Capítulo 4

2695 Words
Pov.Narrador Ao amanhecer enquanto toty era encontrado por humanos o que restou do antigo clã ao qual toty pertencia estava bem longe e disperso - eles eram tudo o que havia restado do Clan de toty Os lobos caminhavam cabisbaixos com alguns com ferimentos nas costas e na cabeça - os lobos estavam em choque não acreditando no que havia acabado de lhes acontecer. O tio de toty agora liderava o grupo e estava com um ferimento na cabeça de uma paulada que havia levado - o lobo com todas as forças tentava conter a dor mas estava sendo difícil. Havia sobrado apenas 20 lobos do total que vaminhavam por uma floresta de árvores sem folhas e com o chão coberto de neve - o tio de toty ia na frente e o restante do grupo só pisava onde ele havia pisado antes. O grupo caminhava meio que sem rumo para bem longe de seu antigo lar e o frio, as arvores sem folhas e alguns lobos gemendo de dor só aumentavam o clima desolador daquela paisagem. A neve havia parado de cair e o sol já estava no horizonte mas ainda ventava muito e ventava frio. No meio daquela caminhada sem rumo era possível ainda escutar alguns choros juntos com alguns lobos jurando voltar e se vingar de Atora e de seu Clan de raposas - Para onde está nos levando ? - Perguntou uma loba que levava um filhote nos braços para o tio de toty - O tio de toty pensou por alguns minutos e disse meio decepcionado - Eu não sei ! Percebendo que o moral do restante dos lobos estava baixo o tio de toty pensou por alguns segundos e disse - Vamos para aquela direção tem cavernas lá Um raposo ia puxando o irmão que estava em uma espécie de sexta de madeira tendo o irmão o pé direito atravessada por uma flexa O irmão estava gemendo de dor e não parava de gemer e o outro lobo ia puxando a sexta acompanhando o restante do grupo. - Tire logo essa flexa ! - disse o lobo gemendo de dor O irmão estava com medo de tirar a flexa pois toda vez que ele tocava na flexa o outro lobo pedia para ele parar - Como eu vou tirar se você manda eu parar toda vez ?- Perguntou o irmão - Tira logo tá doendo muito! - disse o lobo O irmão deixou duas lágrimas caírem do olho e abraçou o irmão chorando - tinha perdido pai e mãe - Eu vou tentar ! - disse um irmão para o outro O lobo que ia puxando a sexta pós a pata sobre o cabo da flexa que havia atravessado o pé direito e o irmão começou a gritar de dor - Não puxa essa flexa ! Isso vai piorar ainda mais - disse outro lobo do grupo que estava com os pelos das costas queimados - Ele sente muita dor ! - disse o lobo que ia puxando a cesta. O tio de toty se viu obrigado a tomar alguma atitude e saiu de onde estava e foi até os dois irmãos - os únicos gêmeos que sobraram do grupo O irmão pegou o cabo da flexa e segurou firme a pata do irmão que tinha sido flexado no pé e disse - Eu serei rápido ! - Espere ! - disse o tio de Tora se aproximando dos dois - Se vocês não tirarem com geito a ponta pode ficar dentro do pé dele - Tira logo ! - Gritou o lobo que havia sido flexado mostrando os dentes e rosnando de dor. Uma loba enrolou um pedaço de coro e disse para o lobo ferido - morda isso com força ! - Você segure a mão do seu irmão - disse o tio de toty - Feixe os olhos ! - disse o tio de toty O lobo ferido feixou os olhos e o tio de toty com todo o cuidado pegou a flexa e a puxou com força , saindo no processo tanto o cabo quanto a ponta da flexa. O lobo ferido mordeu o coro com todas as forças e mesmo com o barulho abafado pelo coro ainda dava gemidos terríveis de dor. A flexa quando foi tirada formou um fio de sangue e várias gotas de sangue começaram a cair no chão o vermelho do sangue contratavava com a brancura da neve. Logo o ferimento começou a ser enfaixado e o restante do grupo começou a sua caminhada até chegarem a uma caverna em um local um pouco elevado - Vamos nós abrigar aqui por hoje ! Disse o tio te toty para os lobos sobreviventes - Você , você e você ! - Disse o tio de toty para cinco lobos os chamando para irem procurar algo para comer e tentar encontrar madeira para fazer lenha - Eu também vou ! - disse o lobo que estava com uma enorme queimadura nos pelos das costas - Você não ! - você fica para cuidar do restante do grupo - disse o tio de toty - Não mas eu quero ajudar! - disse o lobo insistindo - Tudo bem então ! - Disse o tio de toty - Eu também vou ! - disse o lobo que havia levado uma flexada no pé mas ele não conseguia ficar de pé sem sentir muita dor - Você não ! Disse o tio de toty - Mas eu posso ajudar! - disse o raposo que havia sido flexado - Você não consegue nem andar ! - se você quer ajudar fique aqui e ajude a tomar de conta das críancas - disse o tio de toty O restante do grupo foi procurar algo para comer e procurar lenha mas estava sendo difícil encontrar algo em pleno inverno O grupo voltou para a caverna com alguns galhos ,alguns poucos tubérculos e com cinco coelhos mortos - aquilo era o máximo que eles haviam conseguido O lobo com uma queimadura nas costas ainda tentou procurar algo a mais mas começou a cair flocos de neve e cada floco de neve que entrava em contato com as costas queimadas dava nele uma sensação de está queimando sua pele exposta. O grupo voltou para a caverna e já estava começando a nevar e os lobos fizeram uma pequena fogueira A loba que estava com os dois lobinhos começou a tratar dos ferimentos do lobo que estava com as costas feridas e era um ferimento h******l - tanto que o lobo estava sentindo dor só por mover os braços. A fogueira era pequena e os lobos se amontoaram ao redor da fogueira para se manterem aquecidos e assim ficaram quase o dia todo com o grupo saindo novamente a tarde em busca de mais lenha ou algo para comer não tendo tendo suscesso como da primeira vez Ao anoitecer ainda era possível escutar alguns choros e gemidos de dor - aquela foi uma noite triste em que os lobos sobreviventes ainda estavam processando suas perdas - uma loba chorava desperadamente dizendo que seu filho recém nascido havia ficado para trás e o tio de toty tentava acalmar ela. Enquanto os lobos sobreviventes tentavam lhe dar com suas perdas o raposo da faca de marfim estava de volta a sua aldeia - ele voltou de mãos abanando e não conseguiu encontrar o filho do líder dos lobos O raposo da faca de marfim estava deitado no chão coberto de três camadas de lençol de coro - estava muito mau O raposo estava delirando e sonhava com sua família - uma raposa estava cuidando dele e ele jurava que aquela raposa fosse a sua mãe - Ele está delirando - disse a raposa para o líder da tribo que estava na tenda - Sinto muito! Nós perdemos ele ! Os humanos devem ter o levado! - disse o raposo que levava um porrete de madeira - Temos que encontrar o filho de Rouvar - disse Atora o líder dos raposos decepcionado e zangado. - Senhor nunca te decepcionamos nós vamos encontrar esse lobinho - disse o lobo do porrete de madeira - Acho bom ! - esses lobos tem que ser todos eliminados - só assim teremos paz - disse o líder das raposas. As raposas temiam que o filho de Rouvar crescesse e voltasse para se vingar e fosse como um pai que era um líder implacável. No dia seguinte algumas raposas novamente realizaram algumas buscas atrás do paradeiro do filho de Rouvar quando um raposo pisou em algo que parecia ser um corpo de um filhote O raposo cavou um pouco na neve e encontrou o corpo de um pequeno lobo cinzento. O raposo chamou os demais lobos que vieram ver o que ele havia encontrado Os raposos viram que aquele corpo parecia bater com a descrição do filho de Rouvar e julgaram ser seu filho que havia morrido Os raposos levaram o corpo para a aldeia e o líder se convenceu de que aquele era de fato o filho de Rouvar que havia morrido. ..... Alguns anos depois Toty foi crescendo bem longe do lugar onde havia nascido protegido pelo grupo de humanos que o consideravam mais um integrante do clã e toty já estava com seis anos Toty estava distante junto com as outras crianças da tribo e enquanto isso os integrantes mais velhos estavam cassando mamutes Os mamutes estavam entre quatro colinas pastando De longe em uma região mais elevada tora o primo de tina mirava um mamute usando um arco e flexa e estando acompanhado por alguns integrantes que portavam lanças para atingir um possível alvo - Atira naquele ! Disse o pai de tora vendo um mamute mais novo se afastando do grupo. - Não ! Ele e muito jovem ele vai conseguir escapar ! - disse tora - Atira logo! - disse um primo, impaciente - Espera ! Disse tora mirando outro alvo - Atira tora ! Vai logo ! - disse o pai - Agora ! - disse tora atirando em um mamute mais novo o acertando na tromba A flexa foi cortando o ar e acertou o jovem mamute na tromba a perfurando de um lado para outro - o jovem mamute deu um grito sinistro e levantou as patas da frente no mesmo momento em que era acertado por várias lanças que eram lançadas do alto da montanha de pedra onde tora e seu grupo estavam O jovem mamute alardeeou os outros mamutes que ficaram nervosos tentando escapar da chuva de flexas e lanças O pai de tina ainda conseguiu acertar o mamute com duas lanças E os mamutes começaram a correr desesperados na direção contrária de onde tora estava - Eles caíram - disse um primo de tora do outro lado do desfiladeiro vendo que os mamutes estavam rumando na direção de uma passagem estreita Os mamutes rumaram na direção desta passagem estreita deixando o mamute mais ferido para trás O mamute que tora havia acertado estava com uma lança encravada nas costas e vinha tendo dificuldades para correr e enquanto isso outros membros do clã saiam dos seus esconderijos para acertar o mamute com medras e lanças afiadas de pedras nas pontas - E uma fêmea ! - disse o pai de tina quando se aproximava do mamute - E ela está grávida ! - disse tora surpreso enquanto se aproximava dela O grupo estáva quase chegando perto da mamute quando escutaram um grito de cuidado ecooar pelo ar Era um enorme mamute de pelagem toda preta era um mamute cego de um olho , era o maior mamute do grupo O mamute veio na direção do grupo de tora levando tudo pela frente até mesmo outros mamutes - ele passou pelo desfiladeiro e os homens que estavam no topo ainda lançaram pedras , flexas e lanças contra ele para o parar mas estava sendo inútil. Os homens ficaram quase sem reação ao ver aquele monstro de várias toneladas de carne se aproximando deles e levando tudo pela frente - e sua pelagem preta , um olho cego ,e seu enorme tamanho o tornavam ainda mais sombrio E aquela figura sombria vinha com tudo para cima dos caçadores fazendo barulho enquanto pisava no solo Tora viu que poderia atrair aquela enorme b***a para uma armadilha e com muita coragem descidiu fazer o que lhe veio a mente. Os homens começaram a correr desesperados para se salvarem mas tora ainda encarou o enorme mamute que vinha para cima dele com todas as suas forças - Tora ! Não ! - gritou o pai de tora enquanto o filho mirava o mamute com arco e flexa Tora mirou enquanto o pai o pegou no ombro para o tirar dali - no mesmo instante tora largou a flexa e a flexa cortou o ar até atingir um lugar próximo ao olho do animal que gritou feito um louco - O que você tá fazendo? Perguntou tora ao pai - Estou te salvando - disse o pai - Me larga o senhor tá me atrapalhando - disse tora saindo de perto do pai e começando a correr em direção ao desfiladeiro O mamute gritou como um louco sentindo a dor da flexada - um grito tão sinistro que fazia a alma gelar. Tora aproveitou o tempo e começou a correr como um louco pelo desfiladeiro e atrás de si vinha o mamute louco com um gosto de gás - o mamute queria vingança! Tora correu o máximo que pode e quando mamute estava se aproximando dele ele deu um enorme salto passando por entre uma pilha de folhas - Agora ! - gritou tora enquanto pulava a pilha de folhas Uma enorme pedra foi jogada de cima do desfiladeiro acertando a cabeça do mamute O mamute pisou na pilha de folhas e acabou caindo em uma armadilha tendo a barriga e o pescoço perfurados por estacas de madeira que tinham sido colocadas. Tora cansado caiu no chão orgulhoso do que havia acabado de fazer Os demais integrantes do Clan vinham ver como tora estava e enquanto isso o sangue do mamute jorava - Você ficou maluco ? - perguntou o pai de tora vendo o risco que o filho havia corrido Tora apenas sorriu e não disse nada - estava esgotado Durante a noite na aldeia tora era admirado por todas as garotas enquanto se gabava pelo seu feito , graças a ele o Clan conseguiu a****r dois mamutes. Toty admirava muito tora e até mesmo o suscesso que ele tinha com as garotas - Um dia serei igual tora - disse toty para a tia de tina - sua nova mãe - Você vai ! - disse tia de tina fazendo uma carícia na cabeça do lobinho - Porque você está triste ? - perguntou ela vendo que o lobinho estava triste. - E que eu sou diferente mãe - eles não querem brincar comigo - disse o lobinho emburrado vendo um grupo de rapazes - Não liga para eles - disse a tia de tina - Quando e que eu vou ser igual a vocês ? Perguntou o lobinho. - Você vai crescer e você vai mudar - disse ela não sabendo o que dizer - Toty pareceu acreditar no que ela dizia e só desejava crecer logo e se tornar um humano igual os outros membros do clã Horas depois toty acordou no meio da noite e sua mãe adotiva estava dormindo Toty olhou para suas mãos e elas eram macias e rosadas , olhou para seus braços e eles eram cheios de pêlos cinzentos e depois comparou com a sua mãe adotiva - sua mãe adotiva não tinha pelos , tinha um corpo todo liso e não era cinzenta e sim um marron meio claro , ela tinha mãos lisas e os dois eram muito diferentes Toty estava começando a se achar excluído por ser diferente mas ele amava a sua mãe e está perto dela era o que importava Toty voltou a se deitar novamente abraçado de sua mãe e caiu no sono desejando se tornar parecido a ela
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