Capítulo 1 - O casamento

1109 Words
Meninas, antes de mais nada, obrigada por lerem. Bem, Rômulo é um mocinho que vai ser escrito para vocês terem realmente vontade de matar, ele é grosso, ignorante, e sem paciência. Ele viu os pais sendo assassinados, e depois disso ele nunca mais foi o mesmo. Eu já escrevi mocinhos m*l humorados mas nenhum que fica entre amar e odiar seu par romântico. Porém vai ter final feliz ... Ele cai amar essa mulher indo contra tudo e todos. E a redenção dele vai ser linda demais eu juro. O livro vai no máximo até o fim do mês okay * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Rômulo sentia o chão abrir-se sob seus pés enquanto o peso esmagador da situação o sufocava. O ar parecia rarefeito, cada respiração era um esforço. Seus olhos varriam o ambiente, contando um a um os homens de Robert Murray e os Guertrudes. Eles estavam por toda parte, cercando-o como predadores à espera de um deslize. O olhar impiedoso de Valmont Guertrudes o observava de um canto, ao lado de seu irmão Luigi. Os dois irmãos transformaram a pequena ilha de seus ancestrais em um império de terror e poder, usando a fachada das empresas Guertrudes para ocultar um verdadeiro exército de assassinos e mercenários. Valmont, que ganhou fama de homem implacável, não hesitou em matar o próprio pai e o irmão mais velho para tomar o poder. Agora, ao lado de Robert Murray, o mafioso mais poderoso de Dublin, eles eram uma força invencível. “Eu não tenho saída”, pensou Rômulo, sentindo a garganta seca. Sua avó, seu irmão, sua pequena sobrinha e até Isabella, sua namorada... Todos estavam ali, todos reféns daquela situação. Se ele recusasse, se ousasse desobedecer, todos morreriam. Robert Murray se levantou, a sombra de um sorriso frio nos lábios. Ele estendeu a mão para que todos se calassem. — Então, Rômulo, está pronto para selar a paz? — Sua voz era uma lâmina afiada, cortando o silêncio da sala. Rômulo apertou os punhos, tentando controlar a raiva que borbulhava dentro dele. A paz que Murray tanto falava não era para ele, muito menos para sua família. Era a paz de Murray, para consolidar seu império e destruir qualquer vestígio de resistência. Ele olhou para o altar onde Larah, a filha do homem que havia destruído sua vida, esperava com um véu branco cobrindo o rosto. Ela estava parada ali, imóvel, como uma boneca quebrada. Seus pais foram mortos por ordens de Hoffa. Tudo o que ele amava havia sido arrancado de suas mãos, e agora ele estava prestes a se unir para sempre à família que causou sua ruína. O padre começou a murmurar as palavras que selariam o pacto, mas Rômulo m*l conseguia ouvir. Ele olhou para o fundo da igreja, onde sua família estava cercada por homens armados. Sua avó, com lágrimas nos olhos, segurava a mão de sua pequena sobrinha, enquanto Isabella mantinha um olhar vazio, perdido. Ele não tinha escolha. Qualquer tentativa de resistência seria um m******e. Com o coração pesado, caminhou até o altar, sentindo como se suas pernas fossem de chumbo. Quando o padre pediu que se ajoelhasse, Rômulo hesitou por um breve instante. O ódio queimava dentro dele, corroendo suas entranhas. Mas ele sabia que precisava se submeter, pelo bem de todos que amava. — Ajoelhe-se, garoto. — A voz de Robert soou como uma ordem, cortante. Rômulo, com os olhos fixos no chão, ajoelhou-se ao lado de Larah. Ele respirou fundo, tentando manter o controle, enquanto o padre prosseguia com a cerimônia. — Você aceita Larah Hoffa como sua legítima esposa, prometendo amá-la, respeitá-la e protegê-la, até que a morte os separe? Rômulo ergueu o olhar para Larah. Ela mantinha a cabeça baixa, parecendo tão perdida e assustada quanto ele. Mas isso não importava. O que importava era o pacto de sangue que estava sendo selado ali, a aliança forçada que ele era obrigado a aceitar. — Sim, eu aceito — respondeu, sua voz saindo dura, carregada de rancor. Cada palavra era como veneno escorrendo de seus lábios. Ele sentiu o peso daquelas palavras como correntes prendendo-o. O padre, alheio à tensão no ar, prosseguiu com a cerimônia. Os convidados, uma mistura de mafiosos e políticos corruptos, observavam em silêncio, sabendo exatamente o que aquele casamento significava. Eles sabiam que estavam testemunhando não uma celebração, mas uma execução, a execução do espírito de Rômulo, que era agora obrigado a se curvar diante de seus inimigos. Quando o padre finalmente os declarou marido e mulher, os aplausos ecoaram pelo salão, frios e indiferentes. Rômulo se levantou, sentindo-se como um condenado a caminho do cadafalso. Larah, agora sua esposa, permanecia ao seu lado, pálida e em silêncio. Robert Murray se aproximou, um sorriso vitorioso estampado no rosto. — Parabéns, meu rapaz. Finalmente, a paz foi selada — disse, sua voz carregada de sarcasmo. — Quero um Herdeiro em um ano. Rômulo o encarou, seus olhos queimando de ódio. Ele se inclinou levemente, mas suas palavras saíram baixas e perigosas: — Isso não é paz, Murray. É uma trégua. E não vai durar para sempre. — Você vai dar a essa aliança um herdeiro, para por um ponto final nessa guerra inútil entre os Salermo e os Hoffa. Você não mataria seu próprio filho, nem a mulher que irá dar a luz a ele, não é? — Quem sabe!? O sorriso de Murray vacilou por um breve segundo, mas ele logo se recompôs. — Veremos, Rômulo, veremos. E então, enquanto os convidados voltavam a se entreter, sem perceber o peso das palavras trocadas, Rômulo se virou para Larah. Seus olhos encontraram os dela por um momento, e ele percebeu que, apesar de toda a situação, ela também era uma vítima naquele jogo sujo de poder. — Eu vou sair daqui, e você também — murmurou para ela, sem saber ao certo se era uma promessa ou uma premonição. Larah apenas assentiu, um brilho de esperança acendendo em seus olhos cansados. Com o coração pesado e a raiva ainda queimando dentro de si, Rômulo soube que aquela guerra estava apenas começando. Ele cumpriria cada voto que havia feito, mas a promessa de vingança era sua verdade mais profunda. E, um dia, ele faria Robert Murray pagar por cada gota de sangue derramada, por cada dor infligida e por cada dia roubado de sua vida. Naquele momento, ele jurou para si mesmo que, quando a hora chegasse, aquela "paz" seria a ruína de Murray. E Rômulo, com o coração endurecido e os punhos cerrados, esperaria pacientemente por esse dia.
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