Olivia - Morro dos prazeres Rj
São cinco da manhã eu me levanto da cama devagar sem fazer barulho.
desço as escadas tentando não fazer alarde.
Luiz/ Sombra fica bravo se e acordado antes das oito, porém tenho que fazer o café dele e das crianças do projeto.
Luiz e meu marido, mas já falo dele, agora quero falar das crianças.
Eu tenho 30 crianças menores de 5 anos na minha creche na comunidade, essa creche não e custeada pelo governo, ela e minha.
as mulheres pedem aos maridos jóias, a única coisa que pedi a Luiz
depois do casamento.
Queria cuidar das crianças que ficam na rua.
Muitas mães saem para trabalhar e não tem como cuidar das crianças.
Porém meu orçamento e apertado.
E a cozinheira da creche só faz o almoço e uma sopa pra janta, eu levo o café da manhã.
Coloco as panelas no fogo o leite pra ferver, lavo as frutas e corto o pão, passando manteiga, colocando uma fatia de mortadela em cada pãozinho
faço o chocolate, mingau de aveia e o café preto para as auxiliares.
Quando olho para o relógio já são 7:00. Pego o pão pro café do Luiz na porta de casa
Coloco a toalha na mesa, monto, fica tudo impecável, coloco até flor.
Quando escuto Luiz descendo as escadas, começo a gritar seus ovos, quando ele sento na mesa já coloco o café em sua xícara, e sirvo seus ovos.
Ele coloca a mão no prato pra ter certeza que não e requentado e começa a comer enquanto eu lavo a louça, mas sempre de olho em Luiz para servir seu café.
Estou areando uma panela quando ele chama.
— Não quero ovo mexido, quero misto quente.
— Sim senhor.
Tiro o prato e corro para fazer o tal misto na sanduicheira quando ele diz novamente.
— O que você está fazendo aí nessa cozinha?
— Lavando as panelas do café da manhã da creche.
— Pra que isso? p**o empregada pra lavar louça.
— Só senhor disse que era pra Neide não chegar mais cedo para me ajudar, e eu sei que o senhor odeia louca na pia.
Eu não sei o que me atingiu, eu só ouvi o soco oco nas minhas costas e minha cabeça sendo esmagada na pia molhada e sua mão puxando meus cabelos.
— Eu falei que você podia falar, ou melhor, eu disse que você poderia me questionar nas minhas decisões? dentro ou fora da casa?
— Desculpa senhor, eu não quis... Eu não quis responder, eu só... Eu só pensei que:
— Você não está aqui pra pensar, está aqui pra abrir as pernas e me dar um filho, nada mais.
Você não me responde, você não tem opinião, você não e nada ou ninguém.
Ele tira o cinto, e me bate, até a raiva dele acabar. Depois levanta a minha saia, e com ajuda do detergente da pia pega o que quiser.
Eu tento me desligar de tudo, olho pela janela olhando os passarinhos voando lá fora, livres e felizes.
Enquanto eu, estou presa a esse homem miserá.vel.
Como o padre disse: Até que a morte nos separe... até eu tomar coragem e acabar com a minha vida.
Ele acaba o que tem de fazer, e sai como não fosse nada.
Eu estou ardida, sangrando de verdade, e droga, agora eu tenho que subir e tomar um banho bem em cima da ora da entrada das crianças.
Tomei banho desci as escadas com dificuldade e fui para a creche.
DG e meu segurança, vai comigo para todos os lugares, não porque Luiz acha que eu vou sofrer algum m*l, mas porque ele não quer que eu fuja.
Luiz não me ama, ele tem a esposa, as fieis, as amantes, as marmita e até mesmo as cracuda que aparecem na boca trocando sexo por uma pedra.
Todas elas queriam o meu lugar, Mas ele nunca vai me deixar ir nunca.
Como me casei com ele?
Luiz me cercava desde quando eu tinha 15 anos, porém meu pai ainda estava vivo e tudo o que ele ganhava era pra nossa casa para a família. Porém meu pai morreu, foram várias e várias de Luiz.
Sempre me abraçando, sempre passando a mão " Sem querer na minha b***a ou no meus s***s.
Luiz dizia para minha mãe que eu seria uma rainha, Joias, vestidos e a proteção para meu irmão enquanto ele estivesse na cadeia.
Minha mãe aceitou e me obrigou a casar com ele.
Naquele dia começou meu inferno, olhava para a porta e imagina: