CAPÍTULO 02

2062 Words
ISABEL Entro na sala do Sr. Lavisck me sentindo uma criança que logo irá receber uma bronca, quando ele se senta e faz menção em falar eu o interrompo. - Sr. Lavisck, não foi minha intenção dizer aquilo do senhor, é que... - Não quero lhe dar uma bronca pelo que você disse lá na sala de Abbygrey, mesmo você merecendo, muito mais que uma bronca, sou seu chefe e exijo respeito. - Seu tom é sério. - Desculpe, então por que me chamou? - Nunca vi você por aqui, conheço todos os meus funcionários, menos você, o que é muito estranho. - Diz mexendo nas gavetas, coloca uma pasta preta na mesa e começa a olhá-la. - Pensei que o senhor fosse mais cuidadoso. - Falo sem pensar. Controle sua língua Isabel! - Me repreendo. - Eu sou sim e por isso estou olhando seu currículo e também, quero te fazer algumas perguntas. - O que precisa saber de mim para trabalhar na sua empresa está nesse papel, não há nada mais a acrescentar. - Sou ríspida. - Além de abusada quer se fazer de misteriosa? - Sorriu, nossa que sorriso! - Não estou tentando me fazer de misteriosa, apenas estou deixando claro que não vou dar nenhuma informação da minha vida pessoal. - Não disse que vou fazer perguntas e muito menos que são pessoais. - Ai, essa doeu. - Bom, vamos ver... Você tem apenas 19 anos mesmo? - Perguntou chocado. - Por que eu iria mentir isso? - É porque você não parece ser tão nova, pelo menos não no físico.- Ergue uma sobrancelha. - Eu sou uma mulher, com 19 anos com muitas experiências. - Ele se encostou na sua cadeira, inclinou um pouco sua cabeça para o lado e coçou sua barba rala. - Que tipo de... experiências? - Posso ver um sorriso cínico se formar em seus lábios. Mas que abusado. - Pensei - Coisas que não te dizem respeito. - Sou grossa. - Você é muito abusada, alguém tinha que te dar uma lição para deixar de ser assim. Sou seu chefe e deveria me respeitar e ao menos, responder minhas perguntas. - Olhei chocada para ele e irritada por suas palavras. - São perguntas que não sou obrigada a responder, são coisas pessoais. - Desvio o olhar. - Posso te demitir por falar assim comigo. - Falou alto e com uma voz grave. - Certas perguntas devem ser respondidas da forma como elas foram feitas. - Ele ri. - Boca esperta e bonita, gostei. - Ele tira seu paletó mostrando seus músculos firmes e grande escondidos por uma blusa azul, ele retira a gravata e deixa em cima da mesa. Esse homem pode ser o que for, mas é muito sexy e lindo. - Pensei. - Está me assediando? Posso muito bem denunciá-lo por isso. - Provoco. - Não estou te assediando, não preciso disso para ter uma mulher. - Diz com um sorriso debochado. - Desculpe Sr. Convencido, mas tenho mais o que fazer, com licença. - Me viro para sair do seu escritório. - Não mandei você sair. - Parei no mesmo instante e me virei para olhar para ele. Deus! Como nunca dei atenção para o quanto ele é lindo?! Esses olhos azuis que estão me olhando... de um jeito que me arrepia toda, é tão... Intenso. - Não tenho mais nada o que fazer aqui Sr. Lavisck. Creio eu que essa conversa não vai levar a nada e eu estou sem paciência para certas coisas, preciso trabalhar e o senhor também. - Me viro para sair de novo, mas logo sou interrompida quando sinto braços me puxarem e logo em seguida sinto um corpo me pressionar contra a parede. - Como eu havia dito, você é muito abusada, merece levar umas palmadas na b***a que te deixe sem se sentar por vários dias e eu teria um grande prazer em fazer isso. - Ele está tão próximo do meu rosto que posso sentir seu hálito quente, sua boca está tão próxima a minha que se eu me inclinar só um pouco vou sentir seus lábios nos meus. Posso ver claramente a intensidade do seu olhar, estou totalmente hipnotizada por esses olhos, abaixo o meu olhar para os seus lábios, ele os morde me fazendo engolir seco. Ô tentação! - Eu tenho que ir. - Digo tentando mostrar que estou calma, mas não estou. Ele coloca uma mão no meu rosto e começa a me acariciar, confesso que senti minha pele queimar, meu corpo se arrepiar e minha v****a pulsar. - Não é o que seus olhos me dizem, muito menos seu corpo. - Adam pega na minha cintura e me juntou mais ao seu corpo, em um encaixe perfeito. - Como você é... Convencido. - Sussurro, ele dá um meio sorriso que faz meu íntimo se molhar todo. - Você é tão linda. - Passa o polegar pelos meus lábios me fazendo fechar os olhos automaticamente, quando os abro vejo-o me olhando com um sorriso diferente, me despertando do encanto maldito que ele me pusera. - Com licença. - Junto todas as minhas forças e saio de sua sala indo correndo para a minha sala, dou graças a Deus quando chego lá e não vejo Abby e Carlos, me jogo no sofá bege em forma de L que tem no escritório e relaxo. Meus pensamentos vão logo para o que aconteceu na sala do Sr. Lavisck, que homem mais arrogante, confesso que gostei, mas isso é errado, ele é errado, além de ser meu chefe ele é um grande cretino que adora f***r qualquer uma e eu não sou qualquer uma, será que ele estava só de zoação com a minha cara? Não, ele não estava, se eu não tivesse saído logo daquela sala, ele iria me beijar ou até... não, isso não pode acontecer, não posso largar meu emprego, pois preciso dele, mas posso evitá-lo, isso mesmo, vou fazer o possível para não dar de cara com ele, não sei como eu reagiria na frente dele depois de hoje. Nossa, como estou sendo covarde, essa não sou eu, sou Isabel Mitchell, que não tem medo de nada, tenho certeza que ele irá agir como se nada tivesse acontecido, então se ele vai agir assim eu também vou. **** No meio da tarde eu aproveito que estou com o tempo livre para sair e vou até a cafeteria do outro lado da rua, compro um copo de cappuccino e volto para a empresa. Assim que o elevador se abre, uma pessoa entra na minha frente quase me derrubando no chão e quando olho para a pessoa, vejo que não é nada mais nada menos que Adam Convencido Lavisck. Azar ou sorte? - Deveria olhar por onde anda Srta. Mitchell. - Diz sem me olhar, assim que as portas do elevador se fecham olho para ele irritada. - Educação se usa também sabia? O senhor que saiu atropelando os outros. Não tenho culpa pelo senhor ser tão... arrogante e m*l-educado, só porque é dono da empresa não pode fazer isso com as pessoas. - Não escondo que estou irritada. - Vejo que continua abusada. - Falou agora me olhando. - Eu nasci assim, sou assim e vou morrer assim. Não gostou? Morre que passa. - Falei bem alto, com direito a mão na cintura tudo. Adam fica me encarando com a maior cara de paisagem, mas não por muito tempo pois logo vejo um sorriso se formar em seus lábios. - Você fica sexy com raivinha. - Sorriu. - Aff, não dá para dialogar com o senhor. - As portas do elevador se abrem e aproveito para sair dali o mais rápido possível. Quando saio às pressas do elevador eu ainda escuto ele dizer. - Não adianta fugir, menina abusada.- Juro que senti uma p**a vontade de me virar e lhe mostrar o dedo do meio, mas me contive por dois motivos: Primeiro porque ele é meu chefe, não posso ficar falando com ele assim o tempo todo. Segundo porque se eu o olhar mais uma vez, eu vou acabar derretendo por aquele sorriso de arrancar calcinha. ***** - Você está estranha. - Falou Carlos me tirando dos meus devaneios. - Estou normal, só estou um pouco cansada. - Não, é que o seu irmão gostoso não sai da minha cabeça. - Qual é loirinha? Você ficou assim desde quando saiu da sala do meu irmão, o que ele te fez? - Tipo, ele ameaçou me deixar sem sentar por alguns dias, e no elevador disse que fico sexy brava, mas fora isso não aconteceu nada demais. - Seu irmão é um arrogante. - Digo sem pensar. - Adam nem sempre foi assim, acredite, ele era um amor de pessoa, se você me acha brincalhão é porque você não conheceu meu irmão antes dos terríveis acontecimentos. - Falou Carlos me despertando uma certa curiosidade. - E quais seriam esses terríveis acontecimentos? - Não posso dizer, é um assunto pessoal dele, seria errado te contar. - Te entendo. - Carlos cruza os braços, ergue uma sobrancelha e com um sorriso i****a pergunta. - Mas por que esse interesse de saber sobre meu irmão? - Só curiosidade mesmo. - Finjo não me importar. - Sei, mas afinal, o que tanto conversou com meu irmão naquela sala? Se ele não te deu uma bronca nem nada, o que vocês tanto conversaram? - Perguntou desconfiado. - Ele queria saber quem eu era, ele disse que nunca tinha me visto por aqui. - Isso é verdade. - Hum, sei. - Carlos, não aconteceu nada, agora me dá licença que estou morrendo de fome e sono, só quero ir para casa e dormir. - Pego as minhas coisas e saio da sala. Assim que saio da minha sala, dou de cara com Adam saindo da dele também, vejo ele vir na minha direção e sei que vai soltar mais uma de suas gracinhas, então decidi ignorá-lo e sair logo da empresa. Saio da empresa vou andando até o ponto de ônibus, olho no meu celular e vejo que meu ônibus já havia passado, e que o próximo só iria passar daqui a meia hora, o que é uma coisa r**m pois, além de ser muito tarde, o ponto de ônibus está deserto. Sinto que estou sendo observada, olhei em volta e não vi ninguém, até que sinto uma mão me puxar e nesse momento borrei de medo quando eu vi de quem se tratava. - Você? - Tenho certeza que meus olhos estão arregalados. - Oi princesa, sentiu minha falta? Pensou que tinha me matado né lindinha? Se enganou. - Ele me prende contra a parede, e aperta meu pescoço. - Me solta! - Grito fazendo-o apertar mais sua mão em meu pescoço. - Que foi lindinha, tá com medo de mim? Não foi isso que demonstrou quando tentou me matar, sua v***a. - Diz com frieza, o que me faz ter mais medo ainda. - Era para você ter morrido, seu infeliz. - Cuspi as palavras na cara dele, seu sorriso some dando lugar a um olhar de raiva e ódio. - Antes de matar você, vou terminar o que comecei junto com o meu pai há alguns anos, querida Bel. - Ele sorri e me empurrar para um beco escuro que tem do lado do ponto de ônibus e me joga no chão fazendo-me bater com força a cabeça, grito com a tamanha dor que o impacto me causa, ouço sua gargalhada ao ouvir meu grito, ele me acerta um chute na costela, infeliz! - Socorro. - Tento gritar, mas não consigo, a dor é tanta que me impede de gritar ou até de falar. - Faça o que quiser, ninguém vai te ouvir princesa, estamos sozinhos, como nos velhos tempos, meu amor, pena que meu pai não está aqui para participar dessa festinha. - Seu... Pai está... No inferno. - Minha voz saiu entrecortada. - Sim e tudo por culpa sua, e agora, depois de me divertir com você, você também vai fazer companhia a ele lá. - Falou se aproximando. - Não. - Tento me arrastar. - Acabou lindinha. - Ele me levanta pelos cabelos, quando tenta tirar a minha blusa, ele para ao escutar uma voz. - Solta ela! - Olho na direção da voz e me surpreendo. ADAM!
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