O Irmão do Chefe

CAPÍTULO 1

Emma Collins

— Se a hipoteca da casa não for paga, nós a tomaremos, está atrasada a 9 meses Emma!— o fiador fala

— Senhor Castro eu sei nós estamos tentando buscar uma solução— falo em desespero— eu tenho um irmão pequeno e meus avós estão doente, só me dê mais um mês

— É muito tempo para nós Emma, eu entendo que vocês possuem dificuldades financeiras, mas não posso aguardar por tanto tempo— ele me entrega um papel— isso é um aviso para se retira em alguns dias caso não consiga uma parte do dinheiro

Sento no portão e alguns vizinhos ao lado me olha, enxugo as lágrimas e entro pra casa

— Boa tarde vovô— digo passando pela sala e vendo como ele se encontra hoje

— Oi minha filha, como você está?

— Estou ótima, e o senhor?

— Estou bem— sua cara não é uma das melhores— Sente-se aqui— ele pede e assim eu faço— Não temos dinheiro para pagar o meu tratamento e o da sua avó, então eu decidi por conta própria que apenas o tratamento dela será pago

— Mas o senhor não está bem!— ele precisa desses tratamentos

— Eu estou bem melhor, acredite em mim. Estou até conseguindo andar

— Vovô...— ele me abraçou forte

— Está tudo bem, tudo dará certo! Agora vamos comer alguma coisa o almoço está pronto e sua avó já almoçou

— Obrigada por me ajudar meu velhinho— brinco com ele para evitar a tristeza

— Você é quem tem nós ajudado, até mais do que deveria, agora me conta como foi o trabalho— Enquanto eu colocava a sua comida e a do Eloy, meu meio irmão de 9 anos. Somos filhos do mesmo pai canalha e ele e meus avós é tudo que eu tenho.

Conversamos por um tempo até que eu saí para comprar alguns ingredientes pra vender alguns cupcakes. Minha amiga Louise foi juntamente comigo, somos grudadas desde o ensino fundamental.

— O que vai fazer mais tarde?— ela pergunta

— Vou vender alguns cupcake, e você?

— Vou sair com um carinha aí— outra coisa que ela não dispensa é mauricinho, odeio todos eles

— Isso é sério?— pergunto desacreditada

— Ele é bem legal acho que vai gostar dele

— Não vou não, e nem tente me apresentar, estou fora dessas raças— ela sorri

— Infelizmente para mim sobir na vida terei que arrumar um cara rico, meus pais não juntaram dinheiro suficiente para eu conseguir ir para a faculdade

— Você é linda, tenho certeza que qualquer homem vai te querer, e ele não precisa ser rico, tenho certeza que isso não vai te trazer felicidade e você tem capacidade pra arrumar alguma coisa boa pra trabalhar.

— Mas vai me deixar comprar o que eu quiser, falar nisso, eu ficarei como babá do filho de um homem que conheci na última festa que fui, ele disse que precisava desses serviços, mas sei bem o que ele estava querendo— reviro os meus olhos

— Ainda não sei como nós duas somos amigas, não temos nada Iguais e isso é nojento— faço caras e bocas enquanto ela olha para o celular

— Estou ocupada demais com o Heitor, podemos discutir sobre isso mais tarde— ela fala olhando para a tela do celular

— Você nem o conhece, esse cara deve ser ridículo, olha como ele se comporta, a maneira que ele diz sobre as mulheres nas mídias, eca!— exclamo— não tem como querer algo com um homem assim— olho para a foto que ela está vendo e percebo que ele estava abraçado com duas mulheres ao mesmo tempo— em qual braço ele te pegaria?— falo ironicamente

— Eu seria pega pelos seus pés que não estaria ligando, o cara é muito gostoso

— Pelo amor de Deus...— ando com mais pressa procurando a farinha nas prateleiras do mercado

— Nem o irmão dele?

— Não curto homem casado, embora ele seja lindo e muito diferente desse traste que você diz ser apaixonada— aponto algo que me recordo— Na verdade você se apaixona a cada dez minutos por um homem diferente, ele só precisa ser jovem, bonito e rico

— Então assume que o Heitor Kronbauer é bonito

— Não estava me referindo a ele, apenas pelas coisas que ele faz eu o acho ridículo, horroroso, ele pra mim é horrível!

— Que pena que o William já está namorando, mas o Heitor está solteiro, já pensou eu do nada dou um esbarrão nele em algum lugar?— ela começa a fazer uma encenação do momento— Desculpa Heitor, eu não lhe vi aí, você quer alguma ajuda? Aí eu toco no peitoral dele, deve ser maravilhoso aquele corpo, aí eu torno. Desculpa Heitor foi sem querer— começo a rir descontroladamente

— Você é maluca, isso que você é

— Você pode tocar onde você quiser Louise— ela usa uma voz masculina como se fosse ele

— Eca que nojo!— respondo e ela começa a rir

— Não é porque você ainda é virgem que deve sentir inojada dessas coisas, quando você de a primeira vez, vai querer dar todos os dias

— Cala a boca Louise, você me deixa invergonhada— falei e continuamos procurando os ingredientes.

Assim que voltamos pra casa eu fui fazer os pequenos bolos, a Louise como sempre enventou uma desculpa de que precisava fazer alguma coisa, de fato ela é do tipo de pessoa rica que nasceu no corpo de pobre.

Fiz todos os bolos e fui vender em um posto de gasolina que fica aqui perto, ainda bem que acabaram-se todos

Voltei para casa com uma graninha boa, não é o suficiente para pagar a hipoteca mais acredito que se eu vender por mais três dias consigo o valor exato que preciso

Três dias depois...

Eu havia acabado de chegar da loja de conveniência, é onde eu tenho meu trabalho fixo, mas o lugar paga uma mixaria e ainda acha que nos da um valor exorbitante.

A Louise veio até minha casa e eu estava arrumando meu quarto, meus avós dizem que ela não é muito flor que se cheire, mas acho que eles só vê ela desse jeito por saber que cada semana tem um carro diferente na sua porta.

Fazer o que? Hoje em dia as pessoas estão assim! Elas ficam com todos e não estão com ninguém. Pra mim isso é muito estranho e vai continuar sendo, não consigo ter esses comportamentos e estou bem feliz sem ter ninguém. Tenho assuntos mais sério para tratar

— Eu vou em uma festa daqui a três dias e pensei em você

— Em mim?— pergunto surpresa, pois a Louise nunca me chamou para lugares como esses

— Sim... você comentou que estava precisando de dinheiro e o carinha que eu vou sair conhece o dono do evento e disse que estava precisando de garçonetes, achei que seria uma boa. Eles vão pagar o triplo da sua diária, o que você acha

— Pensei que ia me chamar para ir com você, mas ir a trabalho também é bom! Vou adorar, estou precisando de verdade

— Ok, então eu irei falar com ele.

— Obrigada Louise— lhe lanço um sorriso amplo

— Não precisa agradecer, sabe que somos amigas. Mas preciso te lembrar que você não pode falar comigo quando estiver lá— lhe olhei estranhamente— não pense que estou com vergonha de você, é que os convidados para esses tipos de festas não se comunica com os funcionários do dia a não ser o necessário— mesmo sem entender eu aceito, ao menos se eu conseguir mais dinheiro esse mês, consigo quitar a dívida desse mês e pagar uma que está com atraso.

— Tudo bem, se você souber de outros eventos como esses me avisa, estou precisando bastante de algo assim

— Pode deixar eu não vou esquecer de pedir para te colocar na lista de empregados— não me senti confortável com as suas palavras, mas deixei pra lá— você não tem maquiagens?— ela pergunta

— Não posso usar qualquer tipo de maquiagem, elas me dão alergia e as antialérgica estão com valores acima do que eu posso pagar

— Entendi, tente ao menos passar um batom quando for fazer esse evento— ela estava me dando diversas instruções e eu concordei com todas, pois a Louise é minha amiga a anos e sabe o que está fazendo

Trabalhei todos esses dias sem reclamar de cansaço, quase não vi o Eloy por conta dos diversos horários de trabalhos, mas havia prometido a ele que amanhã nós sentaríamos para jogar um pouco, sem ser atrapalhado por nada e que eu não ia lhe cobrar o dever de casa feito, seria apenas um momento de jogos para nós dois

Pois hoje não teria como, embora eu não estivesse me sentindo bem precisava cumprir com um combinado que eu havia feito com a Louise, ela me deu uma oportunidade e eu não posso queimar o nome dela com os seus amigos, por isso eu coloquei uma calça jeans e uma blusa regata preta um salto baixo Preto e cheguei para tal festa. eles pediram para que nós chegassemos com antecedência de 2 horas pois haveria uma reunião nos informando o que nós deveríamos fazer e assim foi feito o chefe das equipes designou cada pessoa para uma determinada área e eu ficaria na parte de fora perto da varanda é enorme o local.

Não sei como a Louise conseguiu ter i********e com pessoas desse porte mas sei que as pessoas que parecem morar neste lugar devem ser podres de rico, pelo menos ela está se dando bem na vida do jeito que sempre sonhou e eu torço para que tudo venha dar certo pois a minha amiga merece ser feliz do jeito que deseja, embora eu ache tudo isso horrível pra ela.

— Você não pode andar com o cabelo desse jeito, prenda-o, imagine um dos convidados com o seu cabelo na comida!— uma senhora arrogante fala, ela parecia ser a governanta do lugar

— Sim senhora— disse e abaixei a cabeça e ela se retirou com algumas murmurações e reclamações enquanto ia embora.

Prendo meu cabelo como dá, pois ele não é um cabelo longo, pelo contrário ele é curto e escuro

Juntamente comigo, todos que estavam na escala de trabalho usavam a mesma roupa, as mulheres com vestido preto curto e bastante sensual para o meu gosto e os homens com uma calça preta e um blusão da mesma cor, com uma gravata borboleta

Não entendi porque escolheram esse tipo de roupa para as mulheres mas fiquei super desconfortável com a situação, não havia motivos deles fazerem algo desse jeito

É sério? Precisava mesmo colocar uma roupa tão curta? Ainda não consigo entender, mas tudo bem, é por apenas algumas horas e a única coisa que eu vou fazer quando sair daqui é pegar o meu dinheiro e guardar para pagar as minhas contas.