j**a Narrando,
Nessa incerteza de uma possível liberdade, tinha a sensação de ver a minha vida passar diante dos meus olhos, e fatos já esquecidos foram lembrados, desejos não compartilhados e medos nunca contados, foram todos lembrados, lembrei de alguns sonhos que foram esquecidos pelo caminho, aqueles que cultivei durante a adolescência o sonho de ser LAR.
Olhei para Maurício e ele conseguia me transmitir tanta tranquilidade, e em meio a todo esse caos eu gostei da sensação que seu olhar me causava, ele me mostrou que nem tudo está perdido na minha vida, o juiz entrou na sala e começou a falar, tive a minha liberdade provisória aceita e farei o uso da tornozeleira eletrônico, eu queria gritar mas não queria correr nenhum risco, Maurício tinha um sorriso largo e pode até ser impressão minha, mas acho que vi uma lágrima descendo o seu rosto, o procedimento para a liberação durou quase uma hora, fui levada de volta para o presídio para assinatura de documentação e pegar os meus pertences, Maurício me entregou uma sacola com roupas, não sei se ele tinha certeza que eu iria sair, mas ele planejou tudo direitinho e ainda trouxe uma calça que tampava bem a tornozeleira.
Quando o portão abriu novamente eu vi aquele sorriso, aquele que tem perturbado a minha mente da forma mais genuína, eu ainda descobriria o significado de ser realmente importante para alguém essa sensação é extraordinária.
— Graças a Deus, sua liberdade chegou.
Obrigada por ter trocado meu advogado, e ter se empenhado em me ajudar de todas as formas.
— Sou seu marido, é claro que iria te ajudar. - Não n**o ouvir isso me deu um grande frio na barriga, o advogado também estava ali e me deu mais algumas instruções, escutei todas com bastante atenção, pois eu não queria voltar para esse inferno, quando ele nós liberou e que fomos para o carro eu respirei aliviada, eu havia conseguido estava livre.
— Está com fome, comeu alguma coisa hoje?
Não comi nada hoje.
— Vamos em um restaurante, já olhei e é afastado não vão te reconhecer.
Se me reconhecerem você ficaria incomodado?
— Porquê ficaria, estou em um almoço coma minha mulher, e o seu passado eu já sei e não tenho ciumes, quando eu aceitei entrar nesse acordo eu já sabia da sua vida.
Ah sim, o acordo.
— Nós dois sabemos que esse acordo não existe mais, não é possível que só eu estou sentindo isso.
É recíproco todos os sentimentos.
— Estou aliviado em saber disso, antes de ir ao morro eu planejei algo para nós dois, você merece um descanso, e nós merecemos uma lua de mel digna.
Preparou uma surpresa pra mim, isso é sério?
— Sim, você passou por muitas coisas, e sei que não me contou nem a metade de tudo que aconteceu lá dentro, admiro a sua força eu não sei se aguentaria. Eu tenho orgulho de você.
Eu precisava ser forte, e acredite o orgulho de ter você é todo meu. - Sorrimos cúmplices e ele foi seguindo o caminho, o silêncio no carro era confortável e agradeci por isso, eu precisava colocar meus pensamentos em ordem, precisava ser cautelosa pois qualquer passo em falso eles podem acabar comigo.
— Esta tudo bem, ficou em silêncio de repente.
Só pensando na vida. - Ele concordou e seu celular começou a tocar, era o meu sub e eu já fiquei em alerta.
— Atende pra mim, coloca no viva voz mas não fala nada, eu não contei que você podia sair.
Eu entendo, fica tranquilo.
~~ Cole cara se tiver vindo pro morro da meia volta.
— O que esta acontecendo ai.
~~ Os caras tão armando de subir, descola um hotel pra tu, quando tiver susa eu te ligo .
— Obrigado por avisa, estava perto já vou fazer o contorno. - A ligação caiu e eu respirei fundo, estão querendo tomar meu mundo de todo jeito, eu não posso permitir isso, e preciso descobrir quem esta dando o aval para essas invasões, tem alguma coisa estranha ai.
— Esvazia um pouco a mente, deixa para pensar no que vai fazer depois que você voltar.
Estamos chegando?
— Falta uns 15 minutos.- Não demorou nada e não escondi a surpresa, o lugar era lindo por fora e nem conseguia imaginar como era por dentro, fomos muito bem recepcionados, o quarto era enorme, logo foram servidos o almoço que já era quase janta, eu tomei banho e comi deitando naquela super cama em seguida, parecia que todo o cansaço e noites m*l dormidas, meu corpo não reagia mais e não sei em qual momento tudo se apagou, acordei horas depois com o quarto enfeitado com pétalas de rosas e velas, eu fui no banheiro e quando sai me deparei com a cena mais linda. Havia balões um buque de rosas, ele me deu uma pulseira linda e deixou claro que nela havia um rastreador, que era por precaução, e tinha um par de aliança que segundo ele deveríamos usar.
— j**a, aceita ser oficialmente minha mulher?