Capitulo 7

2402 Words
Capitulo 7 Será que eu estou apaixonada?  Isso tudo é carência, nunca achei ninguém como ele, então meu coração resolveu me sacanear um pouco para ferrar mais ainda minha vida. Eu acordo com o despertador. Estranho, não coloquei nada para despertar as seis, eu tenho o sono leve, iria acorda. Me levanto e vejo a hora. São sete e meia, horário de aula, vai ser impossível voltar para o meu quarto sem ninguém perceber. Eu acordo o Sam. —Sam! Acorda! —Que? —Ele diz abrindo um olho. —São sete e meia, eu não vou conseguir chegar ao meu quarto sem que vejam. Ele gira para o outro lado. —Você é esperta, vai pensar em alguma coisa. —Ah não! A ideia foi sua, seu i****a, então vai me ajudar a sair daqui ou eu vou te jogar pela janela! Ele olha pra mim e revira os olhos, levanta e ... não lembro de nenhum momento da noite ele ter tirado a blusa, mas ele está sem blusa. Passo a mão na boca para me certificar que não estou babando e vou até a porta. Ele veste o uniforme na maior cara de p*u aqui na minha frente e me dá um sorriso. Eu reviro os olhos. Por que o sorriso dele me faz querer bater nele e beijar ele ao mesmo tempo? —Vai ser impossível, me deixa logo passar o braço pelo seu ombro e te levar até seu quarto. —Vão achar muita coincidência a garota e o garoto problema juntos no mesmo dia que alguém tocou o terror ontem à noite. Ele levanta as sobrancelhas. —Relaxa. Ele passa o braço sobre meu ombro e abre uma porta. Um garoto olha para a gente franzindo a testa, mas depois que nos reconhecer, volta a fazer o que estava fazendo. Passamos pelo inspetor e ele olha para mim com cara de desconfiado, mas ignora, já que a última vez eu ganhei uma discussão. Chegamos ao meu quarto. Ele me dá um olhar de  eu te falei . Eu reviro os olhos e entro no quarto, mas antes Sam me puxa e me beija. Eu tomo um banho rápido e coloco a farda do Colégio, saio do quarto e Sam está me esperando. —Eu sei me defender muito bem, não preciso de um segurança para seguir. —Eu sei, não sou seu segurança, sou seu amigo, agora vamos que eu to louco pra ver a cara da ... diretora. Nós saímos e vamos em direção ao Colégio. De longe, já vemos como pessoas rindo e debochando da diretora, o inspetor está arrancando os papéis e a diretora está com uma cara de dar medo. Nós sorrimos e então a diretora nos vê. -Vocês dois! Na minha sala ... agora! Ela entra na sala dela furiosa. —Eu vou daqui a pouco, tenho que ... pegar uma coisa com o Tiago. —Não pode esperar? —Não. —Ele sai correndo. Eu não acredito que ele vai me deixar sozinha! Idiota! Ele vai me pagar. Eu entro na sala da diretora, e começo a atuação. —Eu gostaria muito que você tenha motivos para me chamar aqui toda semana. Seus olhos azuis viram faíscas, acho que feri seu orgulho com as fotos. —Eu tenho um motivo ... e se eu tenho provas, você passar iria o resto da sua vida lavando pratos! —Bom, já que não tem provas, eu posso me retirar. —Digo levantando da cadeira. —Espere! Onde está o Samuel? —Ele foi ali, mas já vem ... e a propósito, belo pijama, não sabia que a nossa elegante diretora era uma nerd encubada. Eu saio dali, mas ainda a escuto bufando. Vou para minha primeira aula e chego atrasada. —A senhorita pode me explicar o porquê de ter se atrasado? —Minha maravilhosa professora de biologia pergunta. —Posso. —Digo me sentando. Ela me olha como se esperasse uma resposta e eu pego um livro na minha bolsa e começo a ler. De repente ela puxa o livro da minha mão. —Eu mandei você me dizer o porquê de ter se atrasado! Eu me levanto e pego o livro da mão dela. —Não! Você perguntou se eu poderia falar, e NUNCA MAIS TOQUE NO MEU LIVRO SE VOCÊ GOSTAR DESSE EMPREGO! Ela parece a ponto de me bater. Mas se acalma e fala baixo. —Luna, me diga o porquê e você estar atrasada. —Pergunta para a diretora. Eu abro o livro novamente e começo a ler. Ela bufa e todos da sala que observavam a cena de boca aberta, riem. A professora volta para o seu lugar e continua a dar a aula. Eu presto atenção e ela passa um trabalho em trio e nessa hora o Sam entra na sala. —Antes que pergunte, eu estava na sala da diretora. —Sam diz entrando na sala e sentando ao meu lado. —Pelo menos alguém explica o atraso, sem alvoroço. —A professora diz. Eu reviro os olhos, eu poderia falar umas poucas e boas sobre aquele comentário, mas apenas digo que se ela se preocupasse em arrumar o cabelo em vez de cuidar da vida dos outros, arrumaria um namorado. Todos da sala riem e ela continua explicando o trabalho furiosa. —Ei, não ta brava comigo, né? —Sam pergunta baixo. —Não sei. —Falo apenas por implicância, pois eu estou com raiva dele e não é pouca. —Ah, qual é, você consegue sair de qualquer situação sozinha, não precisava da minha ajuda e, além disso, eu fui à sala da diretora depois. —Só não entendi o que era tão importante pra você me deixar sozinha naquela sala. —PAREM DE CONVERSAR! E como eu ia dizendo, vou escolher os trios para o trabalho. —A professora fala. Sam tenta falar comigo e eu o ignoro. A professora observa a sala e me dá um sorriso. Essa vaca vai aprontar alguma comigo. —O primeiro trio será formado pelo Samuel, a Celeste e a Luna. Vagabunda! —Eu não vou fazer trabalho algum com essa víbora de salto! —Digo. —Você vai ou eu vou deixar seu grupo com zero na minha matéria e vocês vão ter que participar do acampamento do meio do ano para conseguir nota. Sam se levanta. —Nós vamos fazer o trabalho. Ninguém vai precisar ir pra nenhum acampamento. —Ele diz. Eu jogo um olhar mortal para ele. Pego meu estojo e jogo na cabeça dele, ele diz "Ai" e olha para mim passando a mão onde acertei o estojo. Algumas pessoas da classe riem e uma garota de cabelo curto joga para mim meu estojo que foi parar nos seus pés. Me seguro para não jogar em Sam novamente, mas dessa vez vou acertar em um lugar que realmente doa. A aula acaba e eu saio correndo para o Jardim. Que se dane a aula de Matemática! Por toda a minha vida eu evito me apegar nas pessoas, pois sei o quão fácil pode ser para elas te deixarem, o meu único amigo era um filhinho de papai que não quer fazer faculdade, se meteu com gente errada até conhecer uma garota que só queria ver as estrelas e a levou. Eu sempre procuro não me apegar nas pessoas, aí eu venho para essa d***a de Colégio e conheço o garoto mais i****a e parecido comigo no mundo. Me deixo apegar a ele e talvez até me apaixono e ele faz a s*******m de deixar ficarmos em um trabalho para ficar perto da vaca da ex dele. —O que deu em você garota? —Sam diz atrás de mim. —Que d***a! Você tinha que me seguir!? —Eu não te segui! Eu não te vi na sala e imaginei que você estaria aqui, e te encontro com essa cara de quem vai chorar! Eu não vou chorar! Eu não choro! Não por coisas banais tipo isso! Pura frescura chorar por garoto. —Eu não estou com cara de choro e eu até estaria com bom humor se você não tivesse me atrapalhado... Eu iria tirar aquela garota do nosso grupo e você me interrompe! Se quisesse ficar perto dela era só falar! Agora vou ter que aguentar a patricinha! Ele se aproxima e segura meu rosto. —De onde você tirou que eu queria ficar perto da Celeste? Eu gosto dela tanto quanto você gosta! Eu só falei aquilo porque esse acampamento é o pior! Passaríamos três dias com a professora de biologia procurando insetos e coisas estranhas, depois ela falaria das doenças que podemos ter vivendo ao ar livre e acredite, não são nada bonitas... é h******l, participei de um no primeiro ano, não quero ter que enfrentar tudo de novo... Eu tiro suas mãos do meu rosto. —Explicar as coisas sempre é bom na hora, sabe. —Falo um pouco envergonhada. —Eu to explicando agora. —Ele fala soltando meu rosto, após alguns segundos um sorriso debochado aparece no seu rosto. —Você tava com ciúmes? —Não! Eu não to com ciúmes, eu to com raiva daquela lagartixa loira de farmácia. Ele me beija. Eu o empurro, mas ele não desgruda sua boca da minha e prende meus braços com uma mão. Eu tento chutar ele, mas ele encurta o pouco espaço que tinha entre nós me puxando para ele. —Ciúmes ou não, a Celeste não me importa, o que me importa agora é isso. — E ele me beija novamente. —Você sabe que a gente tem aula de Matemática agora, né? —Eu digo entre o beijo. —Sei, mas eu não acordei bem hoje e depois da aula de história, voltei pro meu quarto pra tomar um remédio. Eu sorrio. —E eu peguei uma virose e passei m*l a caminho da aula de matemática. —Digo. Ele sorri. Seu sorriso tão próximo da minha boca faz meu interior virar manteiga. Nós vamos para o quarto do Sam, mas no caminho encontramos o inspetor e tivemos que dar vida a nossas histórias. Nós entramos no quarto e ele se deita na cama e eu deito ao seu lado. —Ei, ainda tá de pé aquela saída no sábado? —Ele pergunta. —Ah é, eu tinha esquecido. —Eu havia esquecido de ligar pro Kaio. —Ei, sabe que só vamos poder levar umas quatro pessoas e temos seis amigos. Ele olha para mim. —Você pode ter seis, mas eu tenho quatro, Tiago, Rafa, Laura e Andreia. —E o Ruan e o Daniel. —Eles não são meus amigos, já viu o jeito que aquele Ruan te olha? Parece que não sou a única com ciúmes... engraçado, nunca pensei que um dia, alguém teria ciúmes de mim. Kaio não é do tipo amigo ciumento e eu nunca me envolvi tanto com alguém para ter sentimentos. —Mas são meus amigos, e só por causa desse seu ciúme fofo, a gente chama só os seus amigos. Ele beija o topo da minha cabeça. —Ciúmes é uma coisa natural quando se gosta de alguém. —Ele fala assim, sem mais nem menos, como se essa frase não mexesse com meu mundo inteiro. Eu sorrio. Será que é possível que ele esteja mesmo gostando de mim? Ele entrou na minha vida fazendo a maior bagunça... não sei se é eufemismo da minha parte dizer que ele virou meu mundo de cabeça pra baixo, mas sinto isso. É assim que me sinto, eu agora acredito naquele sentimento bobo que é o amor, todo o rancor que eu guardava dos meus pais, parece desaparecer quando estou perto dele e eu nem sei se quero mais ir embora e deixa-lo. Tudo está diferente, até meu jeito de enxergar o mundo está diferente, agora vejo com mais clareza que o ser humano é movido ao ódio e amor. Minha vida inteira fui movida pelo ódio e fui infeliz, talvez se eu deixasse o amor agir na minha vida, eu seja mais feliz. —Eu vou ligar pro Kaio. —Digo pegando o meu lindo celular trincado. Disco o número do Kaio e coloco no viva voz. —Alô, pimentinha. —Kaio, preciso de um favor seu. —Tudo pra minha pimentinha. —É Sério, eu quero sair com uns amigos meus, pode vir nos buscar no sábado as onze e nos trazer de volta antes das cinco? —Claro! Eu to com saudade, m*l posso esperar pra ver minha Luna de novo. Eu sorrio. —Também to com saudade! Até sábado então. Eu desligo o telefone. —Esse Kaio é bem seu amigo, né. —Sam comenta. —É, a gente se conhece há três anos, foi até engraçado como a gente se conheceu, foi logo depois que minha tia morreu, eu tava sentada na janela tentando ver as estrelas, mas uma árvore me atrapalhava, então eu saí por uma saída secreta que minha tia me mostrou uma vez. Era uma porta no teto do meu quarto que levava a uma espécie de sótão e tinha uma janela que dava direto em uma árvore. Eu desci e saí andando olhando pra cima quando o Kaio me atropela. Eu caí no chão, mas não me machuquei, eu xinguei ele de todos os palavrões possíveis e ele estava com um sorriso me chamando de pimentinha, eu disse que só queria ver as estrelas e ele disse que poderia me levar pra vê-las. Parece meio perigoso uma garota de 14 anos aceitar carona de um desconhecido no meio da noite, mas o sorriso dele me passou confiança, e eu já com 14 anos, sabia me cuidar, e naquela noite, eu fiz minha primeira invasão. Depois de um tempo, descobri que o Kaio tinha uma irmã que teria minha idade, mas ela morreu, ele a chamava de pimentinha, por isso o amor que a gente tem um pelo outro é de irmão. Isso tudo era verdade. Kaio é o irmão que eu nunca tive e me protege como tal. —Vocês já... ficaram? —Sam pergunta. —Não! Meu Deus, você não ouviu? Somos quase irmãos! Ele relaxa o corpo. De repente ele está em cima de mim me beijando. Eu retribuo aos beijos dele e ele tira minha blusa e beija meu pescoço. Ele tira a camisa dele e eu fico um tempo babando pelo físico dele, mordo o lábio e me jogo em seus braços novamente, eu beijo seu pescoço, mordo seu peito e volto a beijar sua boca, ele morde meu lábio inferior e eu arranho suas costas sem querer. Ele beija meu pescoço e vai descendo até minha barriga e volta para minha boca. —Eu tô atrás cara, que m***a!—Tiago diz entrando no quarto falando no telefone. Ele congela por um momento nos olhando um encima do outro sem camisa e vai para o guarda roupa. Eu visto minha blusa e Sam sai de cima de mim —Por sua culpa acabei de atrapalhar o casal problema...não cara, eles estavam se pegando bonito aqui...Rafa, eu já disse que tô atrás da d***a do livro, tchau! Ele desliga o telefone. —Que isso, Tiago? —Sam pergunta. —Foi m*l, não sabia que vocês estavam aqui, o Rafa esqueceu o livro de Química dele e eu como sou parceiro dele tive que vim buscar. —Não precisava anunciar o que você viu! —Eu digo. —Tchau! —Ele grita saindo com o livro na mão. Eu me levanto, dou uma desculpa e saio. Isso foi incrivelmente constrangedor e se fosse qualquer outra pessoa, eu teria surtado e quebrado tudo, mas são meus amigos. Tenho que aceitar que sempre passaremos por situações assim e riremos disso depois.
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