. Ela não aceitaria a ajuda de alguém que parecesse suspeito, e também não há marcas de estrangulamento ou força sendo usada. Ela conhecia a pessoa, ou pelo menos confiava nela o suficiente para aceitar sua ajuda. — James… — ele suspirou. — Eu ainda diria… isso será inútil. — Você sabe alguma coisa sobre isso, Billy? — Levantei uma sobrancelha em questão. — Você sabe onde está minha filha? Tentei intimidá-lo com a voz que geralmente chamava de ''minha voz de policial''. Ele suspirou, mais uma vez, balançando a cabeça. — Não. Eu não acreditei nem um pouco nele. Ele estava mentindo, ou pelo menos tentando esconder algo de mim, mas antes que eu pudesse questioná-lo mais sobre isso, ele falou. — De quem você suspeita? Balancei cabeça. — Eu não sei. Pode ser qualquer um neste momento. Ele acenou com a cabeça, ligeiramente aliviado por minhas palavras. Olhei para ele com desconfiança. Por que Billy ficaria aliviado? Alguém da reserva foi responsável por isso? Qual outro motivo ele teria para se sentir aliviado, a menos que soubesse com total certeza quem era o responsável por isso e estivesse tentando não divulgar o nome deles. Jacó… Não… ele era um bom garoto. Outra pessoa, provavelmente… Definitivamente tinha que ter algo a ver com aqueles segredos dele. Ele os chama de segredos tribais. Sempre que você perguntar a ele algo que ele não quer responder, ele responde com as palavras ''segredo tribal'', como se isso respondesse a todas as minhas perguntas. Eu ainda não entendia por que ele odiava os Crapper a tal ponto. Seu ódio por aquela família era completamente infundado, na minha opinião. Eles eram boas pessoas, um pouco estranhos, mas bons. Eu havia falado pessoalmente com o Dr. e a Sra. Crapper em algumas ocasiões. Eles eram pessoas decentes. — Espere! — eu disse em voz alta, as rodas do meu cérebro girando. Billy olhou para mim, questionando-me silenciosamente por minha explosão. — Quando a família Crapper deixou a cidade? — Eu perguntei, quase confirmando minha suspeita. — O que… o que eles têm a ver com isso? — ele perguntou nervosamente, seus olhos olhando para todos os lugares, menos para mim. Bingo! Eu havia atingido o alvo. — Eles deixaram Sin City exatamente quatro dias atrás. — Eu afirmei, minha voz fica cada vez mais segura a cada segundo que passa — A menos que esta seja a mãe de todas as coincidências e eles realmente estivessem indo embora nesta data programada em particular, você não acha que é um pouco estranho que uma família faça as malas e sai durante a noite, sem qualquer tipo de aviso. Ninguém sabia que eles estavam saindo, nem a escola, nem o hospital, nem mesmo os fofoqueiros desta cidade que se metiam nos negócios de todos. Se alguém soubesse com antecedência, isso teria se tornado de conhecimento público semanas atrás, e Billy, você sabe que não acredito em coincidências. — Mas… — ele disse nervoso — Isso não prova que eles estão envolvidos no desaparecimento de Nina. — Não, não. — Eu disse com um aceno de cabeça — Mas pelo menos sei por onde começar agora. — Como você vai encontrá-los? — ele questionou. Pensei sobre isso por alguns minutos. As chances eram de que ninguém soubesse para onde eles haviam se mudado, já que eles saíram sem que ninguém soubesse. — Alasca. — eu finalmente disse — Não foi de lá que eles vieram? Então é por aí que começarei. As chances são de que eles voltariam para lá, especialmente se tiverem cometido um crime. Eles não gostariam que as pessoas os encontrassem facilmente. — Mas… mas, como você vai procurar uma única família em todo o Alasca? — seus olhos estavam arregalados em descrença. Dei de ombros. — Registros escolares. Poderei encontrar uma coisa ou outra para me dar um começo. O hospital teria algum endereço anterior ou um número de telefone que pode me ajudar. — Isto é ridículo. — Ele disse — Isso pode levar anos. E o seu trabalho? Dei de ombros, novamente. — Ela é minha filha, Billy. Não tiro férias há anos. Posso tirar algumas semanas de folga e, se for o caso, deixarei com prazer meu cargo e emprego. Nina é muito mais importante para mim. — Isso vai ser perigoso. — Billy suspirou, finalmente. Concentrei-me em suas palavras. Ele definitivamente sabia algo sobre isso. — Eu ainda diria para você desistir. Ela se foi. Aceite. — Eu não me importo. Vou encontrá-la. Não aceitarei até que veja seu cadáver. Eu disse antes de começar a planejar mentalmente como faria os arranjos para minha viagem. Eu ia encontrar minha filha aconteça o que acontecer. Eu não me importava com o quão perigoso isso acabaria sendo. Ela tinhavia acabado se mudar para morar comigo. Eu não iria perdê-la tão cedo novamente.
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