O clima em casa de Bianca não estava nada agradável. As aulas dela terminaram, e sem os pais saberem ela pediu transferência para uma Universidade Italiana.
Bianca não aceitaria ser moeda de troca e para isso estava disposta a tudo. Eram 20:00 horas da noite de Domingo. Apenas a sua mãe estava na sala, quando ela desceu com duas malas e uma mochila.
- Filha! O que é isso?
Onde você vai?..... - Sua mãe levantou - se e parou na frente dela.
- Lamento mamãe. Eu vou embora.
- Não. Meu amor por favor não faças isso. Para onde você vai?
- Não posso dizer mãe.
Perdi a confiança no meu pai e não quero ser caçada por aquele homem.
- Filha! O teu pai rejeitou a proposta?
- Sério mãe? E você acreditou?
Então porque recebi essa mensagem?
Olá Bianca.
Quero muito conhecer você pessoalmente, para pedir a tua mão e falar sobre o nosso noivado e casamento.
- Não pode ser! Ele mentiu para mim?
- Sim mãe . Seja qual for o motivo, eu não posso aceitar isso.
Ouviu - se a buzina de um táxi e Adriana afastou - se para a filha passar.
- Adeus meu amor. Se cuida por favor....- Ela disse com os olhos cobertos de lágrimas.
- Adeus mamãe. Te amo muito.
- Também te amo filha.
Bianca foi embora. Quando subiu no táxi, olhou para a porta e deu adeus a sua mãe. Apesar da enorme tristeza, não mudaria de ideia.
Amava o seu pai, mas ele a enganou e isso ela não podia perdoar tão rápido.
Qual será o motivo que fez João Sampaio mudar de ideia?
Será que ele escondia mais alguma coisa de sua família e que Sócrates descobriu?
Como ele vai reagir ao saber da partida de Bianca?
A caminho do aeroporto Bianca pensou em como começaria a organizar a sua vida.
Amava os seus pais, mas estava magoada demais para fingir que tudo estava a correr bem.
Bianca decidiu que nunca permitiria que alguém citasse as regras da sua vida. Saiu de casa para evitar conflitos maiores e desnecessários. Ficaria longe de seu pai para que ele fosse capaz de assumir e admitir o erro que cometeu. O seu vício pelo jogo levou - o a cometer um enorme erro. Esse tempo afastado da sua filha devia servir para ele como lição. Teria que aprender sozinho que existem coisas que o dinheiro não compra, e uma delas era a sua própria filha.