A raposa e o lobo

2573 Words
Pov. Narrador. Estava chovendo lá fora e Toty estava em uma caverna junto com Dyra a raposa , o lobo sentia uma incomoda dor de cabeça mas estava passando aos poucos. No escuro toty conseguia ver bem a silhueta de Dyra e a raposa estava deitada no chão com a calda enrolada sobre o corpo. Toty tentava dormir e virava de um lado para o outro sem suscesso e Dyra fingia que dormia enquanto observava o lobo se virar para cá e para lá fazendo barulho. Toty naquele momento só queria voltar para casa ,para a sua mãe ,para Tina e até para Taboo. Taboo havia o salvado uma vez e Toty pensou que talvez ela fizesse isso novamente, Toty gostou de imaginar que Taboo estaria a sua procura e a qualquer momento iria o encontrar e o levar de volta para casa. Toty se acomodou novamente sobre o chão duro da caverna e pouco a pouco foi caindo no sono ao escutar o barulho das chuvas lá fora. No dia seguinte toty acordou com a caverna vazia a raposa não estava mais lá ,ele estava sozinho , Toty se levantou e foi procurar a raposa mas não havia nenhum sinal dela. Toty saiu da caverna e gritou pelo nome de Dyra mas novamente nehum sinal. Toty foi procurar Dyra floresta a dentro e quando passou perto da árvore onde ficava viu uma árvore toda cabornizada e alguns troncos do abrigo que havia montado também o estavam. Toty pensou ter escapado da morte se o raio tivesse ative atingido a árvore que ele estava ele poderia não está mais vivo e ele tinha razão. Toty voltou para a caverna pensando que talvez Dyra voltasse uma hora ou outra. Quando toty voltava para a caverna viu Dyra voltar trazendo alguns peixes para os dois. Toty a observou voltar trazendo os peixes e seguiu a raposa até dentro da caverna. - Você está melhor ? Perguntou a raposa - Sim- disse toty Dyra começou a fazer a fogueira para assar os dois peixes que havia trago enquanto toty só a observava. - Como você veio parar aqui ? Perguntou o lobo puxando assunto. - Eu sinto muitas saudades de minha família, mas eu não pude ficar lá - disse Dyra. - Porque ?- Perguntou o lobo - Eles iam me obrigar a cazar com Neru - disse a raposa. - Quem e esse Neru ? Perguntou Toty - E um raposo ,ele e meu primo e meu pai e o pai dele queriam que nós cazassemos para fazer uma aliança entre o clã do meu pai e o clã do primo dele - disse a raposa começando a tirar as tripas do peixe. - Porque você não queria esse tal Neru ? Perguntou Toty. - Eu não o amava preferia sair sozinha por aí a ter que casar com ele - disse a raposa. Toty se sentou em uma pedra e ficou observando a raposa preparar o peixe. Toty ficou encarando Dyra com seus olhos brilhosos como se ela fosse a fêmea mais bonita que ele já havia visto. - Você e casado ? - Perguntou Dyra para o lobo. - Não ! , Na minha aldeia não tinha lobos como eu - disse Toty. - Como ? Perguntou a raposa confusa olhando para onde o lobo estava sentado. - Eu fui criado por humanos , eles me encontraram quando eu era bebê dentro de uma caverna - disse Toty. Dyra pareceu não acreditar no que Toty estava lhe dizendo um lobo ser criado por humanos parecia absurdo demais para ela. - Se você está dizendo quem sou eu para negar - disse a raposa ascendendo o fogo. - Você não planeja voltar para a sua família? - Perguntou o lobo. Dyra parou por um minuto pensativa e respirando fundo - Talvez - disse a raposa se lembrando de tudo que havia deixado para trás. - Eu quero muito voltar para a minha família só não sei o caminho de volta para casa - disse o lobo. - Como você se perdeu ? Perguntou a raposa. Toty ficou pensativo por um segundo e achou melhor ocultar o detalhe de ter ido atrás de uma loba e ter se perdido ao ser arrastado pelo rio , aquilo lhe parecia patético demais. - Eu cai dentro do rio e fui sendo arrastado pela correnteza que estava muito forte e acabei desmaiando e quando acordei estava em um lugar desconhecido - disse o lobo. - Você já tentou voltar ? Perguntou a raposa. - Sim , mas não encontrei o caminho de volta - disse o lobo. Dyra pensou em oferecer ajuda mas desistiu da ideia. - Você não quer viver no meio de outros lobos ? Perguntou Dyra. - Eu não sei - disse Toty pensativo. - Eu só queria voltar para casa - desabafou o lobo. Dyra dividiu igualmente a quantia de peixe que havia sido assada entre ela e Toty , o lobo ao receber aquele gesto de felicidade disse - obrigado. Dyra ficou observando Toty mastigar a comida com aqueles enormes dentes de lobo e achou engraçado aquilo. - Você come engraçado - disse a raposa sorrindo. Toty deu um leve sorriso simpático e a amizade dos dois começou ali. # 1 Semana depois Dyra e Toty estavam em grupo caçando eles miravam um pequeno cervo e o lobo ia se aproximando devagar do animal vindo por trás do animal enquanto a raposa se aproximava pela lateral do animal. Dyra fez o sinal para Toty de que iria disparar o arco e flexa Toty ascentiu com a cabeça e Dyra disparou acertando o animal na costela. O animal começou a correr como um louco e toty aproveitando a oportunidade lhe lançou uma lança com a ponta de pedra mas errou o animal que continuou correndo feito um louco enquanto ia para longe Toty irritado por ter errado o alvo chutou o tronco da árvore enquanto um cacho de abelhas caiu sobre sua cabeça. - Abelhas ! - Gritou o lobo deseperado enquanto jogava o cacho de abelhas para longe Dyra gritou e apontou a direção em que o lobo devia correr toty despertado começou a correr em direção a uma lagoa enquanto Dyra corria atrás do servo que havia sido flexado tentando descobrir a direção do seu paradeiro. Toty correu como um desperado na direção em que Dyra havia o indicado enquanto uma nuvem preta de abelhas o perseguia e o picava Toty ao ver a água se jogou dentro da água enquanto o enxame de abelhas se acalmava e se dissipava em seguida. Dyra foi seguindo as pegadas e os rastros de sangue deixado pelo cervo e chegou até o local onde o animal agonizava e dava seus últimos suspiros de vida. Dyra em seguida voltou para procurar por toty e os dois juntos levaram o animal para mais perto da caverna O animal estava pesado mas como toty era forte conseguia quase que sozinho arrastar o animal. O animal estava pesado mas toty conseguia dar conta de quase todo o trabalho. Os dois teriam que aproveitar o animal o mais rápido possível antes do anoitecer. Toty não perdeu tempo e mesmo sentindo dor por ser picado por abelhas pegou uma faca de pedra e começou a tirar o coro do animal enquanto a raposa tirava a carne , tudo ia ser aproveitado. Quando estava anoitecendo os dois estavam defumando a carne para o inverno que já começava a dar sinais que ia chegar , os verões e as prima verás eram bem curtos e as vezes haviam geadas a cada mês o que exigia que todos ficassem preparados. - O que você está rindo ? - Perguntou Toty para a raposa. - Você e muito engraçado - disse a raposa. - Você tá achando graça porque não foi você quem foi picado por abelhas - disse Toty. - Mas engraçado foi - disse a raposa sorrindo - Pra mim nem um pouco - disse o lobo abanando o fogo para a carne ficar defumada. - Posso te perguntar uma coisa ? - Perguntou a raposa. - Diga - disse o lobo - Como você conseguia sobreviver ? - Perguntou a raposa. - Toty escutou aquela pergunta e pensou um pouco antes de responder algo para a raposa. - Eu te ofendi ? Me desculpa - disse a raposa - Não , está tudo bem - disse o lobo. - Tem certeza ? - Perguntou a raposa sentindo que aquilo poderia ter magoado o lobo e este poderia reagir com alguma atitude violenta. - Sim - disse o lobo um tanto cabisbaixo. - Vou pregar uma peça nela - pensou toty. Toty percebeu que a raposa estava quase se afastando talvez ela tivesse ficando com um tanto de medo dele. - Rrrr - disse toty mostrando as garras e os dentes para a raposa que deu um salto para trás. - Haha - disse o lobo - Voce me assustou - disse a raposa. - Ta achando engraçado agora - Perguntou Toty ? - Nem um pouco seu sem graça - disse a raposa sorrindo. - Esta escurecendo - disse o lobo. - E melhor a gente terminar de defumar essas carnes e entrar logo - disse a raposa olhando para o céu. - Sim - disse toty abanando a fogueira Ao terminarem de defumar as carnes Dyra as colocou sobre troncos e galhos que haviam levado para o interior da caverna. Toty ascendeu uma fogueira enquanto Dyra separava as carnes cruas que seriam usadas para a janta. Os dois ficaram em seguida próximos a fogueira enquanto toty assava as carnes que foram separadas. Dyra notou que o lobo estava um tanto pensativo. - Esta tudo bem ? - Perguntou a raposa. - Não, não está - eu sinto falta da minha família, não sei como minha mãe está , não sei se vou conseguir voltar para casa - disse o lobo suspirando. - Eu também sinto falta da minha família mas eu não posso voltar - disse a raposa. - Eu tentei ir embora uma vez e depois acabei tendo que voltar - disse o lobo suspirando. - O que deu de errado ? - Perguntou a raposa enquanto a fogueira crepitava e iluminava a caverna. Toty parou por um minuto e pensou em inventar uma história pois o que aconteceu na tentativa de ir embora parecia ser vergonhoso demais. - Eu só quis voltar para a minha mãe ela ficaria triste ficando longe de mim - disse o lobo. Dyra ficou pensativa e se lembrou de sua mãe em como ela estaria se sentindo sambando que a filha estava longe e distante. - Agora estou perdido e não sei o caminho de volta e seria até difícil para eles me acharem - disse o lobo. - Dyra pensou em ajudar o lobo mas ela sentiu que teria algum tipo de perca se toty fosse voltar para casa e ela ficasse sozinha, a raposa sentiu um pouco de saudades do lobo mesmo antes dele partir. Toty sentiu um cheiro de queimado e quando caiu em si a carne estava quase queimando. O lobo rapidamente virou a carne para está não queimar. - Minha mãe deve está preocupada - disse o lobo sentindo um pouco de peso por aquela afirmação. - A minha também,por eu está longe da tribo , longe da aldeia em um lugar desconhecido podendo ser vítima de tribos rivais e até de lobos - disse a raposa. - Lobos? - Perguntou toty. - Estou falando de outros lobos , eles são nossos inimigos - disse a raposa. - Ela não tá pensando que sou uma emeaca ? Será ? - Pensou toty. - Voce nunca viu outros lobos ? - Perguntou a raposa. - So humanos - disse o lobo. - Nos vivíamos perto de uma montanha, era um lugar farto de presas ,meu pai não permitia que cruzassemos muito para o norte - disse Toty. - Porque ? - Perguntou a raposa curiosa. - Uma vez eu e Tina desobedecemos nosso pai , a gente era criança, ele disse que era perigoso mas nós fomos por curiosidade - disse o lobo. - E o que aconteceu? - Perguntou a raposa curiosa. - Nos acabamos entrando no território de outra tribo , era uma tribo estranha , eles não viviam como nós ,falavam uma língua que a gente não entendia e eles se pareciam comigo mas tinham orelhas grandes e elas não levantavam e usavam objetos estranhos que feriam - disse o lobo. - As casas deles eram estranhas , eram de pedras e ninguém atravessava o território deles - disse o lobo. - E o que aconteceu depois? - Perguntou a raposa. - Tina e eu quase fomos vistos e nós voltamos para a tribo do nosso pai , nunca mais saímos do território da tribo - disse o lobo. - O que eles eram ? - Perguntou a raposa. - Eu não faço ideia mas todos na nossa tribo ficaram sabendo que eles levavam homens de outras tribos e faziam coisas terríveis -disse toty. - Eu queria tanto que meu pai estivesse vivo - disse o lobo. - O que aconteceu? - Perguntou a raposa. - Nossa tribo foi atacada e ele morreu tentando nos defender - disse o lobo. - Por aquela tribo estranha ? - Perguntou Dyra. - Não, por humanos - disse o lobo abaixando as orelhas. - Eu sinto muito - disse a raposa fazendo carícias na cabeça do lobo. - Acho que isso já está bom - disse o lobo. Toty retirou as carnes da fogueira e as dividiu igualmente com Dyra. Os dois jantaram juntos enquanto compartilhavam juntos os momentos de suas vidas - Você fica engraçado abanando a calda - disse a raposa. - de nada - disse o lobo. Estava frio lá fora e toty e Dyra eram aquecidos pela fogueira no interior da caverna os dois tiveram uma noite agradável juntos terminando com os dois dormindo mas desta vez um a poucos centímetros ao lado do outro , algo dizia a Dyra que aquele lobo era confiável e algo dizia para toty que ele poderia confiar naquela raposa que havia salvo a sua vida duas semanas se passaram e ao lado de Dyra toty já não sentia tantas saudades de voltar para casa e Dyra já não sentia tantas saudades da família,um estava lá para completar o outro e isso que importava e amizade dos dois foi evoluindo a ponto de um não desgrudar do outro e assim foram se passando semanas e até dois messes desde que toty havia ido parar naquele lugar. 2 meses depois Toty observou que as folhas de todas as árvores começavam a cair anunciando que o inverno estava chegando. - Temos que buscar lenha - disse o lobo. - Não agora não - disse a raposa. - Não temos muito tempo - disse o lobo se levantando. - Eu vou para a caverna não estou me sentindo muito bem - disse a raposa. - eu encontro você lá - se levantando e indo buscar lenha. Dyra estava na TPM por isso não se sentia muito bem , a raposa sentiu até um pouco de enjôo. Toty saiu para ir buscar o máximo que lenha que pudesse enquanto a raposa voltou para a caverna e se deitou em uma cama feita de couros.
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