Isla O calor que eu sentira a noite toda foi substituído por um frio que penetrava minha pele. Estava tão frio que eu tremia. Não apenas por fora, mas parecia que todo o sangue nas minhas veias havia congelado sólido. A chuva chicoteava e o vento uivava ao meu redor, eu não conseguia ouvir nada além do meu próprio batimento cardíaco errático. A opressão pesava em meu peito como se fosse algo físico lutando por espaço contra o vazio que tentava me consumir. Eu senti o cheiro de sangue, avassalador mesmo na chuva. Eu queria vomitar sabendo a quem ele deveria pertencer. Eu não podia olhar para baixo, não podia confirmar meu pior pesadelo, mesmo sabendo que era verdade. Eu me juntaria a eles em breve. Eu esperava que não doesse. Eu me lembrei do uivo de meu pai ao longe, do último olhar la