Pov. Narrador
As raposas estavam no rastro de algumas pegadas deixadas pelos humanos buscando encontrar o lobinho recém - nascido , filho do líder dos lobos.
- Estou sentindo um cheiro de lobo , um lobo pequeno - disse um dos raposos que fazia parte do grupo de busca
- Deve ser ele - disse outro raposo
- São pegadas humanas e parece que os humanos o levaram - disse outro raposo
- Se os humanos estiverem com ele , vamos m***r todos ! Nós temos que achar esse filhote - Disse o raposo que levava a faca de marfim na mão
O grupo ia sendo liderado pelo raposo que levava a faca de marfim na mão - o raposo da faca de marfim ia na frente do grupo de olho nas pegadas e fez o sinal e o restante do grupo começou a o seguir
As pegadas apontavam em linha reta em direção a uma montanha.
- Não vai ser difícil encontrá-los , não faz muito tempo que eles saíram daqui - disse o Raposo da faca de marfim
O restante do grupo começou a ficar mais animado já começando a ter o sentimento de missão cumprida - pois a medida que eles iam seguindo as pegadas o cheiro ia ficando mais e mais forte.
Um dos raposos do grupo levava uma lança feita de dente de mamute e quando este acompanhava os demais um floco de neve caiu sobre o seu focinho
O raposo sentiu um mini congelamento no nariz e virou a cabeca para cima parando por alguns segundos de seguir o grupo.
Um raposo ia com um porrete de madeira na mão e vendo que o companheiro havia parado se virou e perguntou - Algum problema ?
O restante do grupo parou de caminhar e olhou para cima e alguns flocos começavam a cair em quantidades maiores e aos poucos iam cobrindo as pegadas
- Drogaaa - disse o raposo com a faca de marfim na mão ,vendo que as pegadas estavam sendo apagadas pela neve
Os flocos de uma hora para outra começaram a cair em quantidades maiores e uma rajada de vento frio congelante passou entre o grupo de raposas - tão frio que gelava a espinha e fazia os dentes baterem um contra o outro
- Temos que voltar ! - Disse o raposo com o porrete na mão
- Voltar ? , Jamais , Não vamos perder este filhote de vista - disse o raposo da faca de marfim
- Não temos como avançar mais a neve está cobrindo tudo - disse o raposo com a lança na mão
- Não ! Eu vou achar este filhote - disse o raposo da faca de marfim
- Não vá ! Vamos voltar pode ser perigoso - disse o raposo com o porrete tentando o segurar
- Me solte ! Disse o raposo com a faca de marfim empurrando o outro raposo para longe
- Você pode congelar neste frio - disse um outro raposo do grupo
- Eu não ligo - vou m***r todos os lobos daquela tribo - até o último lobo - disse o raposo da faca de marfim.
Os outros raposos foram se afastando procurando voltar para a caverna de onde haviam saído para se protegerem daquele frio cortante e enquanto isso o raposo da faca de marfim estava com sangue nos olhos
- Volte aqui ! Não vá - disse o raposo com o porrete na mão
O raposo da faca de marfim não tirava da cabeça a chance de se vingar de todos aqueles lobos pelo que eles fizeram a sua família - estava sentindo tanto ódio que a neve já estava nas suas canelas mas ele sentia o cheiro daquele filhote de lobo ainda fresco no ar e queria o encontrar para o m***r.
- Como e cabeça dura ! Disse o raposo do porrete de madeira
Enquanto o raposo da faca de marfim ia avançando pela neve o raposo do porrete de madeira resolveu o seguir e o raposo da lança de marfim resolveu voltar para ajudar
O raposo da faca de marfim ia avançando pela neve e já estava ficando cansado - o mesmo raposo sentiu alguém o segurando
- Me solte ! Disse o raposo irritado
- Volte ! Nós vamos o encontrar depois! Disse o raposo do porrete de madeira tentando persuadir o da faca de marfim
- Não ! - disse o raposo da faca de marfim caminhando mais e mais até quando ele pisou na neve e afundou
O raposo do porrete de pedra gritou pelo seu nome e o raposo que levava uma lança largou a lança no chão e correu desesperado na direção do ocorrido
O raposo que levava o porrete gritava pelo nome do raposo que havia afindado na neve mas não tinha nenhuma resposta.
Os dois começaram a cavar desperados até encontrarem uma cabeça na neve
- E ele ! Disse o raposo do porrete de madeira
Os dois raposos conseguiram desenterrar o raposo da neve e fizeram um certo esforço para puxa-lo.
Os raposos conseguiram tirar o raposo da faca de marfim do buraco e este estava desacordado
O raposo da lança de marfim balançou o raposo algumas vezes para ver se ela acordava e ainda pois a orelha sobre o coração do raposo e disse aliviado que o mesmo ainda estava vivo
O raposo da faca que leva o porrete olhou em uma direção e gritou auroqueee e o outro raposo olhou para trás e viu uma enorme manada cheia de auroques vindo na direção deles
Os dois raposos olharam para todos os lados e não viram nehuma saída e entraram em Pânico mas o raposo que levava o porrete viu uma árvore sem folhas
Com muito esforço os dois conseguiram arrastar o corpo do raposo inconsiente para a copa daquela árvore sem folhas e ficaram o segurando com todas as forças que tinham
A manada ia passando por eles levando tudo pela frente e a árvore balançava um pouco para lá e para cá fazendo os raposos fazerem um enorme esforço para se segurarem e segurarem o raposo inconsiente na copa da árvore.
Quando toda a manada passou os dois raposos voltaram para a caverna com o raposo ainda inconsiente
- O que aconteceu? Perguntou um dos raposos ao ver os três retornando para a caverna e um voltava carregado e inconsiente.
- Ele caiu em um buraco cheio de neve ! - disse o raposo com o porrete na mão
- Coloquem ele perto da fogueira - disse um dos raposos do grupo.
O raposo da faca de marfim brevemente abriu os olhos e viu todos os raposos ao seu redor mas voltou a cair em um sono profundo quando escutou um dos raposos dizer - ele está vivo ainda bem !
O raposo da faca de marfim caiu em um sono profundo e viajou de volta para o passado
O raposo via de longe toda sua infância se desenrolando ao redor dele - era uma consiencia assistindo tudo sem poder interferir em nada
O raposo viu a mãe sorrir para ele e ela lhe contar história e lhe fazer carinho e lhe colocar para dormir
Viu toda a sua tribo feliz e vivendo em paz
A mãe lhe levando nos braços e caminhando por um campo cheio de flores
Enquanto isso o raposo estava dormindo e enrolado em roupas de pele perto da fogueira e algumas lágrimas caiam dos seus olhos.
A mãe do raposo o chamava entre as flores para ele correr e ir até ela - dormindo o raposo pronunciou a palavra mãe
No sonho ele tentava correr e ir até ela e não conseguia e depois o cenário muda e ele mesmo adulto tentava correr atrás dela mas não conseguia a alcansar - No sonho ele grita bem alto implorando para que ela não o deixasse mais e mais e mais lágrimas caíram dos olhos do raposo.
E enfim o cenário do sonho mudou completamente com o raposo vendo toda a sua tribo ser massacrada pelos lobos e ver sua mãe ser morta por um lobo
- Peguem ele ! Disse um lobo apontando na direção do raposo que estava sonhando.
O pequeno raposo corre com todas as forças e ainda escuta no sonho alguns lobos vindo atrás dele e o sonho acaba - com o raposo da faca de marfim levantando abruptamente do chão, estando todo suado e ofegante.
Enquanto isso toty estava longe dormindo aquecido pelas mantas de coro feitas pela tia de Dina que já havia adotado aquele lobinho como seu segundo filho .
O clã de Dina havia armado barracas de coro de auroques e mamutes perto de uma montanha e a tribo toda estava lá reunida , com cada família do clã em suas tendas dormindo despreocupados e enquanto isso o pai de Dina o tio e mais alguns quatro primos ficavam de vigia para garantir a segurança do Clan
Estava muito frio mas alguns estavam em alerta para possíveis perigos noturnos o grupo de homens discutiu muito e chegaram a um acordo quanto ao futuro do lobinho - ele ia ficar entre eles até completar 15 anos e depois teria que deixar o clã.
No dia seguinte todos do clã de Dina desarmaram as barracas para partir rumo a terras mais ao sul , mais quentes,
O grupo zarpou para o sul levando tudo que podia carregar e os raposos continuaram a tentar perseguir os rastros deixados pelos humanos mas a essa altura a neve tinha cobrido tudo e não restou mais nada.