3- Evellyn

3599 Words
— Srta. Kannenberg? O seu pai está na linda dois, posso passar a ligação? — Diz Alice minha secretária parada na porta da minha sala. — Sim Alice, pode passar, eu preciso mesmo falar com ele, obrigada. — Digo enquanto faço as minhas anotações e logo ela sai fechando a porta atrás de si, depois de alguns segundos o telefone da minha mesa toca e eu atendo. — Oi papai... Eu preciso mesmo falar com você, ainda está na empresa? — Pergunto sem parar o meu trabalho. — Sim filha eu estou na minha sala, você pode vir até aqui? Eu preciso conversar com você mas não posso esperar chegar em casa... Tem que ser agora. — Diz ele em um tom bastante sério e isso me faz parar o que estou fazendo para prestar atenção na sua voz. — O que aconteceu papai? É algo sobre a empresa? Está tudo bem? — Pergunto já me preocupando e me levanto apreensiva. — Não se preocupe querida está tudo bem... De uma certa forma tem haver sim com a empresa mas é algo que pode nos beneficiar ainda mais, bom, venha até a minha sala querida, conversaremos melhor pessoalmente está bem? Estou te esperando. — Diz ele em um tom mais empolgado e essa história toda me deixa confusa. — Tudo bem papai eu já estou indo, te vejo em cinco minutos. — Me despeço e logo encerro a chamada. Pego os relatórios que eu estava revisando e os coloco na gaveta trancando-os com chave, deixo as minhas coisas sobre a mesa pegando apenas o meu celular e saio da minha sala passando por Alice, aviso a ela que estou indo ver o meu pai e se ela precisar de mim é só ligar na sala dele. Vou para o elevador e subo para o vigésimo nono andar onde fica a sala da presidência, ou seja, onde fica a sala do meu pai, nós temos cinco companhias aéreas onde trabalhamos duro para manter o prestígio que temos hoje, e graças aos altos lucros dessas companhias que vamos cada vez mais longe nos negócios e eu me orgulho muito do nosso trabalho. Chego no andar da presidência e vou direto para sala do meu pai, a secretária dele nem precisa me anunciar já que ele está esperando por mim, assim que entro em sua sala o vejo de pé enfrente a sua enorme janela de vidro pensativo olhando para o horizonte. — Já estou aqui papai... O que aconteceu? Você conseguiu me deixar curiosa com essa história toda. — Me aproximo dele parando ao seu lado e ele se vira me encarando meio apreensivo. — Bom filha, eu vou direto ao assunto porque eu já adiei demais essa conversar com você, nós temos uma chance de expandir os nossos negócios e é você quem vai me ajudar nisso. — Diz ele ainda me encarando apreensivo e isso me deixa surpresa. — Como assim papai? Não estou entendendo onde o senhor quer chegar com isso? O que está acontecendo de verdade? Como eu posso ajudar a expandir os nossos negócios? Seja mais claro porque eu não estou entendendo nada. — Pergunto indo até a sua mesa e me sento na sua cadeira, ele se aproxima mais e se senta na cadeira de frente para mim me encarando mais sério que o normal. — Você conhece as empresas Drumond, certo? — Pergunta sem desviar os seus olhos dos meus e eu concordo. — Sim papai, conheço... Mas o que eu tenho haver com isso? O que as empresas Drumond tem haver com essa história toda? — Pergunto cruzando os braços também o encarando séria. — É simples Evy, as empresas Drumond querem se associar a nós, querem fazer uma parceria nos negócios e para isso decidimos unir as nossas famílias para ampliar a nossa imagem na mídia dentro da sociedade... — Diz sem fazer pausa mas o interrompo. — Espera papai...! Me deixa ver se eu entendi bem, as duas empresas querem se ajudar e para isso as duas famílias terão que se unir, certo...? E de que maneira isso acontecerá? Como vão unir as duas família? Como eu vou te ajudar em tudo isso? Eu ainda não entendi onde eu entro em tudo isso e como eu vou ajudar com isso. — Questiono sem desviar os meus olhos dos seus atenta as suas palavras para entender bem o que ele quer dizer com tudo isso. — Eu acho que você já entendeu o que eu quis dizer filha... Eu e George Drumond fizemos um acordo onde você e um dos filhos dele terão que ser a peça principal desse jogo, vocês dois terão que nos ajudar sendo a imagem das nossas empresas. — Explica se levantando mas sem tirar os seus olhos de mim captando as minhas reações, mas não consigo reagir, apenas fico atenta as suas palavras. — A nossa empresa precisa do melhor combustível para as nossas aeronaves e a empresa deles precisa do melhor transportes de combustível e isso nós temos para oferecer a eles, as nossas empresas não trabalha apenas com voos comerciais e iss... — O interrompo. — Pelo amor de Deus papai! Eu já entendi essa parte então pode pular tudo isso, eu quero saber o que eu vou ter que fazer para ajudar a nossa empresa? Que sacrifício eu terei que fazer? — Pergunto impaciente também me levantando e vou na sua direção parando na sua frente. — Você terá que se casar com um dos filhos de George Drumond... Esse será o seu sacrifício minha filha. — Diz ele jogando essa bomba de uma só vez em cima de mim me deixando atômica com as suas palavras. — Você... O que... Você disse papai...? Você não pode estar falando sério, isso é um absurdo isso é... Isso é demais para mim papai. — O encaro com os olhos arregalados e ele tenta se aproximar mas eu me afasto. — Me desculpe filha...? Por favor me perdoa eu não queria que fosse desse jeito mas... Mas quando dei por mim eu já tinha assinado o contrato e... — O interrompo mais uma vez. — Você o quê papai...? Que merda de contrato é esse que você assinou sem falar nada comigo? Você decidiu a minha vida sem falar comigo, é isso mesmo? Desde quando você faz uma crueldade dessas com a sua própria filha? — Questiono alterada e mais uma vez ele tenta se aproximar de mim e mais uma vez eu me afasto. — Se acalma filha e me deixa explicar! Você não precisará ficar casada para sempre, é só um acordo vocês permanecerão casados por seis meses e depois tudo voltar ao normal... É só o tempo das nossas empresas se ligarem uma a outra, vocês só precisam fingir ser um casal normal como todos os outros. — Diz como se isso fosse a coisa mais normal do mundo e eu me irrito ainda mais. — Você só pode estar de brincadeira papai... Como eu posso me casar e fingir ter um casamento feliz se eu nem conheço esse sujeito? Eu nem ao menos sei com qual dos filhos desse homem eu vou ter que me casar, e o que é pior, vou me casar sem amor... Vou me casar sem conhecer o meu marido e tudo isso apenas para o bem das nossas empresas? Isso não é justo papai. — Questiono ainda alterada já sentindo os meus olhos arderem pelas lágrimas que se formam rapidamente então me lembro de Calebe. — Meu Deus o Calebe... O que eu vou dizer ao Calebe? Como vou contar isso a ele? — Digo pensativa e meu pai se aproxima de me encarando confuso. — Porque você precisaria contar isso ao Calebe Evy...? Querida ninguém precisa saber sobre isso, lembre-se que vocês vão precisar parecer um casal de verdade então é bom que ninguém saiba sobre esse contrato, você está me entendendo? — Diz parado na minha frente ainda me encarando confuso. — Mas eu não entendi o porquê de você citar o Calebe? O que o Calebe tem haver com você, Evellyn? Será que dá para você me explicar isso, filha? — Pergunta ele me encarando sério e desconfiado. Droga! Porque eu fui tocar no nome dele justo agora? — Bom, não era o momento de falar sobre isso mas... Eu e o Calebe estamos saindo a um tempo papai, e acho que estou gostando dele e não queria que nada atrapalhasse isso. — Conto envergonhada por ter o meu pai me encarando espantado. — Como é que é...? Eu ouvi bem Evellyn? Você e o Calebe junto...? A quanto tempo vocês estão saindo? Esquece, eu não quero saber disso... Droga! Eu contratei aquele infeliz como meu vice presidente e não como meu genro ele não serve para você Evy, como namorado ele é um excelente vice presidente então esqueça-o! Você já está de casamento marcado com um dos filhos de George Drumond e mesmo depois que esse contrato acabar, eu não vou aprovar o seu relacionamento com aquele mulherengo do Calebe, ele não é homem pra você. — Diz ele também irritado me dando as costas indo para frente da sua janela. — E quem é homem para mim papai? Esse tal filho do Sr. Drumond? Eu sinto muito mas eu não posso aceitar isso, eu sei que você quer que eu me sacrifique pela empresa mas eu não vou fazer isso...! Se eu não posso ficar com o Calebe eu também não vou ficar com esse tal ai que eu nem sei quem é...! Só por curiosidade, com qual dos filhos do Sr. Drumond eu teria que me casar se por acaso eu aceitasse essa louca que o senhor inventou? — Digo em um tom firme decidida mas deixo a curiosidade me vencer. — Não Evellyn! Você não vai ficar com o Calebe porque apesar dele ser um ótimo vice presidente e um ótimo amigo, ele não é o que você merece... E sim! Você vai se casar com Derick Drumond e você não tem como se recusar a isso... O acordo já foi assinado e vocês se casarão em um mês. — Diz ele dando a palavra final e sinto meu sangue ferver com isso. — UM MÊS? Você está de brincadeira papai...? Porque um casamento assim as pressas? O que as pessoas vão pensar de mim quando anunciarem que vou me casar em um mês se a mídia sabe que eu sou solteira? No mínimo vão pensar que eu estou grávida e olha que eu nem conheço o meu futuro marido... Isso é uma piada. — Contesto nervosa andando de um lado para o outro enquanto meu pai continua me encarando sério. — Você não tem que se preocupar com o que as pessoas vão pensar ou deixa de pesar, depois do casamento as especulações acabam e a vida que segue, vocês vão morar juntos aparecer em publico juntos e convencer a todos de que são um casal feliz, que as nossas famílias são mesmo unidas... Você só precisa cumprir o contrato nesse período de seis meses e pronto, depois vocês se separam e tudo volta ao normal. — Diz voltando a me encarar apreensivo e eu o encaro decepcionada. — Você fala como se tudo isso fosse a coisa mais simples do mundo papai... Você nem imagina o quão difícil isso será para mim... Eu não sei se serei capaz de fazer isso... Isso não é justo... Você decidiu tudo isso sem me perguntar o que eu acho e o que eu quero. — Digo em um tom triste deixando algumas lágrimas silenciosas caírem sem a minha permissão. — Me perdoa filha...? Por favor me perdoa? Você ama essa empresa tanto quanto eu então eu... Eu pensei que você fosse concordar, por isso eu decidi aceitar o acordo antes de falar com você... Por favor querida, me perdoa? — Diz se aproximando de mim segurando o meu queixo com carinho para me fazer encarar os seus olhos. — Eu amo sim essa empresa tanto quanto o senhor papai, mas isso é demais... Me casar pelo bem da empresa? Isso é demais para mim, a empresa nem está m*l para precisar de um sacrifício desses... Eu não posso te perdoar por isso papai... Eu não posso aceitar esse acordo. — Me afasto dele e vou em direção a porta saindo da sua sala sem olhar para trás. — Filha espera! Evy...? Evellyn? — Me chama parado na porta da sua sala mas finjo não ouvir e continuo andando até o elevador. Estou terrivelmente abalada e horrorizada com essa situação, eu ainda não acredito que o meu pai teve coragem de fazer uma coisa dessas, logo ele que sempre disse que queria o melhor para mim e o melhor para mim não é me casar com um desconhecido, eu nem conheço esse sujeito e vou ter que me casar com ele só porque os nossos pais decidiram que é o melhor para suas empresas? Isso não é justo e eu não vou aceitar isso. Desço de volta para minha sala e minha secretária me encara preocupada assim que passo por ela feito um furacão, entro batendo a porta e vou direto na minha mesa pegar as minhas coisas porque eu não tenho mais condições de trabalhar hoje. Pego minha mochila com as minhas coisa e saio da minha sala dando de cara com Alice parada de frente a porta decidindo de se entra ou não na minha sala. — Alice, se meu pai me procurar diga que saí e não volto mais hoje, ok? Não estou com cabeça para mais nada, eu preciso esfriar a cabeça porque ela está quase explodindo. — Aviso esfregando as mãos no rosto bufando de ódio e nesse momento o meu celular toca no meu bolso, quando o pego vejo que é Calebe mas não atendo. — Tudo bem Srta. Evellyn, eu cuido disso. — Diz voltando para sua mesa e eu sigo mais uma vez para o elevador. Desço até a garagem subterrânea e vou direto até a minha vaga onde está estacionada a minha moto Aprilia RS 125. Coloco o meu capacete e saio da garagem ganhando a pista me deixando levar pela adrenalina, acelero passando entre os carros como se todos estivessem parados e sigo para o meu humilde lar, em poucos minutos estou adentrando os portões da minha casa. Deixo a minha bebê na garagem e entro em casa me sentindo péssima com tudo que ouvi do meu pai, subo para o segundo andar e vou direto para o meu quarto, deixo minha mochila em um canto qualquer e vou para o banheiro já tirando a minha roupa e coloco a banheira para encher, adiciono os meus sais de banho e para o closet separar uma roupa para vestir e nesse momento o meu celular toca, mas não estou afim de falar com ninguém então deixo tocar até cair na caixa de mensagens. Entro no meu closet e pego uma camisola de seda e um conjunto de lingerie preto, volto para o quarto e o deixo sobre a cama voltando novamente para o banheiro, fecho a porta pois meu celular volta a tocar e eu não quero ouvi-lo berrando para me incomodar, me instalo na banheira e tento relaxar e esquecer esse pesadelo que foi esse fim de tarde. Depois de passar mais de meia hora na banheira eu saio enrolada na toalha e me seco ali mesmo no meio do quarto, me visto me jogando na cama em seguida mas fico pensando em tudo que ouvi do meu pai, tento refletir para encontrar alguma lógica em tudo isso mas não teve jeito, eu continuo achando tudo isso injusto pois eu não queria nada disso, me afundo em pensamento mas logo sou despertada com o toque do meu celular mais uma vez, então decido desligá-lo para não ser mais incomodada. Pego o aparelho e vejo o nome de Calebe piscando na tela mas só por hoje eu não estou afim de falar com ele, me levanto e visto o meu hobby também preto assim como a minha lingerie e desço para comer alguma coisa, assim que passo pela sala vejo meu pai entrar chamando por mim e posso notar o quão abatido ele também está pela expressão em seu rosto, mas eu não paro e continuo a andar. — Evy! Filha vamos conversar por favor? Eu mudei de ideia. — Diz enquanto eu caminho para fora da casa mas paro assim que escuto a sua última frase, pois tenho certeza de que entendi errado então me viro o encarando surpresa. — Filha? Meu amor vamos conversar? Eu repensei essa situação toda, a sua reação me deixou muito abalado e não quero ver você magoada comigo. — Diz se aproximando mais até parar na minha frente. — Como assim você mudou de ideia? Você pensou nessa situação toda e chegou a que conclusão, papai? — Pergunto cruzando os braços ainda o encarando surpresa achando que tudo isso é uma pegadinha. — Eu te amo minha filha, você é tudo pra mim e eu não quero ver você me odiando por tomar uma decisão que era sua e não minha... Se você não quiser cumprir esse acordo por mim tudo bem... Eu vou conversar com o George e vou cancelar o acordo, eu só não quero ver a minha filha magoada comigo. — Diz acariciando o meu rosto e posso ver os seus olhos marejados e ele lutando para não deixar as suas lágrimas caírem. — Você está falando sério papai? Eu posso mesmo desistir desse contrato absurdo? Isso é sério papai? — Pergunto um pouco mais animada ainda surpresa que antes e ele apenas balança a cabeça concordando. — Mas vai ser tão simples assim cancelar esse contrato...? Não vamos perder nada com isso, não é? — Pergunto o encarando com um pequeno sorriso percebendo o óbvio e o sorriso que havia em meu rosto se perde novamente. — Não filha... Não será assim tão simples como você deve estar imaginando, mas não se preocupe... Eu prefiro arcar com as multas dessa rescisão do que perder o seu amor. — Diz em um tom triste mesmo com um pequeno sorriso no rosto e isso me quebra por dentro. — E de quanto é essa multa papai...? Quanto vamos perder com essa rescisão? Por favor não me esconda nada. — Peço o encarando ainda mais séria que antes e ele me encara apreensivo. — Tudo bem, eu não vou te esconder nada não se preocupe... Bom, eu vou perder cinco milhões com essa rescisão e ainda vou ter que aceitar o contrato dele na nossa empresa e ele vai poder recusar o meu contrato com a empresa dele... Essa mesma multa também vale para George caso o seu filho também não aceite o acordo... Mas como você se recusou primeiro quem terá que pagar a multa somos nós, mas não tem problema, o que perdermos hoje ganharemos amanhã, não é assim? — Diz ele tentando parecer tranquilo com tudo isso mas sei que não está, eu estou em choque imagina ele que trabalha duro para ampliar os nossos negócios? — Eu não sei o que dizer diante disso papai... Não recuperamos milhões perdidos assim com essa facilidade toda... Não é justo o senhor ter que aceitar o contrato dele e ele recusar o seu. — Digo pensativa andando de um lado para o outro buscando uma solução para tudo isso, mas não encontro nenhuma além desse maldito casamento. — Está tudo bem filha não se preocupe... O erro foi meu então eu devo arcar com as consequências de uma decisão precipitada, eu faço tudo por você minha princesa e você sabe disso... Eu faço tudo para não perder o seu amor, minha querida. — Diz ele se aproximando novamente pegando a minha mão com carinho depositando um beijo demorado e eh respiro fundo. — Eu não acredito que isso esteja mesmo acontecendo papai... Eu não posso deixar você com esse prejuízo sozinho... Eu te amo papai... Não é justo você perder esse contrato. — O abraço forte e sinto ele respirar aliviado com a minha atitude de o abraçar. — Seis meses e nem um dia a mais papai...! Eu te perdoo... Eu aceito o contrato mas não espere que eu reaja bem a esse casamento, ouviu? Eu vou odiar eternamente esse Derick Drumond por não ter desistido desse absurdo antes de mim. — Digo ao me soltar dele e cruzo os braços bufando de raiva por ter concordado com essa palhaçada. — Espera filha! Eu ouvi direito? Você concordou com o casamento...? Você vai mesmo aceitar o acordo do Sr. Drumond? Oh meu Deus filha, eu te amo Evy... Eu te amo minha princesa. — Diz ele empolgado e me surpreende com um abraço apertado antes de me pegar no colo e me girar no ar. — Meu Deus papai o que deu em você...? Você ficou maluco...? Para por favor eu vou ficar tonta... — Gargalho pela sua atitude mas também por vê-lo tão feliz com a minha decisão. Eu sei que vou me arrepender por isso! Fomos para cozinha juntos ainda falando sobre esse assunto e fico sabendo que terei que me mudar para Miami, porque o meu futuro marido não poderá se afastar da presidência da sua empresa, mas que merda! Terei que me mudar de cidade por causa dessa porcaria de acordo, porque ele não me contou esse "pequeno" detalhe antes que eu aceitasse essa droga de casamento?
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