Agnes permaneceu sentada na poltrona, os olhos fixos em Rômulo. Ela conhecia bem o neto, seu temperamento ácido e sua natureza intensa. Mas o que acabara de acontecer, o ataque verbal contra Remo, era algo diferente. Algo estava profundamente errado. — Você sempre foi ácido, Rômulo — começou Agnes, com a voz firme, mas tranquila. — Mas nunca o vi magoar seu irmão. Agora me diz, o que está acontecendo? Nunca vi você perder a calma com ele dessa maneira. Rômulo parou por um momento, os pensamentos correndo. Ele sabia que havia cruzado um limite com Remo, mas a verdade é que a pressão estava se acumulando sobre ele há tanto tempo que ele estava à beira de explodir. Ele respirou fundo, então se levantou, caminhando até o cofre na parede do escritório. Ele digitou a combinação, abriu o cofre