Capítulo 3

1640 Words
Giovanna Narrando Eu acordo do transe e tento fazer o sangue parar de sair do braço do Rocco, eu acabo me sujando toda inclusive as minhas mãos, eu começo a escutar um barulho na rua e com certeza os vizinhos devem ter escutado o barulho do disparo. Eu começo a me desesperar meu deus e agora? Eu ando de um lado para o outro e fico olhando as minhas mãos sujas de sangue. Quando escuto o barulho de cirenes da polícia, em questão de segundos eles invadem a minha casa, com tudo que aconteceu eu acabei esquecendo que a Rafaelle estava presenciando tudo, ela está visivelmente assustada e com muito medo, ela me olha e começa a chorar incansávelmente eu tento ir até ela para consolar mas ela sai correndo de perto de mim, quando olha as minhas mãos cheias de sangue, os policiais ficam olhando tudo, quando um deles fala. XXX - O que aconteceu aqui? Ele fala olhando o Rocco desarcordado no chão, provavelmente devido a perca de sangue ele desmaiou. Giovanna - A arma disparou sem querer. Eu não tinha intenção de machucar ele, eu juro. XXX - É sempre a mesma conversa, não tinha intenção eu sou inocente. Giovanna - Eu estou falando a verdade. XXX - Pode levar ela. Ele fala para o outro policial que me algema, assim que saio da casa todos os vizinhos ficam olhando e eu abaixo a minha cabeça. XXX - Você tem direito há um advogado, e o tudo que você disser pode ser usado contra você. Ele me puxa com força para ir até a viatura e antes dele me jogar no camburão, eu vejo a dona Nena e peço para ela avisar o meu sogro, para ele vim ver o Rocco e cuidar da Rafaelle, ela é uma vizinha minha antiga. Ela diz que vai agora mesmo falar com ele e o policial me joga com tudo dentro da viatura. Eu vou o caminho todo chorando, olha a reviravolta que a minha vida acabou de dar, assim que chegamos na delegacia, eu sou tratada da pior forma como uma verdadeira puttana, fico algemada o tempo e em uma cadeira dura. XXX - Senhorita? Giovanna - Giovanna Moretti. XXX - Eu sou o delegado responsável por esse DP, me diga o que aconteceu? Eu começo a contar tudo nos mínimos detalhes e eu percebo que um rapaz escreve tudo que eu falo, assim que eu termino de contar, o delegado me olha e fala. XXX - Então você estava defendendo a sua filha? Giovanna - Sim, na verdade eu não queria toda essa confusão, eu fui traída, só queria o divórcio e a minha filha. XXX - Entendo você foi pega em fragrante, vai passar a noite aqui na delegacia, caso seu marido, não preste queixa você será liberada, agora se ele fizer queixa infelizmente você pode ficar aqui alguns anos. Agora vão te levar para a cela. Ele fala e faz sinal para um policial que me leva para uma cela, eu entro e tento me acalmar mas o tempo todo eu penso na minha Rafaelle, eu me sento em uma cama dura de concreto e sem perceber acabo pegando no sono. ......... Eu acordo com os gritos de uma policial. XXX - Acorda putanna! Eu abro os olhos e me levanto e encaro ela. XXX - O delegado quer te ver. Eu me levanto e vou até a saída da cela e ela me leva para a sala do delegado. Ele me olha e faz sinal com o dedo para mim sentar. XXX - Senhora Giovanna Moretti, infelizmente hoje você não será liberada, seu marido prestou queixa e hoje de manhã chegou uma intimação do tribunal, a senhora está sendo acusada de lesão corporal dolosa, ele alega que a senhora tinha intenção de atirar. Então a partir de agora vou manda-la para a cela junto com as outras presas, até que seu caso seja resolvido. Ele pede para a policial me levar e na minha cabeça só se passa o arrependimento, porque eu fui apontar aquela arma pra ele, e agora como está a minha filha? Como eu estou preocupada com ela, só de pensar na Rafaelle, meu coração já fica apertado e doendo. Eu chego na cela e vejo muitas mulheres m*l encaradas que me olham de cima a baixo, eu sou praticamente jogada lá dentro e vou para o canto. Eu fico pensativa, sem saber quando vou sair daqui, quando a policial volta e fala. XXX - Giovanna Moretti tem visita pra você, vamos logo. Giovanna - Visita pra mim? XXX - Tá surda? Vamos logo! Eu saio da cela com ela e assim que eu chego na sala de visitas eu entro e quem eu vejo, eu fico até sem palavras porque só pode ser brincadeira. Paola - Nossa você está um lixo, pior do que sempre foi! Giovanna - O que você está fazendo aqui? Paola - Vim te agradecer por finalmente dar um jeito de sair das nossas vidas, você atrapalhava o meu amor e do Rocco, você é uma puttana e não merece nem o marido que tem, aliás tinha! Giovanna - Sua vagabunda! Eu vou acabar com você. Paola - Calminha aí puttana, eu já estou indo, só vim avisar que todo esse tempo que você estiver aqui presa e até depois eu vou cuidar muito bem da nossa pequena nojentinha Rafaelle e da casa também. Agora eu vou para o hospital vê meu marido, ou será nosso marido kkkkk? E a Rafaelle, já que ele está lá por sua culpa. Giovanna - Eu vou te matar sua puttana!!! Eu vou com tudo para cima dela, eu vou dar uma surra nessa vagabunda que nunca mais ela vai esquecer que comigo não se mexe, quando chego perto dela sou arrastada com tudo pelas policiais que me levam de volta para a cela, quando sou jogada lá eu começo a chorar, a gritar e chutar as grades, quando uma das presas fala. XXX - Acho bom você parar porque esse barulho está me incomodando, porque se você não parar eu vou te ensinar a respeitar o que eu falo! Giovanna - E quem você pensa que é para vim me ameaçar? Eu não tenho medo de você! XXX - Deveria ter! Uma outra presa fala. Eu começo a xingar e a gritar eu estou sentindo ódio de tudo, do Rocco, da Paola, dessas presas. XXX - Cala a boca c*****o! Ela fala já me dando um murro no rosto. E eu revido e nessa hora todas as presas vem para cima de mim, eu começo apanhar de todas, e me sobe um rancor profundo de todas elas com sede de vingança, eu caio no chão e sinto meu corpo receber chutes, murros, tapas no rosto, e com um golpe na minha cabeça eu perco completamente a consciência. ............ Eu acordo com água sendo jogada no meu rosto por uma enfermeira, eu me levanto com muita dor e assustada, eu estou em um tipo de postinho improvisado, mas percebo que ainda estou dentro da delegacia. Giovanna - Como vim parar aqui? XXX - Você apanhou das presas até perder a consciência, quando as policiais chegaram e te viram caída, te trouxeram na hora pra cá. Giovanna - E agora eu vou voltar para aquela mesma cela de novo? XXX - Não Giovanna - Vou para outra? XXX - Não pode agradecer ao seu anjo da guarda, você foi socorrida. Giovanna - Socorrida? Como assim? XXX - Você faz perguntas demais. Toma esse remédio que vai aliviar as dores. Eu pego o remédio da mão dela e tomo, a porta é aberta e uma policial entra e fala. XXX - Muita sorte a sua, se não você estaria acabada. Eu não estou entendendo do que elas estão falando, porque eu tenho sorte se a minha vida está um perfeito caos, se isso for sorte eu não quero nem imaginar o que é não ter sorte para elas, e porque a enfermeira me diz que eu fui socorrida, será que é socorrida de morrer nas mãos daquelas marginais? Eu fico tentando entender tudo até que a policial pergunta para a enfermeira. XXX - Ela já está liberada? Vai precisa fazer mais alguma coisa? A enfermeira chega perto de mim, aperta perto das minhas costelas e eu sinto uma leve dor, ela olha o meu rosto e fala. XXX - Vou só passar uma pomada nesse corte na testa dela e ela já pode ir. Eu passo a mão na minha testa aí eu percebo que estava cortada, porque até então eu não estava sentindo nada. A enfermeira vem passa a pomada que arde um pouco e depois faz um curativo. XXX - Giovanna, você precisa tomar esses remédios que o doutor passou depois que te examinou antes de sair daqui. Giovanna - Tá bom. Ela me entrega o papel e tem bastante remédios, eu não sei como vou comprar mas tudo bem, mas pera aí, ela está me dando essa receita, mas eu estou presa não vou poder comprar. A enfermeira vira para a policial e fala. XXX - Ela está liberada. A policial me olha e eu desço da cama com bastante dificuldade, eu saio do postinho e eu percebo que em vez de ser levada para a cela ela está me levando para a saída da delegacia. Ela me leva até a porta e fala. XXX - Vê se não apronta mais para não voltar de novo. Eu estou livre? Eu posso ir embora? Mais como? Eu saio da delegacia sem saber o que fazer agora, quando um carro muito luxuoso me chama atenção, ele está parado como se estivesse esperando alguém, e quando eu vou me aproximando para atravessar a rua a porta dele é aberta bloqueando o meu caminho.
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