CAPÍTULO 01

2289 Words
Essa versão é para os fãs de Adam Lavisck, escrevi essa primeira versão quando tipo dezoito anos e todos amam ela; ISABEL Não desejo para ninguém o que eu passei, sou uma pessoa sem papas na língua, divertida e bem alegre, mas tudo isso não passa de uma máscara para esconder todo meu passado doloroso e triste. Quem me vê hoje em dia assim, nunca vai imaginar o que passei há alguns anos. Quero superar isso, passar por cima desse passado r**m, só espero que nada estrague meus planos. Sou Isabel Mitchell, com cicatrizes profundas de um passado horrível, fui ferida fisicamente, mas nada se compara com as cicatrizes da alma! ~❤~ ADAM As pessoas acham que sempre tive tudo na mão, m*l sabem elas que estão completamente erradas, tudo que consegui foi com meus esforços e também com coisas ilegais. Se me orgulho disso? Não, mas eu precisava para provar para meu o pai que eu posso, que sou melhor do que ele, esse homem é uma das pessoas que mais odeio no mundo por motivos que não vêm ao caso agora. Hoje sou conhecido mundialmente como um grande CEO de empresas de marketing e investimento. Tenho várias espalhadas por inúmeros países, não é à toa que sou um dos homens mais ricos do mundo e o mais desejado de Seattle. Podem me chamar de arrogante, metido, safado, não ligo. Tenho tudo que quero pois, não descanso até conseguir. Assim como milhares de pessoas, já sofri por amor, ou melhor dizendo, por uma p**a que nunca me mereceu, por isso me tornei esse homem frio e calculista, sem medo de nada e de ninguém. Meu nome é Adam Lavisck, sou um homem quebrado, de coração fechado a sete chaves e com uma meta a cumprir, nada nem ninguém vai me impedir. ISABEL Na minha vida tudo foi difícil para conseguir, desde os meus 5 anos de idade tive que lutar para sobreviver pois, foi com 5 anos que perdi meus pais, não lembro muito bem deles, uma das poucas lembranças que tenho foi exatamente no dia em que me deixaram, sendo que antes de tudo acontecer, eles prometeram nunca me abandonarem. Como meus pais morreram? Bom, pra falar a verdade eu não sei bem como, foi tudo muito confuso e ninguém me explicou nada, eu só tinha 5 anos e não tinha mais nenhum parente meu vivo, tive que ir para um orfanato. A única coisa que soube foi que meus pais foram enterrados sem cerimônia, só foram enterrados e pronto. Se me dói a morte deles ainda? Claro que me dói, porque se eles não tivessem morrido eu não teria sofrido tanto na vida quanto sofri até dois anos atrás. Hoje aos 19 anos já passei por tanta coisa que daria até para fazer um livro, já fui espancada, quase estuprada, já matei e já fui parar em um reformatório. Sim já matei, mas eu não tive escolha e Deus que me perdoe, mas não me arrependo disso nenhum pouco. O que faço da vida hoje? Digamos que eu trabalhava como faxineira de uma casa de Strip, mas agora que sou maior de idade trabalho como dançarina. Não me envergonho, pois não estou fazendo nada de errado, não me prostituo, primeiro por que é proibido aqui na boate Hiz's e também porque ninguém aqui tem coragem, bom, eu pelo menos não tenho. Há dois anos, o dono da boate, o senhor Hiz, me tirou das ruas e se não fosse por ele, eu teria sido estuprada. Eu tinha 17 anos quando fui morar com ele. No começo tive medo, mas aí eu conheci a mulher dele, Jena e o filho deles, Pedro, ele agora tem 10 anos e é uma fofura, para mim é como meu irmão mais novo, vivo com eles e me sinto parte da família. Dois meses atrás, consegui um estágio em uma empresa muito importante, ganho um dinheiro bom que estou juntando para comprar uma casa para mim, não quero viver às custas dos outros a vida toda. Hiz é uma ótima pessoa assim como sua família, mas as vezes me sinto uma intrusa por estar usufruindo das coisas dele, mesmo ele falando para não me sentir assim, eu poderia largar meu emprego de dançarina na boate, mas por incrível que pareça amo dançar, a dança me distraí e me ajuda a equilibrar a mente, me faz esquecer um pouco do mundo a minha volta e do meu passado por alguns minutos. Hoje é segunda, pela manhã vou para a faculdade de administração e de tarde meu estágio, sou secretária da secretária do dono da empresa. Estranho não? Tenho sorte da Abby ser um amor de pessoa e também ser sobrinha do senhor Hiz, o resto das mulheres daquela empresa são todas um bando de vacas interesseiras, várias vezes cansei de ouvir gemidos vindos da sala do senhor Adam Lavisck, ele é lindo, um deus grego, mas o que tem de deus grego tem de arrogante, cafajeste, metido e mulherengo, cada dia é uma mulher diferente que entra naquela sala, eu acho incrível como elas não se tocam que ele só vai querer uma f**a de minutos e depois tchau, bando de burras. Me arrumo e opto por uma saia lápis cinza acima dos joelhos e uma blusa branca de manga comprida, saltos pretos com o solado vermelho, prendo meu cabelo loiro em um r**o de cavalo alto e como odeio maquiagem, não uso. Checo minha bolsa e meu material da faculdade e já estou pronta. Quando chego na cozinha vejo Hiz, Pedro e a Jena tomando café, o que me faz olhar no relógio e ver que estou super-atrasada, tenho que estar na faculdade às 08:30 e já são 08:20, demoro vinte minutos até chegar lá de ônibus. — Bom dia família, tchau família. — Falei correndo em direção a porta. — Bel, não vai tomar café? Ontem você não jantou. — Disse Jena. — Prometo comer algo na rua, agora tenho que ir. — É bom comer mesmo, vou ligar para Abby e pergunta se você comeu algo enquanto trabalhava mocinha. — Vou até Hiz e dou um beijo em sua bochecha. Ele é como um pai pra mim, assim como Jena é como uma mãe, os amo muito. — Pode deixar Hiz, sabe que se tem uma coisa nesse mundo que adoro fazer, é comer. — Jena ri. — Nunca vi uma pessoa comer como ela, parece ter mais de um estômago. — Pedro diz e eu lhe mostro a língua. Nossa, que mulher madura eu sou — pensei. — Sei que vocês me amam muito, mas realmente preciso ir. Até mais tarde. — Saio de casa e como o ponto de ônibus fica do lado da minha casa, fica mais fácil para a atrasadinha aqui. As aulas passam voando, gosto desse curso, mas minha paixão sempre foi a escrita, amo ler e escrever, e se Deus quiser, um dia serei uma grande escritora. Quando saio do curso, olho no meu celular e vejo que já está na hora do almoço e como não comi nada é melhor parar e comer algo, vou na lanchonete que fica perto da faculdade de Seattle, a melhor de cidade, entro na lanchonete e peço um hambúrguer enorme e um copo gigante de refrigerante, não me levem a m*l, mas amo comer, ainda mais se for besteiras, não tenho essa que não como isso e aquilo pra não engordar, na verdade acho que sou magra de r**m, pois como demais e não surte efeito algum, acho que eu tenho um buraco n***o no estômago. Quando saio da lanchonete, vejo que estou três minutos atrasada para meu estágio e como a empresa Lavisck fica a uma quadra daqui, vou sempre andando, só que dessa vez vou correndo mesmo. Chego feito uma desesperada na empresa e pedindo para que não notem meu atraso, corro em direção ao elevador ignorando os olhares e falatórios das pessoas, acho que esse elevador está de s*******m com a minha cara, cinco minutos depois e estou no último andar, corro em direção a sala de Abby, quando entro quase caindo ela me olha com aquele olhar tipo: Onde você estava, rapariga? Coloco um sorriso sínico no rosto e com a maior cara de p*u digo: — Abbynha, meu amor, vamos ao trabalho. — Vou até a minha mesa que fica na sala de Abby. A sala é grande o suficiente para nós duas, as paredes são algumas brancas e outras creme e tem uma parede feita só de vidro que fica do nosso lado esquerdo dando a visão do centro de Seattle. — Abbynha meu amor?! Pode me falar o porquê desse atraso? — Perguntou me encarando com direito a mão na cintura e tudo. — Me desculpe Abby, é que esse final de semana foi puxado lá na boate. — Praticamente me jogo na cadeira. — Bel olha, você deveria largar esse emprego, não sei como Hiz não tirou você daquele lugar, você não precisa disso. — Me chama a atenção, detesto quando ela diz essas coisas. — Abby não adianta, gosto de dançar e Hiz por várias vezes pediu para eu sair da boate, mas não dá, a dança me ajuda e você sabe que preciso de algo para me distrair, Hiz sabe disso por isso parou de insistir, não acho nada de errado afinal não é nenhum crime que estou cometendo. — Digo cansada. — Tudo bem, desculpe é que fico com medo de alguém daqui descobrir isso e te julgar, você sabe que muitas dessas mulheres são vistas como prostitutas o que na maioria das vezes não é verdade. — Isso é verdade, já vi muitas serem humilhadas por isso. — Eu tomo cuidado, sempre uso uma máscara para ninguém me reconhecer e ainda por cima a iluminação de lá dificulta, o que me ajuda muito. —Tá. Mas cuidado, viu? — Pede, se senta e começa a mexer nos papéis. — Tá bom. — Murmuro olhando para o computador checando e-mails e documentos. Abby é uma morena dos olhos castanhos muito bonita, chama a atenção por onde passa, ela é como a irmã que nunca tive. — Isabel preciso que vá até a sala do Sr. Lavisck e leve alguns contratos que ele tem que avaliar e assinar. — Concordo e me levanto indo até a sua mesa pegando os papéis, quando abro a porta ela diz: — Não arrume confusão, por favor. — Sorrio e saio da sala, Abby me conhece, sabe que sou bem atrevida, mas sei ser educada quando são comigo. Antes de entrar, bati na porta e escuto um entre, quando entro encontro o Sr. Lavisck sentado em sua cadeira com a atenção voltada para o computador. — Com licença, vim trazer alguns contratos para o senhor avaliar e assinar, eles já foram avaliados por Abbygrey e está tudo certo, mas ela pediu para o senhor dar uma olhada e ver que está tudo nos padrões. — Digo igual a uma profissional, até eu me estranhei agora. — Onde está a Srta. Butter? — Perguntou sem me olhar, que falta de educação. — Ela está muito atarefada organizando suas reuniões e viagens como o senhor pediu. — Digo calmamente. — E você quem é? — Como pode uma pessoa não saber quem trabalha pra ele? — Sou Isabel Mitchell, sou estagiária aqui e ajudo a Abbygrey. — Respondo quase perdendo a paciência. — Mitchell? Seu sobrenome é Mitchell? — Pergunta surpreso. — Sim, senhor. — Além de irritante, é surdo. — Saia da minha sala. — Diz ríspido me deixando confusa. O que eu fiz agora? — Mas senhor, eu não fiz nada... — Já mandei você sair daqui. É surda? — Filho da mãe. — i****a. — Saio da sala indo até a sala de Abby dando de cara com Carlos. Carlos é vice-presidente da LAVISCK'S MARKETING E INVESTIMENTOS e irmão do chato Adam, ele é um amor de pessoa, diferente do senhor simpatia. — O que foi loirinha? — Pergunta Carlos me olhando preocupado depois de me ver entrando bufando na sala. Ele sempre me chama assim, considero ele como um irmão, mesmo com pouco tempo de convivência. Carlos é lindo, um homem alto e bem forte, de pele clara e olhos verdes, cabelo castanho escuro e tem covinhas, as mulheres daqui babão nele, mas ele já tem dona e ela está nessa sala, calma não sou eu e sim Abbygrey que detesta esse nome, eles namoram, mas ninguém aqui sabe, somente eu. — O seu irmão. — Falei com desdém. — O que você fez dessa vez Bel? — Por que sempre sou eu que faço algo? — Não fiz nada, ele surtou quando falei meu sobrenome e me mandou sair da sala dele, ele é um i****a. — Digo irritada. — Não fica assim, meu irmão não é a melhor pessoa do mundo, mas esses dias ele tem andado meio estressado. — Explica Carlos. — Seu irmão é um i*****l que não sabe tratar as pessoas bem. O Lavisck é um arrogante, chato, cretino, irritante e...— Paro de falar quando percebi que a atenção de Abby e Carlos estão voltadas para atrás de mim, engulo seco na hora. — Ele está bem atrás de mim, não está? — Pergunto e os dois dizem que sim em uníssono. — Na minha sala, agora Srta. Mitchell. — Ele fala tão perto que sinto seu hálito quente no meu ouvido me arrepiando toda, nossa que estranho. — Está bem. — O sigo até a sua sala e vários pensamentos me vêm à mente. Droga! Vou ser demitida, não vou conseguir minha tão sonhada casa, merda como sou burra.
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